Capítulo 33

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“Eu preciso que saibas que… e-eu nunca dormi com mais ninguém a não ser o Flynn. Eu confio em ti.”

Eu tenho repetido esse par de frases – especialmente a ultima – por mais de uma hora, desde que chegamos ao dormitório da Lorena. Eu não a conseguia tirar da cabeça. Eu também espero que tenha conseguido realizar as suas expectativas; aquelas de confiar em mim.

Eu fui gentil com ela. Carinhoso. Altruísta. Não muito falador. Basicamente, algo que eu nunca era com as outras raparigas.

Eu não consigo acreditar o quanto ela me conseguiu mudar em um pequeno espaço de tempo. Apenas dois meses antes, tudo o que eu queria era tê-la na minha cama e depois expulsa-la dela. Agora? Eu nunca quis ficar tanto na cama como quero agora. Apenas deitado ao seu lado, sem conversa, sem fazer nada. Apenas ficar aqui.

Ela apertava o edredom contra o seu peito, só apenas os seus braços e ombros estavam expostos. Eu não fazia ideia que ela poderia ser tão envergonhada, mesmo depois do que fizemos há 20 minutos atrás. Talvez seja essa a razão da sua timidez, não sei. Nunca soube.

Estávamos ambos deitados de lado, podíamo-nos encarar-nos um ao outro mas ela não olhava para mim. Ela encarava algo atrás de mim, na verdade, não, ela encara através de mim. Provavelmente a pensar sobre algo. Como o fim da escola e como nos iriamos ver depois disso. Era sobre isso que eu estava a pensar.

Eu não tenho a certeza de como me sentia ao ela ir para Torpoint e eu para Doncaster durante o verão. Nós literalmente vivíamos em lados opostos da Inglaterra, e pelo que sei, demora pelo menos sete horas a ir de uma cidade à outra. O que é muito. Uma grande distância.

Isso não significa que eu vá desistir dela; não mesmo. Eu só tenho de arranjar uma maneira de passar mais tempo com ela no verão antes de a distância nos separar. Ela é a primeira rapariga que eu mesmo, verdadeiramente me importo há bastante tempo. E eu digo, bastante. E eu não ia deixar que algo idiota, como umas centenas de quilómetros, se metessem no nosso caminho.

Passei o meu dedo no seu braço e bastou isso para os arrepios aparecerem. Quando o fiz, a Lorena arrepiou-se e moveu-se para mais perto de mim, colocando o seu braço a volta da minha cintura e praticamente colada a mim. Foi o meu simples toque no seu braço que a fez fazer isto? Se foi, porque não pensei nisso antes?

Levei o meu braço para as suas costas e beijei-lhe a testa. Dormir sozinho vai ser tão deprimente a partir de agora, pensei enquanto ela entrelaçava as suas pernas nas minhas.

“Vou sentir a tua falta durante o verão.” Ela murmurou, pondo todos os meus pensamentos em uma pequena frase.

Abanei a cabeça e inclinei-a para que conseguisse ver a sua cara. A sua cara triste. “Não.” Disse, abandando a cabeça novamente. “Vou arranjar alguma maneira para ficarmos juntos. Pelo menos durante algum tempo.”

Lorena olhou para mim, surpresa e entusiasmo escrito por toda a sua cara. Aw. “Fazias isso? Ficavas aqui por mim?”

“Bem, aqui não, visto que moras em Torpo-“

“Não, não.” Ela meio que se sentou, sem perder o seu aperto no edredom. Bolas. “A Caitlyn e eu temos um apartamento aqui, podias ficar com a gente.”

Acho que nunca vi um olhar tão brilhante, mesmo que esteja bastante escuro no seu dormitório. “C-Contigo? Onde é que eu dormiria?”

O seu olha brilhante foi substituído por um perverso, sabia exatamente o que lhe estava a passar pela cabeça. “Comigo.” Ela murmurou, aproximando-se de mim. “Das duas maneiras.”

Sorri, mesmo sem saber se ela conseguia ver. “Gostei da ideia.” Disse quando a puxei para perto de mim. Quando o fiz, ela bocejou.

“Vamos dormir sim?”

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora