“Vais, por favor, dizer-me o que se passa?” Implorei calmamente, descansado a minha testa contra a dele. Ele engoliu de novo e senti a sua mãos passar pela minha cintura, e puxou-me para mais perto. As minhas mãos descansaram nos seus ombros, e o Louis usou isso como uma oportunidade para roçar a sua cabeça na curva do meu pescoço. Sorri novamente, e beijei o seu pescoço antes de começar a brincar com o seu cabelo.

Eu sei que é cruel mas desejava que ele tivesse pesadelos mais vezes. Isto é algo verdadeiro; não beijarmo-nos nem provocarmo-nos um ao outro, até mesmo fazer sexo; mesmo que eu estivesse apaixonada por todas essas coisas. Eu só pensei que a nossa relação não fosse mesmo séria. Eu sei que era cedo de mais e isso tudo, mas eu desejava que tivéssemos conversas sérias sobre os nossos sentimentos e isso.

Se eu não fosse rapariga, isto ia soar gay.

Não me entendam errado, não havia nada de errado com isso. Era na boa. Ser gay é bom.

Certo, agora eu estava a pensar sobre merdas aleatórias.

“Bebé?” Disse hesitante, pela primeira vez não o usei o seu nome quando o chamei. Ele sabia isso também; e eu sabia que iria ter uma reação vinda dele.

Como esperei, o Louis levantou a sua cabeça do meu ombro e deixou sair um silencioso e longo suspiro. Continuei a encarar os seus olhos, mesmo sabendo que ele não olhava para mim. Ele ainda nem os tinha aberto.

De repente, ele pestanejou uma vez, e eu fiquei um pouco atordoada quando os seus olhos encontraram os meus. Eu honestamente pensei que tivéssemos de ficar aqui até o sol nascer e eu continuaria a tentar puxar aquilo dele. Mas não, ele olhou para mim tão relaxado que eu nunca teria adivinhado que havia algo a preocupa-lo. 

Acenei umas poucas vezes, encorajando-o a falar. Eu sabia algo sobre esse sonho, ou pesadelo, ou o que seja, mas claramente era algo de que ele não queria falar. Era exatamente por isso que eu queria que ele me contasse. Ele precisava que ele confiasse em mim; tal como eu confio nele.

O Louis suspirou, deixando a sua cabeça cair antes de voltar a olhar para mim. “Nós eramos casados.” Ele disse simplesmente, e eu pisquei umas quantas vezes; ele estava a gozar comigo?!

“Mas…” Ele começou novamente e eu tive de conter um suspiro de alívio; eu quase que pensei que ele estava irritado com a ideia de eu ser sua mulher. “M-Mas não era da maneira que deveria de ser.”

Acenei cuidadosamente. “Como era então?” Eu estava, mais uma vez, com medo da resposta.

“Nós… nós vivíamos numa boa casa, e tínhamos filhos, e eu era professor… tudo parecia bem.” Ele fez uma pausa para respirar e fechou os olhos por um segundo. “Mas não estava. O nosso filho era violento e a nossa filha era insegura e odiava-se a si própria, e eu… tu… nós só eramos… não eramos nós.”

Pestanejei outra vez, os meus lábios formaram uma linha; o seu sonho estava a fazer com que eu quisesse chorar.

“Porque…” Ele começou de novo. “Porque, hum, eu e-era um homem amargo, que queria tudo à sua maneira. E tu, tu eras esta fraca e assustada pequena coisa, como, se tivesses medo de mim. Penso que fosse por algo que eu fiz, provavelmente não só uma vez.”

“O que é que fizeste?” Sussurrei.

“Bem, uh, não sei ao certo, mas… eu a-acho que te bati.”

Depois das suas últimas palavras, eu já não conseguia vê-lo normalmente por causa das lagrimas que se formaram nos meus olhos.

Aquilo era horrível. Ninguém deveria ter sonhos sobre o futuro. E só de pensar que aquilo não era tudo, aterrorizava-me.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsWhere stories live. Discover now