Lentamente dei curtos passos, o meu braço encostado à parede onde ficava a porta da casa de banho. A respiração pesada do Louis podia ser ouvida na cama, e agora, que estava a ficar extremamente próxima de uma visão mortificante, a sua respiração era a única coisa que ouvia. Bem, isto não é definitivamente a maneira que pensei em acordar depois daquilo.

Alcancei a ombreira da porta e engoli em seco antes de entrar. Eu acho que nunca vi nenhuma cena destas na vida real; o Louis estava apoiado no lavatório, com falta de ar, e olhava para si mesmo no espelho como se fosse algum maníaco.

“Louis?” Sussurrei mas sabia que ele me tinha ouvido; ele olhou-me através do espelho e eu juro que senti o meu coração a parar por um milésimo de segundo. O olhar que ele tinha agora, era o mesmo vívido que ele tinha no meu sonho, mas de uma maneira negativa. Um tipo de vívido negativo.

“Louis.” Sussurrei outra vez, a minha voz obviamente desesperada, mesmo em um sussurro. O Louis fechou os seus olhos por uns míseros segundos, e depois deixou a cabeça cair, assim olhava para o lavatório.

Deus uns hesitantes passos em frente, assim estava uns centímetros mais perto dele. Eu conseguia sentir os meus olhos a arderem um pouco; ele estava mesmo a assustar-me com esta merda toda.

“É por causo do sonho?” Perguntei calmamente e silenciosamente, ele mal me ouvi-a. Ouvi-o dar um longo suspiro com a menção do seu pesadelo; acho que isto é mais sério do que pensei.

O Louis surpreendeu-me quando assentiu firmemente algumas vezes. Ok, é isso.

“Era sobre o quê?” Questionei, um pouco impaciente.

Ele engoliu de novo e voltou costas ao lavatório, abanando um pouco a cabeça enquanto o fez. “Nada.” Ele murmurou mas eu sabia que eram tretas.

“Tretas.” Dei voz aos meus pensamentos, inconscientemente levei a minha mão para a minha cintura, mas depois voltei a pô-la para cima para agarrar o lençol. Algo estava errado comigo também, obviamente. “Conta-me o que aconteceu.” Dei outro passo em frente, este mais confiante.

Para meu desânimo, o Louis abanou a cabeça outra vez. “É estupido. Foi só um sonho.”

“Obviamente que não foi.” Respondi, andei até ficar à sua frente, ele estava encostada à nossa máquina de lavar roupa. “Conta-me o que aconteceu.” Repeti.

Ele suspirou pesadamente, como se estivesse a carregar fardos do tamanho do Empire State Building “Eu tive um sonho sobre…” Ele deixou no ar para que conseguisse respirar fundo. “Nós.”

Ok, não esperava isto.

Fiz uma careta, apanhada de surpresa; o que é que o deixou tão irritado sobre nós? Acabamos no sonho? Não, não podia ser. Ele é o Louis Tomlinson, acabar, não, sonhar sobre acabarmos não devia de o afetar assim. Será que um de nós morreu ou assim? Ele não pensou que um de nós ia morrer certo?

“O que aconteceu?” Perguntei, os meus dedos foram para o sei queixo para o levantar para que ele me olhasse. No entanto, nem isso ajudou; ele tinha os olhos fechados e as suas sobrancelhas um pouco franzidas.

Perguntei-me se alguma vez me importei tanto com um pesadelo. Desafio-vos.

“Louis por favor.” Dobrei as pontas do lençol para que não caísse, e pus as duas mãos na cara do Louis. Pareceu tranquiliza-lo; a careta desapareceu e ele deixou sair um breve suspiro e involuntariamente inclinou a cabeça para o lado para que eu a ficasse a segurar. Aw.

Sorri para mim mesma e dei um passo para mais perto dele. Se eu soubesse que um simples toque iria mudar o seu humor, eu tê-lo-ia feito enquanto ainda estávamos na cama, para que não tivesse de me levantar. Mas assim também estava bom. Enquanto ele não se estiver a passar por alguma coisa, e não me apavorava com isso também, eu estava bem.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora