Sorri. “Claro linda.”

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Assim que acordei, sai da cama. O que, surpreendente, pareceu-me super normal.

Vesti-me. Hum, um fato? A sério Louis? Vais a um baile ou assim?

Quando andei até ao grande espelho do quarto desconhecido, gritei por dentro; eu definitivamente não ia a um baile. Ao não ser que eu fosse algum professor.

Eu via um professor de 40 anos.

Eu parecia cansado e a minha expressão estava mais vaga que nunca. Eu tinha a porra de um bigode. E uns cabelos brancos e uma pela flácida. Era surreal o quanto isto não me afetava nem um pouco. Como se eu estivesse habituado.

Passei uns minutos na casa de banho, antes de descer as escadas da casa que penso nunca ter estado. E mesmo assim, parecia que eu conhecia cada canto. E mesmo que fosse muito bonita, eu parecia não gostar. Estava a… faltar algo. Algo crucial.

Ah, agora sei o porquê; não parecia estar em casa. E isto era um sonho. Yey.

Mas o quê é que estou a fazer numa casa destas? Vivo aqui ou assim? Estou a visitar um amigo, ou um familiar, ou…? Eu não me lembro de ninguém que vivesse num sítio como este.

Assim que cheguei à parte de baixo da casa, vi umas quantas fotos em uma cômoda. Não foi a madeira branca polida da cômoda que me chamou a atenção; as fotos sim. Havia uma família numa delas. Eu mal conseguia perceber as caras, por isso só olhei para elas, mas uma das caras parecia-me estranhamente familiar. Havia duas raparigas na foto; eu definitivamente que conhecia a mais velha.

Arrastei-me para outra divisão e reconheci a cozinha. Uma bastante limpa, também; estava um bocado desarrumada. Nada que rottweileres esfomeados não pudessem resolver.

Olhei para os dois pacotes de batatas fritas e os meus olhos caíram numa rapariga, na verdade numa mulher, que estava de costas para mim. Ela tinha o seu cabelo preso em um coque despenteado e usava um casaco bege. Eu não conseguia ver o resto das suas roupas por causa do balcão que nos separava.

Se eu tivesse de dizer o nome de alguma coisa, apenas uma coisa que eu absolutamente desprezo, eram cigarros. Fumar. Fumadores. Enfim. Eu odeio o fumo e o cheiro dos cigarros. Raparigas que fumavam nunca foram interessantes para mim, nunca.

E, o facto de eu ter acordado em uma casa desconhecida e que deveria de viver com uma mulher que fumava, não me estava a irritar nem um pouco. Nada mesmo.

“Lorena?” Disse com uma voz que mais pareceu o meu pai. Eu não sabia como deveria de me sentir; perplexo, por causa da minha própria voz, ou chocado, por eu a ter chamado de Lorena, como se ela fosse a mulher que estava a fumar. Ha. Como se fosse.

A mulher deu um pulo do lugar onde estava, tirando-me dos meus pensamentos e foquei-me nela. Ela rapidamente apagou o seu cigarro, parecendo um pouco assustada, e tentou domar os fios de cabelo que saiam do seu coque antes de se virar para mim.

Eu juro que morri nesse momento porque… era a Lorena. A mulher das fotografias do hall, era ela. Lorena, Lorena Cloe. A minha Lorena.

Não era bem ela, no entanto; pelo menos não aquela que conheço.

Esta Lorena, parecia ser 15 anos mais velha, e parecia cansada. Exausta. Além disso; ela parecia que ia desmaiar a qualquer momento. A sua pele estava tão branca, tinha escuras olheiras debaixo dos seus olhos e estava magra. Bastante magra. Ela não devia de pesar mais de 45 quilos. Era uma visão triste.

 “B-Bom dia.” Ela limpou os lábios com a manga do casaco e deixou-se cair para trás, olhando para mim. Que olhar é aquele? Ela parece tão… aterrorizada. Como se estivesse com medo de mim.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora