Verão

96 3 0
                                    

Quarta Feira, 12 de Setembro de 2018

Querida Kitty,

Há alguns dias atrás minha vó viajou para Brasília. Ela levou o filho dela, que no caso é o meu tio. Eles foram visitar minha tia que acaba de ter um filho.
E isso tudo é perfeito para o palco das minhas transas. Não necessariamente com todos os machos, mas inclusive um. O Marquinhos.

A casa ficou vazia. O quintal também. O meu quintal é ligado ao dela, eles são bem extensos. E a casa dela fica alguns metros longe da minha.

Em alguns dias do mês passado eu fui tomar banho lá, antes ir pra escola. Gostava de ir pra lá tomar banho, pois a privacidade era bem maior. E nesse dia, meu primo foi atrás de mim. Aliás, eu que mandei ele ir.

- Uma camisinha bem aqui na parede.- peguei o frasco que continha uma camisinha que estava escondida na parede do banheiro- Bota ela logo, tenho que ir pra escola ainda.

Eu estava pelado me jogando água fingindo está tomando banho. Não sei porquê fiz, sendo que não havia ninguém.

Olhei para Marquinhos e ele já havia colocado o preservativo no pênis dele. Agora era o momento da ação. Sair do banheiro e me sentei em cima da pia da lavanderia. Levantei minhas pernas e posicionei o pênis dele na minha entrada. Entrou facilmente. Aliás, o pênis dele não era tão grande assim e ele só tem 14 anos. Ele estava sem camisa.

- Isso. Vai. Marquinhos.- dizia enquanto passeava minha mão no corpo sarado dele- Mete nesse cu.

- Quer pau é!? Vou te meter pica.

- Quero sim. Mete vai, porra.

Eu delirava enquanto ia sendo penetrado pelo meu primo.

... Eu cursava a 5ª série do ensino fundamental. Eu tinha mais ou menos 11 anos. Meu primo Marquinhos chegara da cidade há dois anos atrás. Ele tinha nojo da minha cara em alguns dias que ele havia chegado. E por isso sempre me expulsava da casa dele. Eu ficava só no ódio. Enjuriado com aquela situação.

Me lembro que ele só usava cueca todo tempo. Ele só tinha 6 anos. Um pirralho podemos dizer assim. Ele tinha que usar mesmo era fralda. E eu me cagava de rir disso.

Mas aí fomos crescendo. E deixando essa rixa de lado. Estava na metade da 5ª série do ensino fundamental, tinha 11 anos de idade. Havia crescido um pouco mais. E meu primo 8 anos. Ele deixou um pouco aquela infantilidade.

Do outro lado tinha um outro amigo. O Júnior. Éramos amigos de longa data. Não lembro como nos conhecemos. Ele não tinha mãe. Apenas pai, mas era como se não tivesse. Eu sempre dava comer pra ele. Fazia de tudo para não deixá- lo com fome. Às vezes ele dormia na minha casa. O pai dele era um alcoólatra. E por isso ele nunca tinha o amor do pai e nem o cuidado. E eu sempre tive muita pena dele por isso.

Eu era amigo de Júnior, e consequentemente amigo do meu primo Marquinhos. Estávamos conversando na porta da minha casa. Na varanda da minha casa. Eu estava sentado numa cadeira, enquanto Júnior e meu primo estavam em cima da carroça do meu pai. Na nossa varanda não tinha luz. Por isso estava escuro.

Conversávamos coisas de criança. Aliás, eu tinha 11 anos, Júnior 12 e meu primo 8.

Em dado momento Júnior passa a mão na bunda de Marquinhos. Olho para aquilo sem maldade alguma. O meu primo sorrir. Júnior faz mais uma vez. Meu primo morre de sorrir. Não sabia muito o porquê. Mas parecia que ele estava gostando. Digo pra ele fazer mais uma vez, e ele faz.
No dia seguinte, Júnior fala para mim:

- Eu tava brincando com Marquinho de esconde-esconde e ele chupou meu pau.

Fiquei paralisado com aquilo.

- O que?

- Eu disse pra ele pegar meu pau, aí ele pegou, mandei ele chupar e ele fez.

Fiquei chocado com isso naquela época. Eu queria que ele fizesse o mesmo comigo.

Nesse mesmo dia, convidei meu primo para brincarmos de esconde-esconde. Ele aceitou. Eu havia combinado com Júnior dele ser o que iria procurar a gente, enquanto eu e meu primo fôssemos caçados. E foi exatamente o que aconteceu.

Fui me esconder atrás de uma porta. Disse para o primo vir. E ele veio. Enquanto isso, Júnior ficava fingindo contar os números com o rosto contra a parede.

Sem mais nem menos, abaixei meu shorts. Mostrei minha pica para o meu primo. Ele pegou. Mandei ele chupar. Ele disse que sim. E começou a fazer o boquete em mim.

Depois desse dia, fizemos isso por muitas vezes. Lembro que eu delirava enquanto meu primo me chupava. Ele chupou Júnior algumas vezes, mas depois ele não quis mais. Dizia que o pau de Júnior era grande demais. Anos mais tarde tive prova disso. Júnior era bem dotado.

Agora estávamos eu e meu primo na lavanderia da casa da minha vó fodendo pra caralho. Ambos crescidos. Meu primo cresceu bastante e também ficou muito lindo. Ele foi um dos primeiros desejos sexuais homossexual que tive. E eu o primeiro dele. E isso até hoje. Eu sou o único cara com quem Marquinhos fica.

- Isso porra, mete vai.

- Eu vou gozar.- disse ele morrendo de prazer- Gozei!!!

Ele tirou o pênis de dentro de mim, e olhei para atrás. E quando olhei, vi meu irmão vindo.

- Meu irmão vem vindo!! Corre!! Vai!

Antes que meu irmão chegasse meu primo correu pela frente da casa, enquanto eu corri para o banheiro me jogando água.

Já estamos no verão. E essa é a minha melhor época do ano. No verão eu posso sair para onde eu quiser sem me preocupar com a chuva. Eu posso até ir para a escola sem medo de me molhar.
E o verão é sempre maravilhoso.

Não estava me sentindo bem para escrever para você, por isso andei um pouco sumido, mas sei que você sentiu minha falta. As coisas tem acontecido tão rápido que não tenho tempo para nada, ou não.

O mês de Agosto foi como eu imaginei. Passageiro, e deixou marcas para ser lembrado um dia. Foi um mês bem especial para mim. Mas agora estamos em Setembro. Restam apenas quatro meses para o fim do ano. E isso tá me "matando" todos os dias. A ansiedade é muito grande.

A minha amizade com Gustavo continua a mesma. É como se nada tivesse acontecido. É como se tudo fosse como sempre é. O diferente é que ele sabe que eu sou gay, assim como meus amigos. Na semana passada, eu estava sentado na cadeira de Gustavo, e ele na minha frente no recreio. Quando eu disse:

- Será que Sara sabe realmente que sou gay?

Nesse momento ela estava perto da porta, e a chamei. Ela veio na minha direção. Quando ela sentou ao meu lado, eu não disse logo o que eu tinha para contar. Falamos outro assunto... Foi aí que Gustavo disse:

- Conta logo, menino.

- Sara, eu tenho jeito de ser gay?- falei pra ela.

E ela falou:

- Não. Olhando assim ninguém diz... mas quando tu fala dá logo pra perceber um pouquinho...- ela disse toda desajeitada.

Foi aí que eu entendi. E ainda bem que não dá para as pessoas perceberem logo de cara. Aí ela falou assim:

- Mas eu já sabia. Desde de um dia que tu falou da "larissa".

A "larissa" que ela quis dizer, era o meu cu. Foi um apelido que dei para ele. Os meus amigos se acabam de rir quando eu falo disso.

Como nem tudo é perfeito. A mãe da minha professora de Português e Redação, morreu. Logo esse dia não houve aula. Isso foi numa quinta feira, dia 30 de Agosto. No dia seguinte também não teve. Teve um inter classe. Isso é tipo um campeonato de futebol entre as salas.

Nessa semana quando ela voltou a dar aula, ela estava muito triste e abatida. Começou a falar como ela estava se sentindo, e como tudo aquilo estava sendo difícil para ela. Foi bem triste ela contando sobre a mãe dela, tanto que toda a sala ficou em silêncio enquanto ela falava.

Mas para acabar com o meu dia, nessa segunda feira, foi eu ter sido convocado para o Conselho de Classe. Fiquei um ódio só. Uma bosta. Mas para não chamar de injustiça ainda, vou saber exatamente o porquê disso.

Não posso esquecer de falar que, nesse fim de semana, no outro, vou para mais uma festa. E essa será a minha segunda. E eu não vou esquecer de contar para você todos os detalhes.

Querida Kitty, não posso lhe dizer que estou muito feliz. Porque não estou. É muito ruim para mim ter que viver assim. Tudo sendo a mesma coisa. Tudo tão chato e entediante. Que chega a dar raiva. Como não tenho como mudar isso, vou ter que seguir assim, pelo menos, até o fim do ano. Mas posso dizer que tô mais ou menos. Feliz e triste ao mesmo tempo.

Amanhã é um novo dia. Quinta feira. Tomara que chegue logo o fim de semana. Já chega de acordar cedo todos os dias. Tá um saco!

Com amor, Edson

O Garoto do Diário [ REVISADO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora