Minha primeira festa!

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Domingo, 12 de Agosto de 2018

Acontece cada desgraceira nas nossas vidas que a gente fica até assustado. Meses passados eu estava desgraçadamente apaixonado por Gustavo. Queria porque queria uma pessoa que não estava nem aí pra mim. Uma pessoa que estava pouco se lixando para o que eu estava sentindo.

É por isso que resolvi mudar um pouco da minha vida. Por isso tomei uma decisão em ir a uma festa. Tentar mudar o “sempre mesmo” pra mim seria ótimo.

Então, hoje, finalmente, fui à uma festa.

Aqui no interior, já tinha uma festa marcada a mais de um mês e desde sempre eu já dizia: “essa vai ser a minha primeira festa.” Quase todos os dias eu e minhas amigas comentávamos sobre isso. Eu sempre tinha um certo receio sobre isso. Nunca havia ido à uma festa, e por isso não sabia como seria. Mas eu iria descobrir logo logo.

Os dias se passaram, e enfim chegou essa tal festa.

Hoje, o dia da festa, eu estava um pouco inseguro do que viria, mas me acalmei, e disse a mim mesmo que seria tudo normal e que eu iria se divertir.

A noite chegou, e eu já havia marcado com minha amiga de ir a vários dias. Fui na casa dela por volta das 20:47 da noite, e quando cheguei lá ela ainda estava botando o filho dela para dormir. E ela também só ia, quando a mãe chegasse da igreja.

O tempo foi passando, a mãe dela chegou da igreja, o filho dela já havia dormido. Então fomos. Confesso que eu fiquei um pouco nervoso; mesmo porque não sabia como seria minha primeira festa.

Chegando lá, encontramos uma outra amiga, ela estava com o filho dela e uns sobrinhos.
Ficamos de um lado lá, ainda estava só tocando músicas, o povo agitado, dançando, bebendo. Confesso que fiquei deslocado, não sabia nem como me comportar. Mas reagi normalmente, mantendo o controle da situação. Era tão estranho ver aquelas pessoas ali. Mas ao mesmo tempo não. Ainda mais, por ter pessoas ali que eu não ia com a cara. De imediato vi Otávio. Olhei para ele rapidamente. Vi também Chico. Eles estavam numa mesa com uma caixa de isopor cheia de gelo e bebida e rodeados de meninas, com certeza amigas deles.

Passeando meu olhar pela festa, vi várias pessoas conhecidas e pessoas que eu nunca tinha visto na minha vida. A festa estava sendo no meio da rua, mas precisamente no centro do nosso interior. As ruas estavam interditadas de um lado a outro.

As pessoas dançavam com copos de bebidas nas mãos escutando as músicas que saíam das caixas de som. O som era automaticamente alto. E de lá saía todo o tipo de música. E pra minha sorte eram músicas que eu gosto. Sertanejo, Reggae, Eletrônica, Pop e eles apelavam muito pra Sofrência. Aquele povo bebendo, bêbados e tocando Sofrência, é pra chorar mesmo!

A noite foi ficando eclética, a minha amiga estava contando com um homem que havia marcado com ela, de pagar bebida. Alguns amigos desse cara nos informou que ele estava dormindo no bar dele. Eu e essa amiga, que se chama Samara, íamos toda hora lá nesse bar. Até que eu fui lá nesse bar, bati na porta, e os cachorros começaram a latir... bati, bati, mas ninguém disse nada. Voltei. Ficamos putos. E agora quem iria pagar bebida para nós? Eu estava sem dinheiro! Totalmente pobre!  E minha amiga totalmente na miséria! Agora, como pode duas pessoas ir a uma festa e não ter dinheiro pra comprar bebida? Sabe, eu nem pensei nisso. Como estávamos com outra amiga ( ela já havia botado o filho dela pra dormir, e os sobrinhos também) ela comprou uma Vodca com uns 12$ que ela tinha- sabor maracujá- e minha outra amiga comprou um litro de Vulcano- bebida energética- fiado num supermercado e eu estava sem dinheiro, totalmente liso.

Fomos para perto do paredão com essas bebidas. Quando olhei para o chão, encontrei uma ficha, que com ela podíamos pegar cerveja. Marcello apareceu. Aquele viado tinha mesmo ido para o mundo da gandaia. Fomos para frente onde a festa estava melhor. Ficamos bem ao lado do paredão e do cantor, fizemos uma rodinha entre nós quatro, as bebidas, eu com uma, e minha outra amiga com outra, começamos a beber; as músicas estavam sendo cantada ao lado pelo cantor. Era sertanejo, lambada, sofrência, reggae... Parecíamos uns retardados. Eu não estava bêbado. Ainda bem.

Logo após apareceu um outro colega...

Eu já estava bebendo bastante o litro de Vulcano como se fosse água. Depois que fui saber que essa bebida não tem álcool.
Impressionante como eu bebi aquele litro de Vulcano quase que sozinho. Os meus amigos até falaram que eu havia bebido tudo...

A minha bebida, a qual eu amei muito, acabara. E eu estava doido por um outro litro. Mas sem dinheiro não rolava.

Depois começamos a beber a Vodca a qual eu não gostei, aliás ninguém de nós curtiu.

Não gostei de jeito nenhum daquela vodca do caralho, e muito menos da cerveja. Uó os dois; meus amigos disseram que talvez seja porque é a minha primeira vez, e por isso ainda não me familiarizei com a bebida. Mas eu amei Vulcano, aquela bebida energética é ótima.

Mas como as bebidas já haviam terminado todas, minha amiga, foi comprar, fiado, uma outra bebida. Desta vez, coquetel. Um vinho. Caralho como aquele bebida é gostosa, apesar que achei um pouco amargo no fim quando a bebemos.

Em resumo: a festa foi legal, uma das minhas amigas logo se embriagou. E toda hora ela queria mijar. Samara ficou normal. Marcello já tinha ido embora, pois já se passava de 1 da manhã e a vó dele podia brigar com ele e incrível como eu não fiquei bêbado. O nosso outro amigo estava trilôco.

É incrível eu dizer que me senti o cara mais feliz ali naquela festa. Aquilo fugiu de qualquer coisa que eu já tinha feito na minha vida. Curti, beber, tudo isso me fez sentir mais capaz; diferente do eu me sentia antes.

Nos separamos no meio da festa, uma disse que ia embora, e a outra saiu, peguei e vim embora, como fiquei sozinho, vim para casa. Cheguei já era umas 2h em casa.
Não estou muito bêbado agora, mas estou um pouco lúcido. Não sei explicar essa sensação.



Fiquem com a música Two Feet Go Fuck Yourself.

Edson

O Garoto do Diário [ REVISADO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora