Suspirei antes de responder. “Eu… chamei-lhe de maricas.”

Lorena olhava-me agora com os olhos semicerrados. Boa.

“Porquê é que farias isso? Não sabes como é que os rapazes reagem ao chamarem-lhes isso?!” Ela exclamou e eu revirei os olhos.

“Bem desculpa-me por não saber que ele era um pedaço de merda homofóbico!” Disparei e a Lorena abanou a cabeça, massajando a sua testa.

“O quê…” Ela começou mas parou por uns momentos até se contentar com a sua massagem.

“O que é que te fez chama-lo de-de maricas?” Ela perguntou com os braços cruzados.

Respirei fundo antes de responder à sua pergunta. Ela de certeza que ia descobrir sobre os meus sentimentos por ela, e eu tinha de me preparar o mais possível.

“Ele… disse uma coisa.” Abanei a cabeça mas a Lorena não ficou satisfeita com a minha resposta.

“Basicamente, começou quando ele disse que te ia levar para casa esta noite.” Encolhi os ombros, olhando para os meus pés. Conseguia sentir os olhos dela em mim assim como a sua confusão.

“Levar-me para casa? Do que é que estás a falar?” Ela perguntou e eu finalmente olhei para ela.

“Ele disse que te levaria para casa.” Disse firmemente. Ela pareceu perceber do que eu estava a falar mas mesmo assim não pareceu satisfeita com a minha explicação.

“E isso incomodou-te porque…?” Ela deixou a pergunta no ar à espera que eu a completasse, mas não o fiz. Apenas olhei para ela e encarei-a por uns segundos, rezando a Deus que ela encontrasse a resposta no meu olhar. Ouvi dizer que as raparigas conseguiam fazer isso.

Muito certamente, a sua expressão facial mudou uns segundos depois, mas não tinha a certeza se ela tinha visto a resposta certa, visto que não parecia feliz.

“Louis… tu não…” Ela arrastou quando assenti e fechei os olhos. Tudo dependia dela agora. Se voltaria a ter mais uma oportunidade ou se apenas voltava para o meu dormitório e afogava-me a mim próprio; ela ia tomar uma decisão.

“Louis, eu…” Olhei para ela, e agora era ela que tinha os olhos fechados. Esperei algumas horas, na verdade, segundos, antes de ela voltar a falar.

“Lembras-te do que te disse na quinta? Continuo com a mesma opinião.” Ela disse calmamente e eu comecei a abanar a cabeça.

“Mas tu disseste.” Lambi os lábios antes de continuar. “Disseste que se eu te provasse que estavas errada, irias… tu sabes… ser… minha amiga outra vez.” Quase que doeu ao dizer aquelas palavras. Eu não quero ser a porra do seu amigo e ela sabia muito bem disso.

“E isto provou que eu estava errada?” Lorena perguntou com um riso amargo. Olhei para baixo uns segundos antes de voltar a olhar para ela.

“Nada disto tinha acontecido se não fosse por aquele sujeito.” Abanei a cabeça para ela.

“Então diz-me, qual era a versão alternativa para esta noite ahn? O que teria acontecido se não fosse pelo Max?” Ela perguntou e eu encolhi-me pela palavra Max. Até o seu nome era irritante.

“Senhor?” Assim que eu ia começar a falar, um polícia aproximou-se de mim e da Lorena. Oh meu. Isto será engraçado.

“Nós temos o empregado do bar e mais algumas pessoas que lá estavam como testemunhas, e todas elas afirmam que você tentava defender-se a si próprio, portanto… não irá ser preso.” Assenti sem palavras. O homem assentiu de volta, e também para a Lorena, e foi embora. Nós ficamos ali parados, chocados por alguns segundos, antes de levemente ela abanar a sua cabeça.

Drama Class (Louis Tomlinson) | PortuguêsWhere stories live. Discover now