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A cabeça de Enrica estava um turbilhão ainda tentando processar o que Kennedy havia lhe dito, e ficou agradecida por esse não tentar puxar conversa no trajeto até sua casa, dando a ela o tempo que ela precisava para pensar.

Kennedy estava visivelmente ansioso, desde de sua confissão ela mal havia dito meia dúzia de palavras, e ele não fazia ideia do que ela estava pensando a respeito dele agora, nem do que se passava na sua mente barulhenta, ele dobrou mas uma esquina até entrar numa das ruas aonde ficavam as casas nobres da cidade, se isso não a fizesse falar ele não sabia o que ia.

-Você mora nessa rua? -Enrica questiona surpresa olhando em volta pela janela do carro.

-Bem ali. -Kennedy olhando por baixo do retrovisor indicando uma casa. -Mas eu não moro aqui, essa é casa dos meus pais, eu moro na Makdover. -Kennedy esclarece tentando não aborrece-la mais.

-Claro que mora. -Enrica diz mais sua voz não demostrava irritação, apenas surpresa, quando seus olhos estudaram a estrutura que Kennedy indiciou. -Deve ter sido divertido crescer aqui. -Enrica fala finalmente o encarando.

-E foi, na maior parte do tempo. -Ele garante cauteloso, como se esperasse que ela gritasse com ele a qualquer momento. -Sofia e eu montamos um playground lá atrás, mas ninguém vai lá a anos. -kennedy entrando numa estradinha que levava diretamente para os portões da casa.

Os muros em volta do terreno eram altos, e os portões eram automáticos e de ferro, não permitiam ver nada dá parte de dentro.

Mas assim que Kennedy discou uma espécie de senha num interfone preso a parede de pedra, o portão se abriu revelando uma linda construção vitoriana, com arcos de pedra em volta das entradas que se uniam aos telhados, e com andares altos que se assemelhavam a torres pontudas, aonde eram aprisionadas as princesas de contos de fada, as janelas eram ovais, constituídas de pequenos vidros coloridos, formando uma mistura de cores, que refletiam sobre a luz da lua no jardim bem cultivado, ali havia toda espécie de flores, algumas em jarros elegante espalhadas pelo pátio e outras plantadas na grama verde.

-Minha mãe precisou achar novos hobbies depois que os filhos saíram de casa. -Kennedy explica indicando o impecável trabalho de jardinagem.

-Eles estão em casa? -Enrica perguntou tentando não demonstra seu desconforto, enquanto observava os telhados meio inclinados.

-Não minha mãe deve estar no hospital com Sofia, e se meu pai estiver em casa não vai sair do escritório. -Kennedy garantiu dirigindo até um canto nas laterais da construções aonde havia uma daquelas garagens com portas que se erguem para cima.

A coisa devia ter uma espécie de sensor de movimento porque assim que o Impala de Johnny se aproximou da porta ela abriu, revelando uma garagem repleta dos mais diversos carros todos enfileirados lado a lado.

-Não são meus, são do meu pai, mas entendo bem o suficiente de carros para saber que essa belezinha não deve pegar chuva. -Kennedy diz estacionando o Impala ao lado de uma van.

-Esse é hobbie peculiar. -Enrica diz saindo do carro e olhando em volta.

-Acho que quando se tem muito dinheiro as pessoas começam a ficar entediadas. -Kennedy dá de ombros como se não fosse dá sua casa que eles estavam falando. -Vem por aqui. -Ele indica uma porta nos fundos, enquanto a porta automática atrás dele se fechava.

Essa levava a um corredor/escadaria pacamente iluminado por um lustre que pendia no teto alto. Ao fim dela havia uma porta dupla de mármore, que levava a uma sala de estar elegante, o lugar se assemelhava a um museu, cheio de quadros e quinquilharias históricas decorando os cômodos, numa mesa de vidro havia borboletas EMPALHADAS.

-Como alguém consegue tomar chá aqui? -Enrica faz uma careta ao observar a mesa de centro.

-Basta não encarar, elas são boazinhas. -Kennedy zomba por um instante se esquecendo da tensão entre eles.

-Isso é uma espada? -Enrica pergunta escandalizada indicando a espada pendurada na parede.

-É uma réplica, minha mãe sempre detestou essa coisa, mas meu pai insiste que ela fique visível aos olhos de quem chega. -Kennedy dá de ombros indo até uma escada alta num canto da sala.

Os sofás eram de couro, e na frente havia uma lareira com fotos da família "Lance" sem se dá conta que Kennedy já começará a subir a escada Enrica foi até lá curiosa, e assim que achou o que procurava deixou escapar um sorrisinho.

-Ah Kenn você era um gracinha. -Enrica diz olhando para o porta retrato aonde havia um garotinho sorrindo cheio de dentes.

-Prefiro que não use esse verbo no passado. -Ele brinca fingindo estar ofendido. -Vem aqui, vamos pro meu quarto. -Kennedy convida estendo a mão para ela sobre o corrimão da escada.

Ela vai até ele e a pega rodeando a escada e alçando o degrau em que ele estava rapidamente, seu quarto parecia não ser redecorado desde de seus doze anos, havia uma cesta de basquete na porta, poster de filmes nas paredes, um computador de mesa num dos cantos, era tanta informação que Enrica demorou um instante para entender aquela zona, parecia que uma máquina de lavar havia explodido ali, havia roupas espalhadas por toda parte, até penduradas nas portas do armário, sua cama parecia o único lugar imune a furacão, que estava impecávelmente arrumada, havia uma banquinho acolchoado abaixo da janela, e Enrica se pegou imaginado que devia ser agradável observar o jardim dali.

-Acho melhor você trocar de roupa. -Kennedy diz pegando uma blusa social no armário a cheirando para conferir de estava limpa e a jogando pra ela em seguida. -Mas tarde colocamos suas roupas no micro ondas. -Ele diz indicando o banheiro que era ligado ao quarto.

Enrica pegou a blusa não ar, e após mais uma avaliada sorriu ao ver um serzinho milagrosamente vivo num aquário espaçoso ao lado da cama enorme de Kennedy, ao seguir seu olhar esse sorriu inesperadamente.

-Michelangelo, você ainda está vivo. -Diz Kennedy dando uma olhadinha no aquário aonde a pequena tartaruguinha nadava.

-Bem original. -Enrica zomba antes de entrar no que pra ela ainda parecia uma armário.

Nota da autora:
Não costumo postar dois capítulos de uma vez, mas hoje estava inspirada e escrevi vários capítulos novos, então por que não postar mais um, estou feliz que o número de visualizações tenha voltado ao normal, obrigada a todos aqueles que acompanham a história, não esqueçam de votar e deixar sua opinião.

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