24.

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Amanda saia pisando duro do ginásio quando Kennedy a intercepitou se colocando na sua frente e  impedindo sua passagem o que só a irritou mais.

-O que você quer? -Ela pergunta rudemente o contornando.

-O que você pensa que tá fazendo? -Kennedy a questiona segurando seus pulsos com firmeza e a obrigando a olhar para ele.

-Não sei do que você tá falando. -Amanda se faz de desentendida sem se deixar intimidar pela voz agressiva de Kennedy.

-Ah você sabe muito bem. -Kennedy diz muito irritado trincando a mandíbula.

-O quê? Tem medo que eu conte pra sua nova amiguinha o que houve entre a gente? -Amanda provoca com um sorriso maldoso.

-Eu não tenho mais nada com você, e agradeceria se ao menos uma vez não tentasse tornar a vida das pessoas ao seu redor um inferno. -Kennedy rebate duramente a fitando com intensidade para enfatizar suas palavras.

Sem demostrar o quanto aquilo a havia magoado Amanda disparou muito séria, o sorriso de deboche antes no seus lábios havia morrido:

-Não pode fugir do seu passado, sei que não se arrepende dele, você acha mesmo que a sr.certinha ainda vai te querer quando souber da história toda? -Amanda rebate cutucando a ferida.

-Você não tem o direito de contar. -A voz de Kennedy agora era uma súplica.

-Apessar do que você pensa... -Amanda se solta de seu aperto com um safanão. -Eu não sou tão baixa, se você quer continuar se enganando, boa sorte. -Amanda diz com ar superior levemente satisfeita desfilando pelo corredor.

Kennedy conferiu seu relógio de pulso, a última aula de Enrica acabaria daqui a cinco, um tanto frustado ele corre pelos corredores  para chegar no lugar em que haviam combinado a tempo.

Quase no mesmo instante que ele alcança o lugar Enrica chega e o encara com uma expressão inespresiva até levemente curiosa.

-Ta tudo bem Kenn? -Enrica perguntou experimentando seu apelido.

Kennedy sorrio em resposta mostrando que havia aprovado seu gesto, então um pouco mais confiante ela tocou sua nuca como quem não quer nada e mirou seus olhos, enquanto perguntava:

-Você vai me mostrar o que está escondendo ou não? -Enrica pegunta beijando seus lábios lentamente apenas por um instante. -To curiosa. -Enrica admite um tanto eufórica.

-Claro eu te mostro. -Kennedy convida ainda um pouco anestesiado pelo seu beijo, estendendo a mão para que ela o acompanhasse.

Enrica a segura sentindo aquele calor tão reconfortante sair do seu corpo para aquecer o dela, seus dedos se entrelaçaram com uma naturalidade impressionante, como se tivessem sido feitos sobe metida para se encaixarem um no outro, ela o segue por uma escada estreita sempre um degrau abaixo do seu, tentando acompanhar as passadas experientes e rápidas de Kennedy, e no final do corredor mal iluminado havia uma porta em que se lia: "Somente pessoal autorizado".

-Alguma coisa me diz que não deveríamos estar aqui. -Enrica fala semi cerrando os olhos  e cruzando os braços desconfiada.

-O que te faz pensar que eu não sou pessoal autorizado? -Kennedy zomba indicando a plaquinha com um sorriso maroto.

Ele abre a porta sem cerimônia como um empurrão que fez a porta de metal tremer e ceder abrindo facilmente, era como se ele tivesse feito isso diversas vezes, assim que ela cedeu um clarão iluminou os olhos de Enrica e ela teve que piscar várias vezes até se acostumar com a claridade estonteante que vinha dali, Enrica acompanhou Kennedy um pouco hesitante, e assim que eles  passaram pela porta Kennedy a trancou e passou uma tranca pelo lado de dentro, e só então Enrica pode  avaliar o lugar, era uma lajem meio desgastada mas bem cuidada, ali havia várias plantas em vasos chiques e grandes que davam um ar sofisticado ao ambiente, o vento ali corria livremente e bagunçava os cabelos de Enrica com uma força impressionante, Enrica mal podia mater os olhos abertos, mas mesmo assim caminhou até o parapeito temendo o que encontraria ali, e ao se dar conta que estava bem longe do chão seu rosto empalideceu instantaneamente e ela começou a vacilar, quando olhou para cima percebeu com espanto que via o TELHADO da escola, não era atoa que a escada era tão longa, Enrica engoliu em seco, seu estômago começou a embrulhar, e só se lembrou que Kennedy estava ali quando suas costas esbarraram nele e ela deu um pulo assustada.

-En, qual o problema? -Kennedy pergunta num tom brincalhão a envolvendo em seus braços bem definidos.

-D-Da pra v-ver a escola inteira daqui. -Enrica enterra a cabeça em seu ombro tentando conter seu desespero.

-Perai. -Algo se acendeu no olhar brincalhão de Kennedy, e ele a afastou gentilmente para que pudesse olha-la nos olhos, ainda com as mãos em volta de seu corpo.

-Você tem medo de altura. -Aquele sorriso delicioso estava ali de novo, ele não deboxava dela parecia fascinado em conhecer mais sobre ela.

-Não tenho não, eu adoro lugares altos. -Enrica nega ainda grudada em Kennedy o apertando com uma força desnecessária.

-É mesmo? Então eu acho que você realmente não consegue controlar seu desejo por mim porque tá me beliscando de uma maneira nada sexy. -Kennedy brinca e ela afrouxou suas mãos de seu braço um tanto hesitante.

-Tá talvez eu tenha um pouquinho de nada. -Enrica disfarça mas um ventania passou por ali e ela voltou a agarrar Kennedy novamente.

Ele riu se divertindo com a situação, segurou Enrica com mais firmeza em seus braços e disse:

-En olha pra mim. -Kennedy pede com a mesma voz calma e sedutora da vez que ele a instruía como jogar basquete.

Enrica que tinha os olhos completamente fechados abriu um dos olhos como se para checar que estava mesmo tudo bem, e ao confirmar isso Enrica abre o outro.

-En, eu não traria você aqui se não fosse seguro. -Kennedy garantiu beijando seus lábios dessa fez sem tanta delicadeza de uma forma mais selvagem, na qual ela retribuiu com o mesmo empenho. -Você confia em mim não confia? -Ele pergunta a ela.

Ainda o fitando e sedenda dos seus lábios ela confirmou, novamente anestesiada demais para saber com o que estava concordando, ao perceber isso Kennedy sorri ao notar que seus beijos a deixava tão desnorteada quanto os dela nele.

Kennedy indicou com a cabeça uma caixa grande de ferro no canto da lajem e por fim falou esfregando suas costas para consola-la:

-A gente não precisa, mas se quiser tentar podemos sumir ali e sentar no telhado. -Kennedy conta avaliando sua reação. -E tem mais, se consegui manter os olhos abertos, poderá ver como o bosque é bonito dali de cima. -Kennedy brinca beijando sua cabeça.

Enrica apenas acendiu e ele ainda segurando sua mão a guiou até a caixa metálica e a ajudou a sumir no telhado, sumindo em seguida, e quando sentou ao seu lado para sua completa surpresa Enrica olhava em volta encantada mal percebendo aonde estava, isso o fez sorri ao invés de apreciar a vista ele passou um bom tempo olhando para o sorriso bobo em seus lábios fartos, para ele nada podia ser mais lindo.

Destino imperfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora