Furacão Virgem

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                Este ano, 30 de Agosto, o furacão Irma veio a revelar-se um dos mais fortes, destruidores e intrigantes na América do Sul, mas não só. Deixou milhares de pessoas desalojadas e encharcadas devido à sua proximidade do mar. No entanto, não foi só essa proximidade que se veio a revelar um problema. Em grande parte, esta catástrofe, também teve lugar no Mare Nostrum, não por se encontrar perto do povo lusitano, mas sim por o nome do furacão conter um grave erro de acentuação. Imagina-se sequer a dor de cabeça que foi para os mais prestigiados revisores de gramática em tempos livres?

Não obstante e não intrigante o suficiente, de quem era o furacão Irmã? Bem, Nosso Senhor parece ter ficado apreensivo na altura por ousarmos em questionar o grau de parentesco das suas catástrofes naturais. Pelo que decidiu soprar em direção das Caraíbas e de Florida ainda com mais força (o vento chegou aos 200 km/h) até arrancar alguns telhados, para os que continuaram a questionar-se de quem seria o furação Irmã.

Passadas cerca de duas árduas semanas, nosso senhor decidiu, finalmente, suspender o pseudo-dilúvio (de certo, adequado ao Homem do Séc . XXI) e dar um break aos homens Sul-Americanos que, em nada, questionaram as relações familiares entre os seus furacões, foi antes o pessoal Português.

Em má altura, perto do mesmo local, seguiram-se (quatro) dias de um verão que prometia ser prometedor, até que as respostas dos Homens não demoraram a ser respondidas. Não foi preciso esperar muito tempo para perceber que o primeiro furacão era Irmã de Maria.

Contudo, o problema surge quando se vem a verificar que Maria é a irmã mais velha dos furacões. É a que põe ordem naquelas catástrofes: é a que bate e que a ralha com os outros furacões, repreendendo-os por causarem tantos danos. Pois ali, quem tem o mérito e o direito de se distinguir com categoria 5, causar danos à brava e fazer o vento soprar a 300 km/h só pode ser a mana mais velha, a Maria.

Na verdade, não creio que haja muito que possamos fazer durante a atuação de Maria, a não ser ficar em casa a refletir sobre o que levou o Nosso senhor a reagir de uma maneira impulsiva e exagerada. Em última instância, só nos resta ponderar porque razão se terá dirigido Maria às Ilhas Virgens para atacar.

Enfim, a única maneira de tudo isto fazer sentido é, abruptamente, supor que o furacão Maria nos tentava dar algum sinal, mas qual? Dando algum pensamento a esta questão, cheguei à conclusão (assim como o leitor) que mais do que um furacão, esta Maria, é Virgem Maria e o Nosso senhor ficou furioso por termos evidência que prova, não só a existência da Mulher mais importante na história do Cristianismo, mas também da sua Irmã.

Mistifórios do Hoje: Uma Sova de 2017Where stories live. Discover now