Mistifórios do Hoje: Uma Sova de 2017

Playmobil é para os grandes

Tem estado a ver as notícias? Se a sua resposta é um não, também serve porque, por mais desatualizado que o leitor esteja, já ouviu falar na brincadeira do toma lá dá-cá entre os Américas e os Coreias, com certeza.

Antes de expor a razão (sob meu ponto de vista) pela qual Donald Trump e Kim Jong-Un andam às cabeçadas, é importante definir cada um deles.

Por um lado, o presidente dos Estados Unidos tem a fama de ser um porco, um racista, um machista (a lista continua). No entanto foi eleito como presidente pelo próprio povo. É um pouco contraditório uma vez que existe 1% a mais de mulheres que os homens nos EUA. Então meninas, o que é feito do vosso girl power? - Não interessa.

O que interessa é que agora o vosso presidente não deixa qualquer um entrar no vosso território logo, vai proteger-vos com o seu muro. O único predador em território Americano está na casa branca a mandar tweets - Não se preocupem, lá a segurança é das melhores. Contuo, se não se acharem suficientemente seguras, o tribunal estará (efetivamente) ao vosso dispor.

Seguidamente, como não sei muito bem o que se passa para os lados da Coreia, não me sinto à vontade para fazer qualquer comentário em relação à sua arte de fazer política, ou de pegar em dados estatísticos engraçados dignos de uma piada.

Porém, sinto-me à vontade para dizer que Kim Jong-Un pode (e deve) ser descrito como um dos gajos mais fatalistas e cruéis da história: este ano mandou matar o seu irmão mais velho e tem, no próprio país presos cerca de 120 mil cidadãos só porque é gordo. Ou melhor, tem uma auto-estima mais sintética que o cabelo de Donald trump. Contudo, se analisarmos a qualidade do coiro cabeludo de Kim concluímos que vence a Trump.

Apesar de tudo, parece haver um ponto de convergência entre os dois. Ambos gostam de mostrar a maquinaria de que dispõem - Bombas nucleares, armas biológicas, mísseis e uns outros tantos gajos que estão dispostos a dar a vida por um jogo de playmobil em grandes dimensões. Atualmente, o mundo tem que contar até dez e aprender a lidar com dois líderes que estão a pensar qual é o próximo boneco que vão revelar.

Por conseguinte, note-se que já há aqui alguma tensão entre os dois líderes: um cabelo melhor que o outro, uma auto-estima melhor que a outra e, acima de tudo, um pacote de playmobil mais bom do que o outro. Ainda assim não fico satisfeito com as minhas propostas, por isso não hesito em jogar a minha última carta sobre o tema.

Em suma, desconfio e assumo hipoteticamente, que tudo tenha começado quando Trump fez aquela brincadeira da piscina de cuspo na mão quando cumprimentou pela primeira vez o Líder Supremo da Coreia do Norte (creio que seja mais fácil de ler assim), como para marcar território. Já sei no que é que o leitor está a pensar. Mas não acha improvável que Trump tenha urinado em pleno território Coreano? Isso seria pedir por uma terceira guerra mundial.