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                                                                                        Sofie

        Estamos indo embora quando um carro para do meu lado, pulo para o lado ja com os olhos arregalados. O vidro se abaixa e minha mãe sorri para mim ver

- Sofie, você está bem? Desculpa eu não queria te assustar- soltou uma risadinha, é eu ainda não me acostumei muito com o carro da minha mãe - Vamos embora Crianças. Vamos almoçar fora, ok?- eu estava entrando do lado dela no banco da frente mas ela me para- Nada disso mocinha, aquele dia eu deixei você ir na frente porque você estava mal hoje não- cruzou os braços- O mais velho aqui é o Adrian, então pode ir para trás- suspirei irritada e fui para o banco traseiro-.

          Me sentei na janela, Lucas entrou e ficou do meu lado,"idiota" pensei revirando os olhos, e Agnes é claro sentou do lado dele. 

        Chegamos em um restaurante, e fomos para uma mesa, não tirei minha touca, apenas me sentei e cruzei os braços. Um garçom logo veio nos atender, ele era jovem, tinha os cabelos pretos, olhos azuis,pele clara e tinha o rosto perfeitamente desenhado

- Boa tarde, já sabem o que vão comer?- Sorriu gentilmente, e olhou para todos parando seus olhos na minha mãe, eles falaram o que queriam e eu continuei quieta- E o que a senhorita vai querer?- pelo menos é educado-.

- Não vou querer nada, obrigada!- falei gentilmente-.

- Ok, já trago o pedido de vocês- falou e saiu-.

- Ah filha, por que você não quer comer? Aconteceu algo?- me olhou preocupada-.

- Não mãe, não aconteceu nada, eu só não estou com fome, é só isso- respirei fundo- Preciso tomar um ar, eu já volto- me levantei e fui para fora-.

        Me sentei em um banco que tinha ali e fechei os olhos, lembrando de tudo que aconteceu. 

-merda...-.

          Uns dez minutos depois me levantei e voltei para dentro do restaurante, minha mãe sorriu quando me viu, voltei para o meu lugar, minha barriga roncou e minha mãe me olhou com os olhos arregalados

- Você tem certeza de que não está com fome filha?- deu risada-.

- Tenho!- revirei os olhos-.

        Quando eles terminaram de comer, me levantei e caminhei até a porta, entrei no carro e fiquei esperando minha mãe.

        O caminho foi tranquilo dessa vez Agnes sentou do meu lado, e ninguém falou nada.

       Chegamos em casa e fui para o meu quarto, tomei um banho, depois me deitei na cama, e fiquei encarando um porta retrato,nele estávamos eu, minha mãe e meu pai, nós três éramos felizes, peguei a carta e li ela novamente.Abriram a porta do meu quarto sem aviso prévio, com o susto acabei caindo da cama, escondi a carta o mais rápido que consegui, olhei para a porta e vi Lucas com um semblante sério​

- O que você pensa que está fazendo no meu quarto!?- falei me levantando-.

- Avisar que sua mãe, a Agnes e o Adrian saíram, e eu quero conversar com você!- disse entrando-.

- eu não quero conversar com você! Agora sai do meu quarto- arqueei as sombrancelhas-.

- Não, eu não vou sair até você me escutar-.

- Vai sair sim- disse começando a ir em direção a porta para jogar ele para fora-.

- Não vou- trancou a porta e escondeu a chave no bolso- Agora você vai ter que me escutar!-.

- Escutar você?! Para quê?! Você quer me humilhar de novo? Quer jogar na minha cara o quanto eu sou "ridícula"?- fiz aspas com as mãos, meus olhos encheram de água,  eu não deveria ser sensível assim-.

- Não Sofie, eu só quero conversar- ele está perdendo a paciência-.

- Eu só vou falar mais uma vez: S-A-I D-O M-E-U Q-U-A-R-T-O- disse aumentando​ o tom da minha voz-.

- Eu não vou sair Sofie, que merda!- gritou-.

- Então eu saio- Me virei e fui em direção ao banheiro, ele tentou chegar primeiro mas eu bati a porta na cara dele-.

       A janela do banheiro é meio estreita mas nada com que eu não possa lidar, como Lucas não deve ser trouxa ele já deve estar lá embaixo me esperando, então vou pelo lado contrário, não estou afim de me estressar com ele hoje,então vou para a floresta atrás de casa, não sei se já mencionei mas sim, tem uma floresta​ atrás da minha casa. Pulei o muro, e andar pela floresta a procura da casa na árvore que meu pai fez para mim quando eu tinha nove anos, faz tempo que eu não venho aqui, mas sei que na casa tem tudo que eu preciso.Enfim cheguei, o lugar não está sujo, parece que eu vim aqui ontem, está tudo arrumado, será que minha mãe veio limpar aqui enquanto eu estava fora? Realmente eu não sei, não pretendo dormir aqui, só queria descansar um pouco, depois talvez eu volte para minha casa.Aqui muito calmo que quase nem vejo a hora passar, já está de noite e eu preciso urgentemente voltar para casa. Desço a pequena escada, e volto pelo mesmo caminho que eu vim.Chego em casa e o carro da minha mãe ainda não está aqui, eu que não vou ser obrigada a olhar para a cara de merda do Lucas, andar é a melhor solução agora, pelo menos uma volta no quarteirão e eu volto para casa.

Estou caminhando e vejo um ser do outro lado da rua, ele começa a se aproximar, paro por um instante, mas depois resolvo correr, vai que é um louco. "Droga! Eu não deveria ter vindo andar, mas que merda!" Penso.

- Sofie?!- diz e a voz do ser me faz ter uma raiva imensa, Mateus, eu realmente não deveria ter vindo não deveria ter vindo-.

- Me deixa em paz!- digo ainda correndo, ele me alcança e segura meu braço, é claro que ele iria me alcançar, eu pareço uma lesma correndo e ainda com dor nas costas- Me solta!- sinto lágrimas involuntárias escorrem pelo meu rosto, e começo a me debater -.

- Eu preciso conversar com você por favor- diz segurando ambos meus braços para que eu pare-.

- Não! Eu não quero, você só quer me enganar, você vai me levar de volta para aquele​ lugar, eu não​ quero!- digo tentando me soltar do aperto de suas mãos-.

- Sofie por favor, eu não vou te bater, nem te enganar, muito menos te levar de volta para aquele lugar, eu juro! Só deixa eu conversar com você!- eu não vou deixar ele me enganar com essa voz de arrependimento nem nada, ele não vai me enganar-.

- Não, eu não quero, me solta! - ele não me soltou, então vamos apelar para o plano B:- Socorro! Socorro! Alguém me ajuda?!- comecei a gritar-.

- Desculpa​, você não me deixa escolhas- disse tirando um paninho do bolso e pressionando ele contra minha boca e meu nariz, me fazendo inalar aquele cheiro forte, tudo começou a rodar, então apaguei-......

                           ---∆---

      Tá ai o capítulo até a próxima 

Shattered Smile (concluída)Where stories live. Discover now