↪ Capítulo 140 ↩

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1 mês depois...

L O U I S

— Estou sem palavras. — Murmurei, ao tirar a venda dos meus olhos, encarando a mansão cheia de vidros escuros, o gramado verde bem aparado e a piscina enorme em frente. Era a casa dos sonhos.

— Gostou? Pois essa é a nossa nova casa. — Harry sussurrou em meu ouvido, me abraçando por trás e eu me arrepiei antes de abrir um sorriso.

— Eu amei, não vejo a hora de nos mudarmos para cá. — Disse, e ele balançou a cabeça antes de agarrar a minha mão e sair me puxando para dentro da casa.

Era ainda mais bonita por dentro.

— Como pode vê já vem imobiliada, só temos que buscar as nossas roupas. — Disse, e eu encarei os móveis bonitos de madeira. — Eu tenho uma surpresa pra você.

— Que surpresa ? — Perguntei, curioso, analisando tudo ao meu redor. Aquele sofá cabe no mínimo seis ou sete pessoas.

— Não posso falar, você tem que vê com seus próprios olhos, vêm! — Insistiu, e eu segui-o, subindo as extensas escadas que pareciam de um castelo.

Entramos em um corredor que havia sete portas, e Harry tirou uma chave do bolso antes de continuar a caminhar até a ultima porta, e quando paramos em frente a mesma, percebi o nome de nossas filhas estampado nela nas cores rosa e roxo.

Hally & Louise.

— É o quarto delas. — Sussurrei, e observei-o colocar a mão na maçaneta pronto para girar quando ele se vira para trás.

— Você que tem que abrir. — Disse, apenas assenti em concordância, mostrando-lhe um sorriso sem mostrar os dentes antes de abrir a porta.

Meus olhos instantaneamente ficaram marejados, e eu alisei a minha barriga de seis meses antes de começar a entrar para dentro daquele quarto enorme, com paredes pintadas de branco e listras rosa e roxo.

Havia uma enorme janela de vidro, enfeitada com uma linda cortina branca, e perto dela tinha uma poltrona que me parecia bastante confortável.

Observei os berços também, os dois da mesma cor e modelo, já estavam com os protetores de berço e eram lindos. No chão se via um enorme tapete peludo bege, e ao lado esquerdo perto da porta tinha uma cômoda bem bonita, com porta retratos sem fotos em cima.

— É tão lindo, eu amei. — Disse, me virando para trás e abraçando o amor da minha vida. — Agora me diz, a cor rosa fica pra quem ? E a roxa ?

Soltei uma risada, estava muito feliz. Voltei a observar tudo novamente e notei que o quarto era muito grande mesmo, tanto que nem percebi que havia três portas.

— Isso elas irão decidir depois. — Sorriu. — Agora vá abrir as portas.

Assenti, e fui até uma porta abrindo-a, vendo um banheiro pequeno porém bonito, com azulejos brancos.

Depois fui para a segunda porta, e fiquei maravilhado ao vê o closet já com as roupas que haviam comprado esse mês, que eram muitas aliás. Continha apenas uma prateleira inteira de sapatinhos com tamanhos diferenciados que serviriam até três anos.

— Você trouxe as roupas que comprei pra cá... — Disse, encarando-o, com um sorriso em agradecimento, pelo espelho. — Mas agora vamos vê o que há por trás da terceira porta.

Não perdi tempo e fui para abrir a terceira porta, mas antes Harry me interrompeu com a sua voz.

— Talvez eu tenha exagerado na quantidade. — Disse passando a mão atrás da sua nuca e eu ergui uma sombracelha, desconfiado, antes de girar a maçaneta.

— Meu Deus! — Ri ao entrar, e olhei para o encaracolado. — Quantos brinquedos Harry!

— Tudo para nossas meninas. — Sorriu, me abraçando.

2 semanas depois...

— Já não aguento mais meus pés. — Resmunguei ao observar o inchaço presente em meus pés, era horrível.

— Aqueles cremes que comprei não estão ajudando, não ? — Questionou Harry, enquanto dava ré no carro.

— Estão, mas eu esqueci de passar antes de sair de casa. — Disse, e ele bufou antes de ligar o rádio.

Digamos que hoje Styles não está em seus melhores dias, se não me engane é por causa de um negócio que não quiseram fechar com a sua empresa. De acordo com o encaracolado, esse negócio iria render muito dinheiro, além do nome da empresa ser levado as alturas. 

Mas eu não intendo o que deu errado.

Em minhas mãos seguro o telemóvel CUP4, a qual Harry e seus funcionários trabalharam muito para que esses novos telemóveis fossem um estouro no mercado. Mas quando foram testar esses objetos, encontraram vírus em todos. E a maioria pararam de pegar.

Engraçado que com o meu não tive esse problema.

— Ei... — Chamei a atenção de Harry, o mesmo abaixou o rádio e mexeu a cabeça, indicando para mim falar. — Acho que te sabotaram.

— Porque acha isso? Está na cara que eu sou um fracasso. — Disse, suspirando, apertando os dedos no volante com seus olhos ainda focados na estrada.

— Qual é, não diz isso. — Aconselhei, colocando uma mão em cima da sua coxa, apertando-a levemente. — Você sabe que é capaz, e, eu não intendo o porque de todos aqueles telemóveis infectados com vírus, enquanto o meu que você me deu está funcionando normalmente.

— Eu também não intendo aonde errei.

— Eu repito que acho que te sabotaram. Até porque eu sei como você é inteligente, poxa, você se esforçou muito para isso, para fazer a empresa da sua família ter mais sucesso, para fazer seu pai que está com um tumor no cérebro feliz e orgulhoso de você...Não desiste agora. — Eu disse, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, e observei-o a assentir calmamente.

— Você está certo.

[...]

— Oi Anne. — Sorri, abraçando a mulher morena de olhos verdes.

— Louis, querido. — Deu um beijo na minha bochecha antes de afastar, e passou a mão por cima da minha barriga. — Como está as nossas meninas ?

— Acho que bem, estou me alimentando direitinho. — Disse, me sentando no sofá. — E cadê o senhor Desmond ?

— Está lá em cima, deitado. Ultimamente ele só fica no quarto por estar bastante fraco, e o médico me deu a triste notícia que lhe resta apenas oito meses de vida. — Disse, olhando para o chão com seus olhos marejados.

— É muito pouco tempo.

— Sim, não sei o que fazer, na verdade não há solução, e eu estou muito triste por pensar que daqui alguns meses não terei mais ele ao meu lado. — Fungou, e eu olhei ao redor vendo que não tem nenhum sinal de Harry por aqui.

— E o Harry já sabe disso ?

— Não, e não sei se devo contar. Não por enquanto, pois eu estou muito abalada com isso e se Harry souber agora vai ficar do mesmo modo, então, isso ia me fazer ficar pior porque não aguento vê-lo triste, e quando ele saber quero dar total apoio.

— Eu intendo, mas você tem certeza que não há nenhuma saída para isso ?

— Não Louis, o tumor cresceu muito, agora só nos resta aceitar.

Messages | L.S Where stories live. Discover now