Capítulo 29 - Há oceanos entre nós

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{Vai ter uma cena que para melhor aproveitar a leitura, seria interessante que vocês reproduzissem a mídia. Eu deixei marcado para quando vocês possam ligar. É isso, boa leitura!}.

Em todos os meus dezessete anos, eu nunca havia passado por tanto calor na vida. Era outubro e se eu não usasse calças ou blusas mais finas, eu iria nadar no meu próprio suor.

Logo depois do almoço, fui com Sally e Juliette para debaixo de uma árvore atrás da quadra de basquete, onde as duas assumiram devidamente o namoro para mim. Nós estávamos conversando sobre um feriado regional que estava chegando e de como eu iria me sentir extremamente solitária, já que Sally iria passa-lo com Julie e sua família e meu avô e Art iriam à Flórida, em uma viagem romântica.

— O que me garante que Sally não vai ser esquecida propositadamente em outra cidade pelos seus pais, Julie? — impliquei.

— Você acha mesmo que eu vou deixar esse pedaço de mau caminho sozinha quando nós poderíamos fazer outras coisas?

Fiz uma careta e estava prestes a respondê-la que comentários sobre seus momentos íntimos com a minha melhor amiga eram dispensáveis, quando Apolo surgiu diante de nós, ficando na frente do pouco de sol que me enviava vitamina D.

— Vocês mal descobriram a minha árvore e já estão roubando-a de mim? — ele falou, mas quando Julie riu e Sally a acompanhou, eu percebi que era uma brincadeira.

— Senta aí e deixa de ser resmungão, Brise dois. — Sally falou, sorrindo e me ofendendo. — Compartilhe do nosso momento amoroso.

Se o Maddox percebeu o real significado das palavras da minha suposta melhor amiga, não deu a parecer, enquanto eu tive que me controlar para não meter meu tênis em sua cara.

— Ei! Eu não sou resmungona! — protestei.

Apolo olhou para mim e foi extremamente injusto da parte dele ser tão bonito mesmo sob um calor de setenta e sete Fahrenheit, enquanto eu mesma virava geleia oleosa com meus jeans e regata. Ele já era alto por si só, mas do ângulo que eu estava ele se tornava gigante e seu cabelo claro e ondulado brilhava ainda mais sob o sol, deixando-o em torno de uma aura angelical.

— O que você está fazendo aí?

Fechei os olhos e perguntei aos céus o porquê dele implicar somente comigo quando, na realidade, todas nós estávamos deitadas na grama.

— Pegando um bronze e você está me atrapalhando. — retruquei, cruzando as pernas.

— Você vai pegar no máximo uma insolação, Whitford. — arqueou as sobrancelhas. — Levanta daí, nós temos que estudar.

Grunhi. Havia uma semana que Tito tinha saído do hospital e que Apolo começou a pegar horas do meu dia apenas para me fazer sentir uma burra, de tão bom e inteligente que ele era na maldita química. Levantei-me com sua ajuda e me despedi das meninas.

— Bons estudos! — Sally gritou quando nós já estávamos um pouco afastados.

— Eles vão estudar outro tipo de química, amor. — ouvi Juliette
dizer.

Joguei meu All Star nelas.

<•>

Por mais que eu estivesse extremamente grata a Apolo e como ele estava se esforçando para me ajudar, tudo o que eu menos queria após uma sexta feira cansativa era voltar para casa com ele me fazendo perguntas sobre eletrodos e íons.

Assim que estacionei Sirius na garagem, fiz um agradecimento silencioso por me ver livre de química pelo menos pelas próximas horas. Subi as escadas até a cozinha e lá estavam Sol, meu pai e Tito, todos sentados tranquilamente tomando chá, como se no dia seguinte a casa não fosse encher de convidados.

Por trás do gelo [Em revisão]Kde žijí příběhy. Začni objevovat