58 - Já tomei muito do seu descanso;

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...

Ele estava tão compenetrado que não notou quando mordeu meu clitóris com mais força do que devia, me provocando uma pequena e momentânea dor.

- Ai! - Eu pulei para longe dele, dando um puxão rápido e violento em seus cabelos para afastar seu rosto de mim - Não faz isso!

Só então notei que havia sido rude, e de novo culpei o álcool pelo meu comportamento não habitual. Benício pareceu um pouco chocado com a forma como eu falei e com a agressão física, mas seus olhos pareciam brilhar com alguma coisa.

- Desculpa... - Ele deu um beijo simples e fofo no lugar onde havia me machucado, ainda me fitando nos olhos - O que quer que eu faça?

- Que me chupe direito.

A resposta saiu objetiva, outra vez rude e ditadora. Os olhos dele brilharam mais, seu semblante quase se transformando em um sorriso. No segundo seguinte, ele me tocou novamente com a ponta de sua língua, testando com cuidado os pontos onde eu reagia mais aos seus estímulos.

- Assim está bom?

Eu havia perdido algum detalhe ou Benício realmente parecia gostar que eu mandasse nele?

- Mais forte.

Ele obedeceu imediatamente, pressionando com mais força sua língua contra minha entrada e arrancando gemidos engasgados da minha garganta. Por algum tempo, me deixei aproveitar aquela sensação - provavelmente a melhor sensação do mundo - mas assim que senti meu orgasmo se aproximar, o interrompi.

- Pára!

Ele parou, encostando o rosto em uma de minhas coxas e me encarando com curiosidade, como se esperasse pela próxima instrução. Trabalhei um pouco minha respiração, tornando-a menos inconstante, então falei outra vez.

- Sobe aqui.

Ele se levantou rapidamente em seus joelhos assim que tirou minhas pernas de seus ombros e as colocou com delicadeza no chão. Seu rosto ficou quase da mesma altura que o meu agora, seu corpo inclinado para mim e sua boca muito próxima a minha enquanto seus olhos me olhavam com submissão e amor, seu membro incrivelmente rígido para quem não estava sendo estimulado de forma alguma.

Ora, ora. Então o poderoso Benício também gostava de ser dominado.

"Tudo bem, meu querido. Eu posso passar minha vida inteira te dominando."

Suspirei, sentindo todo o poder do vinho na minha cabeça enquanto olhava dentro de seus olhos dourados, um pouco mais escuros do que o normal agora. Esperei, não por falta de coragem em dizer o que ia dizer, mas porque queria esperar o momento certo. Quando ele finalmente chegou, ordenei em um tom de voz macio e baixo.

- Me fode de uma vez.

No segundo seguinte, eu estava no colo de Benício, de joelhos no banco molhado, ele sentado onde eu estava antes. Me agarrei em seu pescoço para não cair, porque o movimento rápido fez com que eu ficasse mais tonta, mas não tinha o que temer, porque seus braços me prenderam na conhecida gaiola que ele fazia ao meu redor quando estávamos naquela posição. Fui atingida por um beijo invasivo, violento, e mesmo ficando um pouco perdida, correspondi. Me senti ser minimamente erguida para, logo em seguida, encaixar no corpo dele, centímetro por centímetro, de forma perfeita, e de repente minha noite se tornou um pequeno paraíso.

Eu precisava inventar novas palavras para poder expressar a forma como me sentia com ele, como o queria. Ou não, não precisava explicar nada. O fato era que eu o queria tanto, tão mais do que jamais pensei querer alguém, que minha sanidade mental cedo ou tarde seria afetada de alguma forma.

De Repente, Amor ❲✓❳Donde viven las historias. Descúbrelo ahora