Capítulo 41

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Eu quis que voce ficasse
Porque eu precisava
Porque eu preciso ouvir voce dizer: Eu te amo
Eu sempre te amei
E eu perdôo você
Por ficar tao longe por tanto tempo
Então continue respirando
Por que eu nao estou te deixando mais
Acredite em mim, me abrace e nunca me deixe ir
Continue respirando Por que eu não estou te deixando mais
Acredite em mim, segure-se em mim e nunca me solte
Nickebalck - Far Away

Sofia

Me sentei na cadeira para recolher o sangue e fiquei bastante nervosa, eu sentia que agora ia, mas eu não aguentaria outra decepção, eu irei desistir e aceitar, aliás, eu nunca vou aceitar.

- Para de tremer, Sofia.- Pediu Jorge.

- Eu não consigo.- Respiro fundo e tento me acalmar.

- Se esse resultado der negativo, eu juro que não te pago.- Disse Olliver.

- Vamos fazer assim, se ela estiver, eu não vou cobrar nada, será o meu presente.- Começo a rir de nervoso e, no mesmo instante, começo a chorar.

- Oh Deus.- Coloquei a mão esquerda em minha barriga.- Esteja aí dentro, filho.

- Pronto.- Disse Jorge e eu encarei aquele líquido vermelho, pedi em silêncio para que ele desse positivo.

Fazia mais de uma hora que Jorge sumiu da sala, eu estava quase para abrir um buraco no chão, Olliver insistiu para que eu sentasse, mas ele era outro que não conseguia ficar parado.

Não me consulto mais com o doutor Marcos, ele me encaminhou para um ginecologista que até esqueci o nome dele e o mesmo me encaminhou para o Jorge, formado em clínico geral e especialista em obstétricia.

Não que ele acompanhou sobre o meu mioma, mas ele fazia exames e mais exames, e nunca me deixou desistir, começamos a criar um elo de amizade e por isso eu o pedi para ser padrinho da Manu. Não poderia escolher melhor, é o melhor padrinho de todos.

- Voltei.- Jorge entrou e seu semblante estava murcho, cai no choro no mesmo instante.- Eu sinto muito.- Suspirou e me olhou triste.- Mas você está grávida.- Gritou e sorriu.

Parei de fazer qualquer coisa, até de chorar. Logo as lágrimas voltaram e eram de felicidade, não tinha como descrever o que eu estava sentindo.

- Nós conseguimos.- Gritei e pulei no Olliver, ele me segurou para que eu não caísse e me abraçou já chorando.

- Obrigado, Sofia.- Sussurrou e me beijou toda.

Gritei de tanta felicidade que até cansei, mas não parei de comemorar. Eu tinha ganhado os dois anos que passei tentando ter meu filho, tudo isso valeu a pena.

- Parabéns, agora eu quero que você volte aqui daqui uma semana para a primeira ultrasom, e, pelo amor de Deus, fique o máximo possível quieta, qualquer coisa você pode perder o bebê.- O olhei o repreendendo.

- Cala a boca.- Falei entre dentes.

- Pode deixar, ela vai tirar uma licença materna desde já.- Olliver disse todo feliz e me puxou pra ele.

- Tarde demais.- Suspirei e os dois riram da minha dramatização.

***
Toda a família e amigos ficaram tão radiantes com a notícia que combinaram um churrasco pra hoje mesmo.

Meus sogros e minha cunhada são os mais loucos, foram eles que deram a idéia e começamos os preparativos, aliás, começaram. Acha mesmo que Olliver me deixou pegar ao menos numa faca?

- Olliver, eu preciso ajudar sua mãe.- O repreendi quando mal peguei a faca.

- Não precisa, querida, vão para a piscina, o motivo da alergia de hoje é vocês dois e o meu netinho, agora vão.- Ela me enxotou? Esses dois estão contra mim.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora