Capítulo 38

13.9K 920 9
                                    

Sofia

Fiz como o desejado, estou jogada na cama, sem lágrimas para chorar, somente com a minha profunda tristeza. Meu coração mergulhado em dor.

Olliver não quer sair do meu lado, mesmo que eu o mande, ele não sai. Desde quando chegamos que ele não sai da minha casa, mais especificamente, da minha cama.

- Amor, trouxe para você.- Ele aprece com uma bandeja nas mãos.- E não venha dizer que não quer.- Deposita a bandeja na cama. Tem panquecas e bolo de chocolate, e um suco.

- Não quero.- Por mais bonito que o bolo esteja, nada desce por minha garganta.

- Sim, você quer.- Coloca uma mão em minhas costas e me senta.- Eu coloco em sua boca.- Estava prestes a recusar, mas ele já estava com uma colher de bolo vindo em minha direção.

- Não, Olliver.- Virei o rosto.

- Por favor, Sofia, eu sempre quis fazer isso.- Abro minha boca com relutância e ele coloca o bolo nela.

Deus, esse bolo estava uma delícia, se eu soubesse, já tinha comigo a muito tempo.

- Esta gostoso.- Falo e passo a língua pelos meus lábios.

- Então abre a boca.- Olliver sorriu pra mim e eu abri a boca novamente. É bem estranho, mas é bom.

Depois de mais algumas colheradas, me senti farta e voltei para o meu ninho. Não me enrolei mais nas cobertas, já estava chegando meio dia e o calor estava vindo junto.

Fiquei em posição fetal e tentei não pensar muito nesse trem ruim chamado de mioma. A vontade que eu tenho é de esmurrar esse negocio, mas aí eu teria que fazer hematomas em mim, então deixa quieto.

Senti a cama afundar e braços passaram por mim. Olliver se deitou logo atrás de mim e me puxou, até que senti minhas costas em sua barriga.

- Você assim, esta me deixando angustiado.- Confessa e acaricia minha barriga.

- Não faz isso.- Peço e retiro sua mão.

- Por que?- Pergunta confuso.

- Eu odeio esse troço aqui dentro.- Me encolho.

- Acredite, eu também, mas eu estou fazendo em você, amor.- Me puxa ainda mais e me aperta nele.- Eu te amo.

- Eu também te amo.- Acaricio seu braço que está por cima de mim.

Enquanto eu puxo os pelos de seu braço, fico pensando no nosso futuro, será se a Manu vai me pedir um irmão? E se ela pedir, o que eu faço?

- Olliver?- O chamo.

- Hum.- Responde e suspira.

- E se a Manu pedir um irmão?- Exponho meu mais novo medo.

- Se ela estiver um pouco maior quando isso acontecer, nós explicaremos a ela, mas eu espero que daqui até lá, você já tenha engravidado.- Me aperta mais uma vez e eu sorrio.

- Eu também espero.- Suspiro pesadamente.

- Mas se isso não acontecer, eu quero que saiba que eu vou estar sempre com você.- Sinto um carinho em minha cintura.

- Obrigada, Olliver, eu não sei como eu estaria agora sem você.- Cruzo meus dedos com os seus.

- Eu é que agradeço, meu amor.- Beija meu pescoço.

***

Meu coração estava a mil, minhas mãos suando e eu estava com medo, muito medo. Lágrimas de desespero escorria por meu rosto.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora