Sofia
Olhando a minha filha no meio da minha sogra e meu sogro (ainda é estranho para mim) sorrindo como se aquilo fosse uma piada contada e que ela havia entendido.
É tão linda a Manu, não é só porque é minha filha, é porque ela é linda mesmo, de natureza. Tinha que puxar o Olliver, eles são idênticos e, claro, a beleza dele passou toda para ela.
- Oi, gato.- Escutei uma voz feminina de dar dor nos ouvidos.
Seria a tal Mariana? Ou seria alguma mulher oferecida que quer dar para o meu namorado? Espero que seja a primeira opção.
Não quero nem pensar em passar o almoço inteiro com os olhos em cima de Olliver para não deixa-lo fazer nenhuma merda que comprometa o nosso relacionamento.
- Rebeca?- O nome que saiu da boca de Olliver, fez meus membros congelar e eu fiquei petrificada.
- Não vai nos convidar para entrar?- Pergunta com a voz mais tediosa que eu já ouvi.
Quem estaria com ela? Outras mulheres que iriam infernizar o meu almoço? Meu Deus, não permita que, tudo que eu estou pensando, vire realidade.
Eu juro que vou tentar me comportar, mas a minha paciência é pouca e eu não aceito desaforo de ninguém. Então, se o senhor quer que esse almoço saia perfeitamente bem, não coloque essa mulher no meu caminho.
Olliver não disse nada, apenas abriu mais a porta. É claro que eu passei a olhar, vei. Estamos falando de Rebeca, a mulher que quer roubar o meu homem.
- Boa tarde, família.- Ela cantarolou e quando me viu, seu nariz torceu em desgosto.
- Boa tarde.- Dona Anna disse com desgosto. Pelo menos eu não sou a única ali que a odeia.- Mariana.- Mudou o tom quanto olhou a mulher de meia idade atrás da "cabelo de beterraba".- Vem conhecer minha neta.
- Neta? Não sabia que você estava grávida, Lily, parabéns.- Suspirei para não voar em cima daquela falsa.
- Pra você é Lilian.- Minha mais preferida cunhada rebateu e eu prendi os lábios para não ri.- E não, eu não estava e nem estou gravida.
- Como assim? Mas a Anna disse que ela tem uma...- Parou de falar e arregalou os olhos.- De quem é ela?
- É minha filha.- Olliver tomou a frente e disse todo orgulhoso.
- Papai.- Manu o chamou quando percebeu que ele estava ali de volta e ergueu os braços em direção ao Olliver.
- Oi, princesa.- Olliver a pegou no colo e ela sorriu abraçando ele fortemente.
- Como assim? Que brincadeira é essa, lindo?- A cabelo de beterraba perguntou chocada.
- Que brincadeira? Emanuelle é a minha filha, e a Sofia é a mãe dela.- Pegou minha mão e sorriu olhando pra mim. Mas eu estava com uma tromba que chegaria até a Arábia.
- Oi, linda, acho que lembro de você.- Fez a cara mais falsa do mundo.
- Eu quero saber o porquê você convidou ela.- Sussurrei cheia de fúria no ouvido do Olliver.
- Eu não convidei, nem sabia que ela ainda existia.- Rebateu em meu ouvido.
Fechei a cara e apenas a encarei com os braços cruzados. Ela sabia exatamente como eu estava me sentindo com sua presença, não era nenhuma criança para ser ingênua.
O clima ficou extremamente tenso, o silêncio reinou no local e eu queria apenas voar nos cabelos da beterraba. Eu não tenho muita paciência e se essa... Meu Deus, me ajuda a ficar calma, eu estou conhecendo os meus sogros, eles podem pensar que eu sou alguma lutadora de MMA.
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Laços do destino
RomanceSofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um homem lindo e charmoso dono de uma empresa. Ele é uma pessoa simples e carinhoso. Mas, eles acabam se separando, deixando um bem precioso, que é...