Sofia
Alguns dias depois
Já não aguento mais, não tenho mais o que colocar pra fora. No meu estômago não fica nada, se entrar alguma coisa, não fica nem por dois segundos.
Estou na lanchonete e está bem difícil concentrar, quase derrubei a bandeja ao servi uma mesa. Mas eu estou tomando bastante cuidado e espero que essas tonturas passem.
- Sofia?- Escutei a voz do Olliver no final do meu expediente.
- Oi.- Sorri pra ele e tirei o meu avental.
- Vim mais cedo porque queria ver se estava bem.- Chegou mais perto e me deu um selinho.
- Estou bem.- Sorri para confirmar a minha afirmação.
- Mas acho que fiz bem, terminou cedo.- Olhou em volta e sorriu.
- Sim, fez bem.- Fui até o meu armário e troquei de blusa.
Olliver marcou uma consulta pra mim amanhã, relutei até onde pude, mas não deu certo. A dona Anna estava junto com ele, sem falar na Lily e o senhor Carlos.
Eles não acreditaram no exame feito de farmácia, então eu fui obrigada a fazer um de sangue. Tudo bem que passou duas semanas desde aquele dia e eu continuo sentindo, mas deve ser apenas uma virose que me pegou de jeito.
- Vamos?- Olliver chamou quando eu saí do quarto, ele já estava com a Manu nos braços.
- Vamos.- Sorrio.- Tenho que fechar as portas hoje, espera um pouco.
***
Acordo indisposta, mas não irei vomitar, eu preciso ter forças, não posso ficar caindo nos quatro cantos da casa, ou do meu trabalho, nunca fui assim.
Escovei meus dentes e fui vestir uma roupa, Olliver e Manu já estavam na cozinha fazendo a baderna matinal deles.
- Bom dia.- Saudei ao entrar na cozinha.
- Mamãe acodou, papai.- Manu disse eufórica.
Nesses dias, eu e Olliver estamos tentando fazer a Manu falar as palavras com "R", esta funcionando, apenas com palavras que se iniciam com "R".
- A mulher mais dorminhoca da face da terra.- Olliver zoou.
- O papai disse que a senhola vai pala o hospital, tá dodoi, mamãe?- Manu perguntou com expressão preocupada.
- Não, amor, lembra que o papai disse que ela vai olhar o seu irmãozinho?- Olliver sorriu.
- Olliver, não fala isso pra ela, sabe que eu posso não estar grávida.- O repreendi.
- Quem sabe?- Ergueu as sobrancelhas e sorriu abertamente.
Balancei minha cabeça e comecei o ajudar a fazer o café pra eles já que o médico recomendou que eu estivesse pelo menos quatro horas de jejum.
Assim que Olliver e Manu tomaram o café saímos de casa, deixamos a pequena Manu em casa e fomos em direção ao lugar onde eu iria fazer o exame.
Paramos no lugar e logo percebi ser particular, um lugar bem arrumado e lindo desse, não pode ser público.
- Olliver, o que combinamos sobre clínicas particulares?- Inqueri.
- Amor, achei por bem, é até melhor porque o resultado já sai na hora.- Me olha com cara de cachorro abandonado.
- Aí, Olliver.- Revirei os olhos e saí do carro seguida por ele.
Adentramos a clínica, mas nunca poderia imaginar que por dentro seria ainda maior. Eu me perderia facilmente ali dentro.
ESTÁ A LER
Laços do destino
RomanceSofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um homem lindo e charmoso dono de uma empresa. Ele é uma pessoa simples e carinhoso. Mas, eles acabam se separando, deixando um bem precioso, que é...