Capítulo 35

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Sofia

Alguns dias depois

Já não aguento mais, não tenho mais o que colocar pra fora. No meu estômago não fica nada, se entrar alguma coisa, não fica nem por dois segundos.

Estou na lanchonete e está bem difícil concentrar, quase derrubei a bandeja ao servi uma mesa. Mas eu estou tomando bastante cuidado e espero que essas tonturas passem.

- Sofia?- Escutei a voz do Olliver no final do meu expediente.

- Oi.- Sorri pra ele e tirei o meu avental.

- Vim mais cedo porque queria ver se estava bem.- Chegou mais perto e me deu um selinho.

- Estou bem.- Sorri para confirmar a minha afirmação.

- Mas acho que fiz bem, terminou cedo.- Olhou em volta e sorriu.

- Sim, fez bem.- Fui até o meu armário e troquei de blusa.

Olliver marcou uma consulta pra mim amanhã, relutei até onde pude, mas não deu certo. A dona Anna estava junto com ele, sem falar na Lily e o senhor Carlos.

Eles não acreditaram no exame feito de farmácia, então eu fui obrigada a fazer um de sangue. Tudo bem que passou duas semanas desde aquele dia e eu continuo sentindo, mas deve ser apenas uma virose que me pegou de jeito.

- Vamos?- Olliver chamou quando eu saí do quarto, ele já estava com a Manu nos braços.

- Vamos.- Sorrio.- Tenho que fechar as portas hoje, espera um pouco.

***

Acordo indisposta, mas não irei vomitar, eu preciso ter forças, não posso ficar caindo nos quatro cantos da casa, ou do meu trabalho, nunca fui assim.

Escovei meus dentes e fui vestir uma roupa, Olliver e Manu já estavam na cozinha fazendo a baderna matinal deles.

- Bom dia.- Saudei ao entrar na cozinha.

- Mamãe acodou, papai.- Manu disse eufórica.

Nesses dias, eu e Olliver estamos tentando fazer a Manu falar as palavras com "R", esta funcionando, apenas com palavras que se iniciam com "R".

- A mulher mais dorminhoca da face da terra.- Olliver zoou.

- O papai disse que a senhola vai pala o hospital, tá dodoi, mamãe?- Manu perguntou com expressão preocupada.

- Não, amor, lembra que o papai disse que ela vai olhar o seu irmãozinho?- Olliver sorriu.

- Olliver, não fala isso pra ela, sabe que eu posso não estar grávida.- O repreendi.

- Quem sabe?- Ergueu as sobrancelhas e sorriu abertamente.

Balancei minha cabeça e comecei o ajudar a fazer o café pra eles já que o médico recomendou que eu estivesse pelo menos quatro horas de jejum.

Assim que Olliver e Manu tomaram o café saímos de casa, deixamos a pequena Manu em casa e fomos em direção ao lugar onde eu iria fazer o exame.

Paramos no lugar e logo percebi ser particular, um lugar bem arrumado e lindo desse, não pode ser público.

- Olliver, o que combinamos sobre clínicas particulares?- Inqueri.

- Amor, achei por bem, é até melhor porque o resultado já sai na hora.- Me olha com cara de cachorro abandonado.

- Aí, Olliver.- Revirei os olhos e saí do carro seguida por ele.

Adentramos a clínica, mas nunca poderia imaginar que por dentro seria ainda maior. Eu me perderia facilmente ali dentro.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora