Isso esta uma loucura. Nunca vi essa lanchonete tão cheia, estou a ponto de ficar louca com tanto pedido para entregar.
E olhe que ainda é quatro da tarde, meus pés estão pedindo socorro. Mas o que eu posso fazer? Estou extremamente cansada.
- Sofia, vem cá.- Escuto Renata me gritar.
- Segura as pontas ai.- Pedi para Michele e coloquei o pano de prato em seu ombro.
Fui até a cozinha e ela estava como louca correndo a traz disso e daquilo.
Renata é uma das poucas amigas que tenho, ela vai sempre em minha casa, as vezes me ajuda quando pode, ela sabe do arrocho que eu passo.
Tem a Michele também, mas a Renata é muito prestativa, ela esta lá sempre para me ajudar, nunca me deixa desamparada.
- Oi.- Chamo sua atenção.
- Sente-se ai, querida.- Aponta para a cadeira.
- Pra que, Renata, eu preciso voltar ao trabalho.- Digo aflita.
- Cala a boca, Sofia, você fala demais.- Suspira.
Me sentei e ela agradeceu silenciosamente. Renata as vezes é como eu, louca. Nós duas juntas não presta, chegamos ao ponto de uma xingar a outra.
- Coma.- Manda e coloca um prata a minha frente com um hambúrguer.
- Esta louca, Renata.- Sussurro.
- Já mandei calar a boca. Você trabalhou demais hoje, Sofia, merece um agrado.- Sorri e volta a cozinhar.
Eu não vou negar, estou com muita fome. Não pensei muito e comecei a comer o hambúrguer, eu precisava renovar as minhas forças.
Depois de ter comido o lanche todo, entreguei o prato para a lavadeira e voltei ao trabalho depois de agradecer a Renata.
- Graças a Deus, isso esta muito difícil.- Diz Michele ao me ver.
- Estou de volta, amor.- Jogo um beijo pra ela e sorrio.
A mesma me chicoteia com o pano e voltamos a trabalhar, pois o dinheiro não cai do céu. Não seria ruim, mas é a vida.
O fluxo de pessoas pareceu querer diminuir. Estava dando gracas a Deus, uma senhora entrou na lanchonete e se sentou, fui atende-la.
- Boa tarde.- Sorri e ela devolveu.- No que posso ajudar?
- Quero um pastel de carne, jovem.- Sorri e eu anoto.- Acompanhado de um suco de laranja.
- Ta certo, senhora, já trago o seu pedido.- Ela sorri.
Gostei dela, parece ser simpática. Entreguei o pedido à Renata e voltei para atender outras messas.
Pouco depois, Renata me entrega o pedido da senhora. O levo até a senhora e coloco oque ela pediu a sua frente.
- Obrigada.- Sorriu.- Já te chamo para a conta.
Me afastei e me sentei, irei esperar apenas a senhora me chamar e darei uma fugidinha. Quero relaxar um pouco a cabeça.
Enfim a senhora me chamou e dei a conta a ela, ela me deu umas gorjetas e a agradeci por isso. Ela sorriu e saiu falando que gostou do meu atendimento.
- Segura a barra ai.- Pedi a Michele novamente.
- Esta fujona demais, mas pode ir, o movimento esta diminuindo.- Me chicoteou e eu a xinguei baixinho, em consequência, levei outra chicoteada com o pano.
Fui ate os fundos da cozinha e me sentei, peguei meu cigarro e o acendi. Fumo desde os dezenove, mas não sou uma viciada que o consuma de cinco em cinco minutos, mas eu preciso dele para me acalmar.
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Laços do destino
RomanceSofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um homem lindo e charmoso dono de uma empresa. Ele é uma pessoa simples e carinhoso. Mas, eles acabam se separando, deixando um bem precioso, que é...