Capítulo 17

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Olliver

Eu teria que trabalhar hoje, mas eu não podia ver a minha filha chorando pedindo pra eu ficar. Eu seria o pior pai do mundo se eu fosse trabalhar.

Por fim, acabei ficando com a minha filha, sei que essa não foi a escolha errada. Eu preciso mesmo ficar com Manu, foram tantos anos longe, perdi um grande período de vê-la crescendo aos poucos.

Perdi a chance de descobrir junto com Sofia que ela estava grávida. Perdi a chance de ver a minha filha crescer a cada mês e acompanhar o crescimento dela com um obstetra. Perdi a chance de ver a minha filha assim que nasceu, de vê-la dar o primeiro sorriso, de vê-la começar a engatinhar, de escuta-la a falar a primeira palavra, de vê-la dar os primeiros passos.

Enfim, perdi tudo, mas, agora, não posso perder nem mais um segundo. Manu é minha prioridade, não me importa o trabalho, ao qual eu lutei demais para conseguir, não me importa nada, apenas a minha filha.

Queria Sofia comigo nesse momento? Sim, mas eu até entendo a sua atitude, ela não confia em mim, pois viu a Rebeca me beijando. Sim, dar de imaginar, eu sei, mas ela não me ama, certo?

Se ela me amasse, faria de tudo para tentar acreditar em mim, mas o que ela fez? Pediu que eu me afastasse dela. Eu queria isso? Claro que não, mas eu tenho que respeita-la.

E é por isso que eu estou evitando falar com ela, isso dói em mim? Demais, mas não posso fazer nada agora, essa foi a escolha dela, não posso fazer nada para reverter a situação.

Eu poderia tentar reconquista-la? Poderia, mas fico com medo de estar violando a sua privacidade. É muito complicado, não sei o que faço.

A pergunta principal: Eu quero perder a Sofia? Nem me pagando. Posso ter que me afastar dela, mas sou orgulhoso demais para perde-la.

- Vamos blincar com a Elsa, Anna e o klistofe, papai?- Pergunta Manu voltando do quarto.

- Vamos, querida.- Sorrio e a pego colocando-a em meu colo.

- Que o klistofe? O senho é homem, polisso tem que fica com o homem.- Sorri e me entrega o boneco.

Enquanto brincávamos, eu fiquei pensando na Manu, eu percebi que ela não fala palavras que contém "R" eu tenho que falar com a Sofia sobre isso, temos que tentar corrigi-la enquanto esta cedo.

Enquanto fingiamos estar indo para Arendelle, o reino congelado por Elsa, ríamos como dois loucos, as gargalhadas de Manu, enche meus tímpanos, me deixando feliz e parecia flutuar de tanta felicidade.

- Vamos para o parque?- Sugiro depois de chegarmos à Arendelle.

- Vamos.- Manu gritou, eufórica e se levantou no mesmo instante.

- Vai pegar o Fred, vamos leva-lo para respirar um pouco.- Peço e a Manu, mais que depressa, foi pegar o Fred.

Enquanto esperava ela, fiquei pensando como fui bem recompensado por ter ficado tanto tempo longe de quem mais amo. Deus foi justo comigo, agradeço muito por isso.

Sei que eu não merecia, eu me sinto culpado por ficar tanto tempo longe da Sofia, por não desistir de ir à essa viagem, por eu não ser um pai presente, mesmo eu não sabendo da existência da Manu.

Mas eu quero recuperar o tempo perdido, custe o que custar, eu irei ficar o tempo que puder ao lado da Manu. Quando a vi chorando, querendo que eu ficasse, não contive e acabei ficando, mas eu iria ficar de qualquer jeito.

- Vamos, papai?- Manu me chama quando chega a sala.

- Vamos, princesa.- Sorrio e beijo a sua cabeça. Fred da as caras e começa a pular e latir.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora