Capítulo 11

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Olliver

Graças a Deus, estou saindo da França. Depois de quatro longos anos, estou voltando, o bom é que eu consegui, a empresa é minha oficialmente, mas não quero me apoderar assim dela, quero que meu pai participe da empresa.

Entro no avião e pego meu livro, preciso ler para ver se o tempo passa mais rápido. Eu estou louco para colocar meus pés no Brasil novamente, eu amo o meu país.

Mas eu amo ainda mais quem reside nele, Sofia. Não, nunca consegui esquecer ela, nem por um segundo. Ela sempre está aqui em minha cabeça.

Eu não acredito que eu realmente me apaixonei. Eu amo essa mulher com todas as minhas forças, ela é tudo para mim, não sei o que ela fez comigo.

Acabo dormindo com o livro nas mãos. Sou acordado pela aeromoça que diz que acabamos de pousar. A agradeço, pego a minha mala e saio do avião.

Ando pelo aeroporto e logo vejo um toco de gente correndo em minha direção. Eu senti tanta saudade dessa coisa chata, nem acredito que estou a vendo.

- Olliver.- Ela grita e me abraça.

- Lily.- A abraço de volta.

- Seu idiota, como você deixa eu e a mamãe assim?- Recebi um tapa e logo ela me abraça novamente.

- Estou aqui agora, podem matar a saudade.- A provoco e recebo outro tapa, olha que eu mal cheguei.

- Idiota. Vamos, o papai está nos esperando.- Pego a minha mala e volto a andar.

Saio do aeroporto e vejo a minha mãe rodando a cabeça para todas as direções. Quando ela me vê, vejo que ela começou a chorar.

Corre em minha direção e eu abro os braços. A envolvo e beijo seus cabelos, enquanto ela chora agarrada a mim. Estava com muita saudade da minha mãe.

- Que saudade eu estava, filho.- Segura meu rosto em suas mãos e beija todo o meu rosto.

- Também estava com muita saudade.- Beijo seu rosto.

- Filho.- Meu pai me puxa para um abraço.- Não sabe o quanto eu me arrependi de ter o mandado para a França. Sua mãe quase me deixou louco.- Começamos a rir.

Ficamos ali conversando, até que meu pai nos levou para a sua casa. Decidi passar ao menos uma semana com eles para matar a saudade.

Fiquei em exatos uma semana lá, minha mãe queria que eu ficasse lá, mas como? Eu estou com saudade da minha casa, me acostumei morar sozinho.

Depois da empresa, em pleno domingo, fui para casa. As lembranças me acertou em cheio. Lembrei do olhar de decepção e tristeza da Sofia.

Lembrei o quanto fomos felizes nas noites em que eu a trazia aqui. Ela não gostava, pois dizia que era muito grande e que não estava acostumada com isso.

Eu ria quando se embaralhava com as tecnologias e ela morria de raiva. Lembro que ela quase quebrou a minha churrasqueira elétrica, pois ela colocou o carvão e ligou a tomada. Eu ri tanto dela que chega doeu a barriga.

Levei uns tapas bom dela.

Troco a roupa e coloco uma bermuda jeans, uma camisa regata e é só aí que percebo que ganhei mais músculos. Para mim não ficar apenas pensando na Sofia, resolvi fazer malhação caseira, parece que funcionou.

Pego o meu carro da garagem e vou até uma praça que tem no centro, é bem calmo, mesmo com o fluxo de pessoas, é calmo.

Começo a andar por ali e me sento no banco que ali tem. Fiquei pensando e relembrando da Sofia. Será se ela me ama como eu a amo?

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora