Capítulo 27

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Sofia

Acordo e escuto murmúrios, mas o sono está tão bom que eu não quero abri meus olhos. Por isso, o permaneço fechados e foco em minha audição, para ouvir o que eles conversam.

- Mas po que eu não posso i?- Escuto Manu perguntar.

- Não é que você não pode ir, filha, você não disse que quer ver o bichinho?- Escuto Olliver a perguntar.

- Quelo, mas...- Ela fica sem fala, mas, se conheço bem a minha filha, ela está procurando o que falar.- Mas eu quelia sovete.

- O papai traz sorvete, hum?- Escuto a risadinha de Manu.

- Quelo muitão de sovete.- Grita e posso imaginar ela com os braços abertos mostrando com as mãos o quanto quer.

- Shii, a mamãe está dormindo.- Olliver sussurra.

- Iih.- Posso imaginar ela mostrando os dentes em pedido de desculpas.- Dicupa.

- A mamãe é dorminhoca, não é mesmo?- Olliver ri e Manu também.

- Muitão.- Manu ri como se fosse a coisa mais engraçada.

- Eu escutei isso.- Resmungo e me viro, ficando de frente para eles.

Olliver ainda está apenas de bermuda e está sentado, escorando as costas na cabeceira da cama, Manu está sentada praticamente em seu colo e o olha com devoção.

- Veja só, filha, sua mamãe acordou.- Olliver aperta seu nariz e Manu da uma risada, gostosa.

- Vocês estão se voltando contra mim, é isso?- Estreito os olhos e me arrasto, ficando de bruços.

- Não, mamãe.- Manu arregala os olhos.

- Que golpe sujo, tentando levar nossa filha por chantagem?- Olliver estreita os olhos pra mim e eu dou uma risada.

- Não é chantagem, foi apenas uma pergunta.- Finjo indiferença e ele beija meu rosto.

- Esta linda assim.- Sorri e eu, acredite, coro.- Esta corando?- Ele pergunta e sorri de lado.

- Para com isso.- Bato em seu peito e olho para as minhas mãos que estão de baixo do meu corpo.

- Fica ainda mais linda.- Sussurra.- Os cabelos estão desajeitados, mas a deixa ainda mais linda, se é que isso é possível. Seu rosto marcado pelo lençol e esse seu olhar de sono me deixam doido por querer acordar todos os dias ao seu lado.

O olho impressionada, Olliver sabe as palavras para me fazer me sentir única, sortuda e lisonjeada. Eu amo esse homem, amo tanto que não consigo contra a vontade de beija-lo na frente de Manu.

Meu rosto chega mais perto do seu e ele sustenta um sorriso apaixonado no rosto, a cada segundo, nossos rostos ficam ainda mais próximo e a minha consciência pesa.

Minha filha está presenciando isso!

Beijo sua bochecha e me afasto olhando Manu que está com o olhar de curiosidade e está sem entender nada. Que ela não pergunte nada, ou eu vou ter que procurar um buraco e me esconder.

- Estou com fome.- Digo quando vejo a pergunta de Manu chegar através de seu olhar.

- Vamos tomar o café.- Olliver aproveita  a deicha e se levanta, pegando Manu no colo e a colocando no chão.

- Como irá escovar, bonitão?- Pergunto rindo e ele arqueia a sobrancelha divertido.

- Com sua escova, é claro.- Sorri e vai em direção a saída do quarto.

- Ah, não.- Corro atrás dele e Manu vem atrás, se divertindo com a situação.

Não consigui driblar o Olliver, tomei a minha escova de suas mãos milhares de vezes, mas ele apenas ria e a tomava de mim novamente. Suspirei e acabei cedendo, sem ter como recusar.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora