Capítulo 22

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Olliver

O que Rebeca tinha que fazer aqui? Estragar, novamente, o meu relacionamento com Sofia? Ou seria para me fazer acreditar que fantasmas existem?

Eu sei que não foi minha mãe que a convidou. Ela já não gosta dela e, depois que eu relatei tudo a ela, odiou ainda mais a Rebeca. Então, não foi minha mãe.

Imagino que ela tenha convidado a Marina e o Paulo. Eles são gente boa e amigos de minha mãe, em consequência desse convite, Rebeca deve ter feito o favor e a cara de pau de vir junto.

Sofia acabou de se levantar da mesa e rumar o banheiro. Eu sei que ela está puta com a presença de Rebeca desde o momento em que ouviu a voz dela.

- Caralho, Rebeca!- Exclamei exasperado.

- O que eu fiz? Só falei a verdade, não foi?- Sorriu vitoriosa.

- Você já estragou o meu relacionamento uma vez, não haverá uma segunda.- Nunca me vi falando assim com uma mulher.

- Como é que é?- Marina perguntou chocada.

- Filha, você fica quietinha aqui com a vovó?- Pedi e ela largou o copo na mesa.

- Eu também quelo i, papai.- Fez carinha de choro.

- O papai volta nestante, ele só vai ali ver a mamãe.- Subiu em meu colo.

- Eu também quelo vê a mamãe.- Choramingou.

- Eu prometo que eu volto rapidinho, se você ficar e se comportar como a mais bela de todas as princesas, irei te dar um sorvete, ãnh?- Sugiro e ela sorri.

- De flocos?- Acrescentou ainda mais o sorriso.

- Sim.- Sorri e beijei seu rosto.- Fica aqui com a vovó.- A coloquei na cadeira ao lado da minha mãe.- Cuida dela, mãe?- Pedi e ela sorriu.

- Claro, filho, vai lá.- Sorriu.

Beijei a cabeça de Manu e rumei ao banheiro. Eu preciso ver Sofia e esclarecer tudo a ela. Espero que a Sofia durona não esteja ligada, o que é bastante difícil isso acontecer.

Chego ao banheiro e abro a porta devagar. Sofia esta a frente do espelho do banheiro e lágrimas gordas tomam seu belo rosto. Isso, de qualquer forma, corta meu coração.

- O que está fazendo aqui?- Limpou o rosto com fúria.- A cabelo de beterraba vomitou o resto de humor que ela tinha e veio me procurar?- Ri quando ela disse "cabelo de beterraba". Mas eu me arrependi no mesmo momento quando recebi seu olhar.

- Amor, eu não tenho culpa dela esta aqui.- Tento não ri, que merda está acontecendo? Claro, ela fica linda com esse biquinho de raiva, péssimo momento para sentir tesão.- Juro que eu queria que ela não estivesse.

- Não precisa falar isso na minha frente.- Ironizou e fechou a cara.- Vai pro inferno, Olliver.

- Amor, olha.- Cheguei mais perto e segurei seu rosto com força, impedindo-a de se soltar.- Eu te amo, amo somente você e mais ninguém, tente entender isso.- Beijei sua testa.

- Vai falar isso pra ela.- Mulheres!
- Ela, não é você.- Vi seu olhar brilhar e uma sombra de um sorriso apareceu.

- Você é um cretino que usa os golpes mais baixos que pode existir.- Bateu em meu peito e suspirou.- Não pense que você está livre, Olliver, deixe apenas eu chegar em casa que você vai ver.

- O momento mais temido.- A olhei com medo e ela sorriu.

- Vamos logo, tô parecendo uma menininha fazendo cú doce aqui.- Me empurrou e limpou o rosto mais ou menos, mas nunca fica feia, muito pelo contrário, se ela tentasse ficar feia, ficaria ainda mais bonita.

Laços do destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora