Capítulo Extra, por Apolo - Autocontrole

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- Na verdade, ele não deixou não. - Ouvi uma voz feminina ao fundo. - Olá, Apolo.

Então eles já chegaram ao nível de compartilhar conversas? Ótimo.

- Como vai, Sammy?

- Ela está comigo, então está ótima. - Gregory se vangloriou e eu ouvi Samantha mandá-lo tomar em orifícios apertados do corpo humano. - Agora é sério, Maddox. O que está acontecendo entre você e a mini Paris Hilton?

- Acho que todos os apelidos que você já deu à ela, esse foi o melhor. - Observei.

- Não sei, continuo preferindo Maria, a louca. Ao menos ela fez algo de útil.

- Colocou o primeiro príncipe regente da história do Brasil no mundo?

- Pode apostar que sim.

- Vai me dizer agora da onde tirou essa idéia ridícula de eu ter voltado a namorar Kristen? Preciso voltar a estudar.

- Não sei, cara. Acho melhor você perguntar à Brise, foi ela quem me deu as boas novas, e, se quer saber, ela não parecia estar em um dos seus melhores dias.

Franzi o cenho. O que a Whitford tinha a ver com isso? Melhor, de onde ela podia ter tirado isso?

- Você pode ser mais específico ou está difícil?

- Ela ficava murmurando algo sobre mentiras, relacionamentos e acho que sobre Sally e a mãe também.

Ô-ôu. Relacionamentos mais mentiras mais Sally era uma equação fácil, e só poderia significar que Brise havia descoberto o segredo das meninas.

O "namoro" delas era um segredo para todo mundo, menos para mim. Não que eu fosse algum tipo de cripta de segredos ou algo do tipo, eu apenas estava no lugar errado e na hora errada.

Há algumas semanas, depois da reunião do Grêmio Estudantil, do qual eu era o presidente, resolvi dar uma passada na quadra de basquete do outro lado da escola. Eu era péssimo em nesse esporte, mas eu amava árvores e atrás da quadra havia a melhor da escola.

Meu pequeno refúgio da pressão constante a qual eu estava submetido quase o tempo inteiro.

Estava quente e já se passava das três horas da tarde, então não era de se estranhar que aquela parte do colégio estivesse deserta. Como de costume, me dirigi até a minha árvore, no entanto, exclamei um palavrão ao pegar Sally e Juliette aos beijos.

As duas pareciam surpresas e chocadas ao me verem presenciando a troca de carícias.

- O que vocês estão fazendo aqui?

- Tem razão. - Julie me deixou confuso. - O que nós estamos fazendo aqui, na Terra? No universo? Qual será o verdadeiro motivo da nossa existência?

Revirei os olhos, bufando.

- Não me venha com seus papos de humanas, Juliette.

Ela olhou para Sally e depois para mim.

- Não é nada disso que você está pensando. - Cruzei os braços e arqueei a sobrancelha. Ela suspirou. - Tudo bem, é quase exatamente o que você está pensando.

- Quase? - Perguntei, olhando de uma para a outra.

- Nós não estamos namorando, Apolo. - Foi a vez de Sally falar.

- Ainda. - Juliette acrescentou e eu vi os olhos da melhor amiga de Whitford brilharem. - Nós temos que esperar um pouco até que meus pais consigam aceitar a minha orientação sexual sem terem ânsia de vômito quando chego em casa.

Por trás do gelo [Em revisão]Where stories live. Discover now