Sim, eu e Olliver estamos juntos, já nos beijamos, já fizemos coisas libidinosas, mas, nem por isso, não queria emprestar minha escova, é algo sem higiene.

- O que é, amor? Já fizemos tantas coisas com nossas bocas, qual seria a diferença usarmos a sua escova?- Sorri maliciosamente e eu fico estupefata.

- Olliver!- Minha boca fica num perfeito "O".

- Nossa filha foi vestir o uniforme, querida.- Sussurra e sorri maliciosamente novamente.

Olliver enlaça minha cintura e cheira meu pescoço, me fazendo sentir sua respiração brincar em minha pele e eu arquejar. Suas mãos acariciam meu quadril e começa a aperta-lo.

Mordo o lábio e minha cabeça tomba para o lado, deixando o lado do meu pescoço livre para ele. Quando seus dedos encontram com a pele da minha barriga, um frio involuntário surge no local.

- N-não faz is-sso, Olliver.- Sussurro incapaz de falar coerentemente.

- Me peça para parar.- Seus lábios deslizam pela minha pele.

Um leve gemido de satisfação escapa por meus lábios. Sinto os lábios de Olliver se formar num sorriso, com certeza satisfeito por fazer o que faz em mim.

Encho minhas mãos com seus cabelos e o beijo. Beijo como se fosse nosso primeiro e último, é uma sensação tão boa estar embalada em seus braços e o beijando.

- Eu não consigo mais parar.- Olliver sussurra de encontro aos meus lábios.

Não falo nada, apenas volto a beija-lo, é tão gostosa essa sensação. Esse frio na barriga toda vez que o beijo, esse arrepio quando sua pele se encontra com a minha.

- Papai? Mamãe?- Escuto Manu e me afasto de Olliver a contragosto.

- O-oi.- Sussurro, incapaz de falar algo melhor.

O que queria? Que eu falasse como a melhor professora de português, logo depois de um beijo desse? Aí não tem como, né? Nenhuma pessoa em sã consciência depois de um beijo desse conseguiria falar.

- Eu não consigo.- Foi o que ela disse assim que adentrou o banheiro.

Olho Manu e não consegui segurar o riso. Rio como se fosse a melhor cena de teatro comédia a minha frente em seu novo número.

Manu colocou a cabeça onde o braço devia estar, seu braço direito está onde a cabeça deveria estar e virou uma bela confusão.

- Me ajuda.- Pediu e eu continuei rindo. É engraçado.

Olliver tentou esconder o riso e foi ajuda-la, só me controlei quando Manu estava vestida normalmente.

Fomos para a cozinha, onde fiz panquecas ao enlaço de Olliver, ele se ofereceu para me ajudar. Só se foi para me ajudar a me distrair e derrubar uma coisa ou outra.

Quando, finalmente, consegui terminar, fomos comer rapidamente, já que todos estavam atrasados. Como eu sou acostumada a comer rápido e muito, não foi nenhum sacrifício.

Corri para o meu quarto e vesti uma roupa para ir a faculdade, peguei minha bolsa e sai do quarto rapidamente, mas voltei quando percebi que estava descalça e calcei uma sandália rasteira mesmo.

- Vamos?- Chego na sala as pressas e Olliver já estava vestido em sua camisa e com Manu no colo.

- Vamos.- Olliver estende sua mão para mim e fomos para as escadas. Claro, antes tranquei a porta.

Entramos no carro de Olliver e o nosso primeiro destino foi na escolinha de Manu. Ela estava eufórica repetindo sempre algo como "papai e mamãe estão me levando pala a cleche".

Laços do destinoWhere stories live. Discover now