O sorriso de Monalisa

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Num movimento de pálpebras, aquele sorriso vago, mergulhado nos olhos escuros, desnudou algo que guardo a sete-chaves.

Uma alegria perigosa, celebrada no escuro das montanhas, entre fogueiras e cantos pagãos: uma alegria crua, viva, noturna.

Experimentando o inexplicável desmoronamento desta mascara que sustento, abracei o gozo puro, insípido, orgiaco.

Do subterrâneos​ se elevou uma sede pecaminosa escondida, a muito esquecida.

Quando acordei o quarto tinha um sol branco e parado, que sufoca todo sonho, e vigia a superfície.

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