A demanda do Graal

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E o Graal nos é revelado sobre nossas cabeças, erguido.

Ante nossos olhos, uma luz desenha estradas nunca trilhadas.

Na taça dourada posta, um vinho de trigo doce traz ao paladar vestígios da primavera.

Não fixamos morada, abraçamos tombadas ruínas de impérios em queda.

Peregrinos, indagamos:

- Quem cuida do povo sob este céu de nuvens espessas e guerras criminosas?

Fizemos uma aliança ao ouvir o som das trombetas:

decapitar a língua violenta que espalha fraudes e injustiças,

destronar aqueles que exploram armamentos, propagam a guerra e o crime.

Agora, com fachos untados de resina, ascendemos tochas sob o sol escurecido.

Aguardamos a primeira lua da primavera, para abrir sulcos na terra,

espantar com gritos de alegria toda tristeza,

e fazer jorrar das montanhas torrentes de águas cristalinas.

Vida InteriorWhere stories live. Discover now