Sobre a Vontade

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O palácio da Vontade fica lá, suspenso na alvorada,

no meio da roda,
no meio da praça...

Meio débil, meio doido,
finito como sou,

incorporo mais esta verdade:

de que ele não vive em mim,
senão em nós, na eternidade negativa que nos desola.

Já que não enfrentamos a morte, de sempre trazê-la conosco,

transitamos inquietos, a boca exangue,

em treva densa, tristeza imensa,

errando castigados, delinquentes...

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