Vida do espírito

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Venha,

o que guardo se assemelha às imagens trituradas pela experiência,

prisioneiras do hábito,

ou domadas pelo instinto imemorial.

De que serve a sensibilidade que enaltece o luar,

e que, por vezes, se transforma em melancólica moleza?

Quero os ruídos blasfematórios do grito,

até quedar aturdido;

a paixão contra os poderes do mundo,

uma canção erguendo-se sobre os abismos,

sorvendo a memória de vida e seu enigma...

Vida InteriorWhere stories live. Discover now