- Eu moro aqui.- Digo e ela revira os olhos.- Eu tive que ir para a França para resolver negócios da empresa. Passei quatro anos lá e voltei pouco mais que uma semana.
- Deveria ficar por lá.- Resmunga e se senta na outra extremidade do sofá.
- E você está casada?- Pergunto e ela me olha.
- Muito bem casada.- Foi pior que uma facada no coração.
Eu falei para jogar um verde e ganhar pontos. Mas acaba que é verdade, não era para ser verdade, eu ainda amo a minha maluquinha, faço tudo por ela.
- E você?- A olho no fundo dos olhos antes de responder.
- Não, eu amo uma pessoa.- Digo e ela sorri fraco.
- Que bom.- Suspiro.
- Você vai blincar comigo?- Pergunta a garotinha saindo do quarto.
- Só se você me dizer seu nome.- Ela olha para a Sofia e a mesma balança a cabeça.
- Manu.- Da vontade de apertar suas bochechas gorducha, tão linda conversando.
- Na verdade é Emanuelle, mas a chamamos de Manu.- Sofia a corrige.
Manu se esforça e consegue subir no sofá. Ela me olha e ficamos apenas assim, coisinha mais linda que já vi. Ela sorri para mim e me mostra uma boneca.
- Você que essa boneca?- Pergunta ainda mostrando uma boneca pequena.
- E a sua?- Pergunto e ela me mostra uma boneca da Frozen, a Elsa.- Você gosta da Elsa?- Ela começa a pular no sofá de alegria.
- Muitão.- Sorrio vendo a sua euforia.- Eu gosto da Anna e do clistofe também.
- É Kristoff, Manu.- Sofia a corrige.
- Clistofe?- Fala errado novamente.
- Repete com a mamãe, Kris-to-ff.- Manu a repete normalmente.- Agora fala.
- Clistofe.- Rimos dela e a mesma bufa.- Eu não sei fala, mamãe.
- Tudo bem, Manu, depois você consegue.- Digo e ela começa a se arrastar e se senta em meu colo.
Fico a olhando por um bom tempo. Eu não sei o porquê, só sei que eu gostei muito dela, o que eu não entendo, pois essa é a primeira vez que a vejo.
- Vamos blincar assim, você é meu novo amigo e nós vamos lá pala...- Ela fica pensando.- Não sei, é lá onde tem gelo.
- Entendi.- Sorrio.
Começamos a fazer uma brincadeira imaginária, era muito engraçado. Rimos bastante e ela logo subiu em meu colo novamente.
Deitou sua cabeça em meu peito e ficou brincando com a boneca em minhas mãos. Escutei um fungar e vi a Sofia se segurando para não chorar, só não entendi o porquê.
- Qual é seu nome?- Manu pergunta.
- Olliver.- Ela levanta a cabeça do meu peito e olha para a Sofia.
- Mamãe...- Sofia balança a cabeça para os lados e ela se cala.
Manu volta a colocar a cabeça em meu peito.
Preferi não perguntar o que era. Manu se aconchegou ainda mais em mim e ficou tão quietinha. Passei meus braços por ela e a segurei de encontro ao meu corpo.
- Você não vai embola, né?- Pergunta grogue.
- Não.- Falo para que se acalme, se fosse pela Sofia, eu dormiria aqui todos os dias. Mas ela é casada, não queria dividir ela com ninguém e se eu o ver, sou capaz de enche-lo de socos.
Pouco depois, chamo a Manu e ela não responde, olho seu rosto e vejo que ela dormiu. A deito em meus braços e fico olhando seu rosto, nunca vi um anjo, mas, com certeza, a Manu é uma.
- Deixa eu coloca-la na cama.- Sofia se levanta.
- Não, deixa ela aqui.- Digo e a puxo para mais perto.
Seus cabelos loiros ficam espalhados por meu braço. Eu não me dou muito bem com crianças, mas a Manu foi algo incrível, eu me apaixonei por ela.
Não tenho vontade que ela saia dos meus braços, se fosse por mim, ela passaria a noite em meus braços. Tenho vontade de leva-la para a minha casa.
- Ela não vai jantar?- Pergunto.
- Ela comeu muito no parque. Mas vai acordar a noite pedindo comida.- Ri e eu me lembro dela.
- E ela dorme depois?- Passo minha mão por seu cabelos.
- Sim.- Afirma com a cabeça.
Depois de uns bons minutos com ela em meus braços, resolvo coloca-la na cama. Eu mesmo a levei até o quarto e a coloquei com cuidado para não acordar.
Me sentei na cama e fiquei mais um tempo a olhando.
- Eu não consigo mais sair de perto dela.- Digo.
- Por que?- Sofia pergunta desinquieta.
- Não sei, gostei muito dela e não sei mais ficar longe.- Sofia fica apenas me olhando e eu volto a minha atenção para a Manu.
- Ela também gostou de você.- Revela e eu fico ainda mais feliz ao ouvir isso.
- Eu preciso ir.- Digo mas nem faço esforço para me levantar.
Beijo o rosto da Manu e a acaricio. Sorrio ao ver ela sorri ainda dormindo, me levanto e olho para a Sofia que está chorando, ela tenta secar o rosto.
- Por que está chorando?- Pergunto e tento chegar perto, mas ela se afasta.
- Nada, é só a raiva de você.- Diz e eu suspiro.
- Me desculpa por tudo, Sofia.- Falo e ela me olha.
Não consigo me segurar e parto pra cima dela. A abraço apertado e ela fica sem ação, mas logo suas mãos me abraçam de volta. Cheiro seu pescoço e... nossa, não lembrava o quanto ela cheira tão bem.
- Tchau, Sofia.- Me afasto dela e a encaro.
- Tchau.- Diz se afastando.
- Posso vim ver ela? Prometo não procurar briga com o pai dela.- Sorrio sem humor e ela sorri fraco.
- Pode.- Diz depois que pensa um bom tempo.
Olho uma última vez a Manu e saio do apartamento dela.
O que aconteceu comigo? Emanuelle me hipnotizou? Só sei que eu sinto que preciso ficar perto dela todos os dias, é como se ela fosse parte de mim.
Entro em meu carro e vou para a minha casa. Me jogo pesando ainda na Manu e em Sofia, ela ainda continua com o mesmo poder sobre mim, me deixar como se fosse um adolescente apaixonado.
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Laços do destino
Любовные романыSofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um homem lindo e charmoso dono de uma empresa. Ele é uma pessoa simples e carinhoso. Mas, eles acabam se separando, deixando um bem precioso, que é...
Capítulo 11
Начните с самого начала