- Buon Giorno, persone. - Antes de Virgínia falar, o novo professor que esperávamos chegou. Mas, "bom dia pessoas"? Normalmente nossos professores são bem experientes e escolhem as palavras com graciosidade, pensou Elisa. Então virou-se por educação e por sua amiga não olhar mais em sua direção.
- Boun Giorno. - Ela sibilou sobre as vozes em respostas dos outros alunos.
Ela tentou ajeitar-se na cadeira, tentando parar de ruborizar sobre o correr do olhar do novo professor pela sala, mesmo sentada ao fundo. Pois ela o conhecia. Talvez ele lembrasse assim que passasse o olhar por ela.
- Essa é a turma de brasileiros e portugueses, e alguns estavam com dificuldade com o professor asiático e seu sotaque, eu soube. Sou o novo professor, Elijah Avisatti Machiavelli. Podem me chamar de senhor Machiavelli. - Disse ao sentar-se e passar os olhos sob algumas folhas em sua mesa.
Ficaram todos em silêncio organizando seus materiais, quando ele voltou a falar:
- Senhorita Virginia? - Disse em tom de alerta para os fundos da sala.
- Sim, sim, professore, estou indo. - Ela respondeu erguendo seus 1,75 de altura, curvando-se por um momento para sussurar algo à amiga - Depois lhe explico tudo!
Assim que sua amiga desapareceu atrás da porta o nervosismo fez um hábito antigo surgir; roer unhas. Mas colocou a cabeça no lugar, ela era uma aluna, estudando, em busca de sua especialização em Designer de Interiores. Não uma adolescente tímida e fechada depois que a melhor amiga saiu de sua sala.
Pronto, passou. Foi apenas o baque inicial. Mas o que ele faz aqui? Fazem oito anos...
Eliza decidiu esperar até o final da aula para voltar a pensar nisso, e escreveu furiosamente meticulosa em seu caderno tudo o que o professor escrevia no quadro e dizia, mas sem olhar para ele.
Como posso escrever sobre esses detalhes encantadores da arquitetura italiana e não me concentrar! São fatos importantes para a conclusão do curso, e se eu quero ter êxito...
Eliza sentiu alguém cutucar seu braço esquerdo em meio aos seus devaneios, olhou para o lado e encontrou um par de olhos verdes e gentis. O homem deu um meio sorriso e fez menção para frente da classe, Eliza seguiu seu olhar e deparou-se com um par de olhos azuis eletrizantes olhando diretamente para ela, e outros de alguns alunos que se viraram.
- Então, senhorita Castro? O português é sua língua materna?
À essa altura ela já estava vermelha e com seus olhos castanhos esverdeado arregalados, então mordeu os lábios com tanta força que sentiu o gosto agridoce de seu sangue. Não travava assim desde o ensino médio...
- Já que a senhorita Castro não está disposta a participar da aula, alguém pode responder à minha pergunta? - Disse lançando o último olhar severo para Eliza.
Ela encolheu-se em seu lugar enquanto uma mulher de cabelos ruivos sentada na primeira fileira pediu para responder.
- Um exemplo de arquitetura Renascentista é a própria cúpula da Catedral de Santa Maria Del fiore aqui de Florença, por Brunelleschi. - A beldade respondeu gesticulando e usando muito bem seu italiano para pronunciar os nomes na Língua. Ao terminar deu uma rápida olhada para o fundo da sala, para Eliza, então deu um risinho e jogou os cabelos cumpridos para trás, liberando a visão de seu vasto decote.
- Obrigado, senhorita Mendez.
A aula prosseguiu como se nada tivesse acontecido, mas a cabeça de Eliza pareceria que poderia explodir a qualquer momento. Esse não era seu dia.
YOU ARE READING
O Inferno de Elijah
Random(Gabriel's inferno Fan fiction) Perdão é o que os dois buscam, mas acham que não merecem. Um professor atormentado por fantasmas do passado. Uma aluna angelical, mas não tão pura assim, que insiste em carregar a culpa de uma morte. Ele não a reconhe...
Primeiro Capítulo
Start from the beginning