Prologue

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Segunda temporada de Ultraviolence. Para melhor compreensão dessa história, leia a primeira parte que está disponível no meu perfil.

Lily Brooks • POV

Já havia completado dois meses desde que Justin recebeu alta do hospital após se recuperar do tiro que levou.

Ainda quando ele estava internado ele resolveu abrir o jogo comigo e me contar o por quê de ele ter se afastado de mim daquela forma, me contando o modo como meu pai interferiu no nosso relacionamento. No início foi um baque para mim e também foi difícil de engolir o que meu pai tinha feito, mas Justin me conteve naquele momento e fez eu me acalmar o suficiente para que eu não fizesse nada de cabeça quente, então eu jurei manter em segredo a revelação e fingir que não sabia de nada para que não corresse o risco do meu pai fazer algum mal à Justin.

Desde então nós engatamos em uma espécie de namoro às escondidas já que meu pai não poderia nem sonhar que estávamos juntos, por conta disso nós não nos víamos mais com tanta frequência para não levantar suspeitas e só conseguíamos nos encontrar no apartamento que Justin dividia com meu irmão, então acabava que a gente tinha que lidar com a saudade algumas vezes.

Há pouco mais de um mês atrás meus pais voltaram a ser mais tranquilos comigo e voltaram a me deixar voltar a visitar meu irmão sem que eu precisasse ir escondida, talvez por meu pai pensar que tinha resolvido o problema principal e que Justin se manteria longe de mim por causa das suas ameaças.

Entrei no apartamento um pouco afobada e cheguei a suspirar profundamente ao dar de cara com Justin de pé no meio da sala como se já soubesse que eu estava subindo, provavelmente o porteiro o avisou. Não demorei mais tempo para correr até ele e pular em seu colo, o apertando em meu abraço enquanto murmurava repetidamente que senti sua falta. Ouvi-o rir contra meus cabelos, ele me segurou com seus braços rodeando minha cintura.

— Porra, eu estou louco para não ter que ficar mais de uma semana sem te ver. — ele falou ao me devolver para o chão, beijando meus lábios rapidamente.

— Então espero que você esteja planejando uma forma de saírmos dessa. — murmurei, com meus braços ainda ao redor do seu pescoço.

— Pode apostar que estou gastando quase toda minha energia nisso. — entortou a boca.

Justin inclinou sua cabeça para me beijar, fazendo com que eu sentisse o famoso frio na barriga quando senti sua língua encontrar com a minha em um beijo harmonioso.

Eu tinha aproveitado que meus pais estavam ocupados demais hoje para dar uma escapada até o apartamento dos meninos.

Nós escutamos um pigarreio e Justin bufou ao deixar meus lábios, eu me virei após dar uma risada nasalada e encontrei meu irmão no final da escada. Soltei meu namorado e corri até Chaz, o abraçando tão forte que ele até resmungou.

— Qual foi, maninha. — ele bagunçou meu cabelo quando desfez o abraço. — Você falou para os nossos pais que viria para cá? — perguntou.

— Na verdade não, preferi evitar um interrogatório. — dei de ombros. — Para todos os efeitos eu estou dando uma volta no shopping com a Shay.

— Me sinto a porra de um adolescente em uma merda de namoro escondido. — Justin resmungou.

— Você está quase regredindo à isso. — Chaz zombou e eu dei um empurrão em seu ombro para o repreender.

— Não fode, Charles. —Justin lhe mostrou seu dedo médio.

Nosso momento não durou nem mais dez minutos e logo ouvimos o barulho de batidas na porta, os garotos se entreolharam parecendo em alerta por não terem recebido nenhum aviso vindo da portaria e pelo visto também não estavam a espera de nenhuma visita a mais. Justin se colocou ao meu lado enquanto Chaz se dirigiu com calma até a porta, ele colocou sua mão na arma que estava presa em sua cintura antes de abrir a porta, acabando por revelar meu pai com uma expressão nada boa.

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