Quando Alfonso e Maria acabaram as malas, Anahí dormia tranquila, os remédios começavam a fazer efeito, com isso a tosse dava uma trégua permitindo que Anahí conseguisse dormir, coisa que não tinha feito na noite anterior.
— Maria se quiser pode vir com a gente – Considerou Alfonso sabendo do amor que a empregada tinha por Anahí e Lorena, não seria justo a separar dessa maneira.
— É muito longe? – Começou a senhora pensativa – Como vou fazer para voltar depois? Eu morro aqui perto, as vezes durmo aqui, no quartinho da lavanderia, mas minha casa é aqui perto, se for longe não vou saber voltar. – A vontade de Maria era acompanhar a filha de coração, mas o receio de não conseguir saber voltar era grande.
— Vamos e mais tarde eu a trago, a deixo em frente à sua casa – Devolveu Alfonso amável.
— Não... não quero e não posso incomodar – Maria estava nervosa, não estava conseguindo lidar com todas as mudanças.
— Vamos fazer assim – Se colocou a frente da senhora – Amanhã cedo venho deixar Lorena na escola e passo aqui na frente do prédio para pegá-la, você fica o dia com Anahí e a noite quando chegar do serviço venho deixá-la. O que acha? – Maria sorriu.
— Amanhã será sábado senhor, Lorena não tem aula, esqueceu? – Alfonso sorriu livremente.
— Já estou ficando louco, mesmo assim, se quiser venho buscá-la, talvez não tão cedo.
— Vamos fazer assim – Começou Maria pensativa - Já que amanhã é sábado o senhor estará com ela, Anahí não vai precisar de mim, então venha me pegar na segunda. Eu o espero na frente da escola de Lorena.
— Combinado – Sorriu para ela, já gostava de Maria – Agora vou descer as malas, já volto para pegá-la.
— Não vai acordá-la? – Questionou Maria confusa.
— Não! Vou tentar ao menos – Sorriu – Ela está precisando descansar. Se não fosse por Lorena eu a deixaria acordar primeiro, mas até que está tudo bem calmo. Liguei a pouco para minha mãe e ela me disse que minha sobrinha conseguiu fazer Lorena comer e que até agora ela não chorou, está brincando com as primas.
— Que bom – Disparou Maria surpresa - Uma coisa a menos a se preocupar, mas se é assim não é melhor esperar?
— Seria se Lorena não perguntasse dela o tempo todo, daqui a pouco vai querer a Mãe – Maria assentiu entendendo.
—Nesse caso é melhor ir de uma vez.
Alfonso desceu colocando as malas no carro, quando estava subindo encontrou o porteiro que lhe entregou as chaves do carro de Anahí. Alfonso havia pedido para ir buscar. Quando chegou no apartamento, seguiu para o quarto, Maria o ajudava pegando a bolsa de Anahí, celular, os óculos escuros que ela tanto gostava e foi abrindo e fechando as portas para Alfonso passar carregando Anahí que continuava a dormir. Quando chegou no carro, acomodou Anahí no banco do passageiro, baixou o banco ao máximo. E seguiu para casa deixando as chaves do apartamento com Maria.
Estacionou o carro na frente de casa, e assim que abriu a porta da sala, Lorena logo correu até ele.
— Papai – Disparou a menina o fazendo sorrir.
— Oi meu amor? – A pegou nos braços lhe deu um beijo – Chama a vovó para o papai.
Lorena correu atrás da vó, gritando por vovó, Luzia logo apareceu. Alfonso pediu sua ajuda para ir tirando algumas malas do porta-malas. Voltou para Anahí que ainda continuava a dormir. Pegou nos braços e a levou, Luzia arrumou o sofá para que ele a colocasse provisoriamente, era melhor para não acordar no quarto sozinha. Quando Alfonso a colocou no sofá, Anahí se mexeu, abraçando Alfonso. Resmungou algo que ele não pode entender.
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Recomeçando Atráves do Amor
RomanceAnahí era uma mocinha de pouco mais de 12 anos quando perdeu seus pais em um acidente de carro. Após o acidente passou a morar com os tios que mais tinham interesse na grande fortuna da sobrinha do que na educação e bem estar da menina. João Carlo...