Capítulo 20 - Sentimentos atrapalham

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Assim que Dulce saiu Anahí, ficou pensando em como as coisas haviam mudado em sua vida. Ao mesmo tempo, ainda se sentia presa ao passado com aquela família, sua vontade de começar uma nova vida estava dando certo até aquela manhã.

Como Alfonso conheceu Elisa? Será que ele também não fazia parte da mente maquiavélica de Estela e Elisa? Sabe-se lá para que. Ah Anahí! Como, para que? Dinheiro, sempre dinheiro. Na certa eram amantes e o próximo passo seria um casamento, assim o dinheiro estaria nas mãos deles. Será que não estou fantasiando? Exagerando? Talvez ele realmente esteja falando a verdade, mas por que tentaria levar Elisa para a cama? Pensando melhor, não faz sentido, se eles fossem amantes, ela não me falaria isso, ela tentaria ajudá-lo para que ele ficasse comigo. Melhor parar de pensar tantas besteiras, o fato que eles estavam se beijando e Alfonso tinha um envolvimento com ela. Isso está claro e isso, não vou perdoar.

Levantou-se e foi ao quarto, pegou uma mochila, foi até closet, pegou algumas peças de roupas, alguns objetos pessoais, depositando tudo dentro da mochila. Ao fim os documentos, cartões e pouco dinheiro. De banho tomado e bem arrumada, a mochila lhe caiu bem nas costas.

Anahí havia decidido passar alguns dias fora, ninguém a deixaria ficar em paz naquele apartamento. Alfonso ligaria, iria até lá, não queria vê-lo de verdade. Lembrou-se que o carro havia ficado na Universidade, lembrou-se também que naquele horário deveria estar trabalhando. Não avisou ninguém, agora era tarde, quando estava praticamente fora do prédio, deu de cara com Elisa que a agarrou pelo braço com força a levando de volta ao saguão violentamente.

— Senta-se aí que eu preciso falar com você. – Começou a outra com raiva - Sua mosca morta. – Jogou Anahí no sofá com violência, cruzando os braços, parando à sua frente. – Me explica como se tornou namorada de Alfonso? Quero você longe dele. Agora comecei a ligar os pontos e acho que fez isso de propósito. Primeiro o cara da Leticia e agora Alfonso?

Anahí a olhava sem entender, onde ela queria chegar, mas se concentrava em manter a calma ou iria matá-la.

— Só a cara de sonsa – Sorriu debochada – No fundo, tem uma piranha escondida ai dentro, se libertando longe do titio protetor – Se referia a João Carlos com deboche – Vai ficar calada? Anda sua idiota, fala logo.

— Não tenho satisfação a dar a ninguém, muito menos a você – Devolveu Anahí sem tirar os olhos da outra – Se sou uma piranha precisamos de uma palavra que ainda não consta no meu vocabulário para definir a sua pessoa. Sabe como é né? Meu vocabulário não é como o seu, cheia de palavras de baixo escalão combinando com você. – Levantou-se – Outra coisa sua aventureira, da próxima vez que tocar em mim como hoje, não verá o sol novamente como vê agora – Ela colocava o dedo na cara de Elisa a ponto de perder o controle.

— Por quê? vai me matar? – Sorria

— Não – Respondeu Anahí com deboche – Vou furar um olho seu, mas só um, assim verá quem está fazendo e não esquece que não poderá mexer comigo novamente a menos que queira perder o outro. Elisa cerrou os dentes.

— Anahí, você pode fazer o que quiser, mas desde que esse "quiser" não envolva o meu namorado. – Devolveu Elisa com raiva.

— Seu namorado? – Se irritou, ainda mais ao escutar ela se referir a Alfonso daquela forma, tinha vontade de chorar, mas não faria isso, antes morreria – Por falar nisso, me esclarece uma coisa – Pediu dando um passo para mais perto da outra – A quanto tempo estão juntos? – Ela realmente queria saber e Elisa ficou sem entender o porquê da pergunta.

— Não muito tempo – Gostaria de insinuar uma traição de Alfonso, mas não sabia a quanto tempo Anahí e Alfonso estavam juntos, se é que estavam, resolveu dar uma resposta invasiva.

Recomeçando Atráves do AmorWhere stories live. Discover now