Anahí nem bem entrou no ambiente um tanto cheio e logo uma moça se aproximou.
— Boa tarde moça, então o que vai fazer?
— Gostaria de uma hidratação e uma escova. – Respondeu passando a mão nos cabelos e fazendo cara de nojo.
— Marcou hora?
— Ah! Desculpe, não marquei, mas só atendem com hora marcada? – Questionou Anahí decepcionada.
— Não! Atendemos sem hora também, mas costuma demorar um pouco mais.
— Ok – Pensou um pouco - Vou esperar.
A moça a levou a uma sala onde tinha outras cinco mulheres sentadas a frente dos espelhos com seus respectivos cabelereiros mexendo em seus cabelos. A frente, encostado na parede algumas cadeiras onde tinham mais sete mulheres a espera, entre elas uma jovenzinha que muito lembrou ela quando menina, quando acompanhava a mãe ao salão para fazer as unhas. Sentou-se ao lado dela, abriu a bolsa procurando o celular para conferir se tivera alguma chamada, talvez Luciana a ligasse para saber de Bruna, mas não o encontrava.
— Droga! - Reclamou em voz alta sem perceber. Juliana sorriu e ela olhou a menina sorrindo de volta.
— Acho que esqueci meu celular – Se explicou sorrindo.
— Minha mãe também fica assim quando esquece o dela – Considerou Juliana sorrindo.
— E acabamos ficando escravas deles – As duas sorriram livremente, chamando a tensão de Cláudia que estava ao lado de Juliana.
Ficaram alguns minutos em silêncio e Anahí já estava ficando impaciente. Não estava acostumada a esperar. Olhou para Juliana e resolveu puxar conversa assim a hora passaria mais rápido.
— Qual é o seu nome? – Perguntou ela se inclinado para frente e apoiando o rosto sobre a mão que apoiava na perna cruzada.
— Juliana – Respondeu com sorriso nos lábios.
— Bonito nome, combina com você que também é muito bonita – Juliana tinha os cabelos negros até a cintura, usava um corte degrade, a franja cobria um dos olhos verdes escuros, tinha a pele branca e era bem magrinha.
— Obrigada! Acho que você é muito bonita, eu estou longe de ser bonita. – Sorriu.
— Imagina – Anahí sorriu - Como assim não se acha bonita? Precisa de um espelho novo mocinha, o seu está com defeito – disse arrancando uma gargalhada de Juliana e uma cara feia de Cláudia que não havia sido notada por Anahí.
— Meu tio vai dar um jantar para alguns amigos, então ele me deixou fazer o cabelo e as unhas – Explicou a menina.
— As unhas tudo bem, mas os cabelos? Está lindo assim – Considerou Anahí sincera – Eu se fosse você não faria nada, deixaria eles soltos, você tem um belo rosto e o corte ajuda a ressaltar esses olhos maravilhosos. Na sua idade eu também gostava de fazer as unhas, mas o cabelo não. – Contou feliz em falar do passado – Minha mãe dizia que eu era muito nova para começar estragar os cabelos – As duas voltaram a sorrir alto. – Acho que esse conselho serve para você.
Juliana passa a olhar o próprio cabelo, talvez ela tivesse razão, o que iria fazer? Pensou ela.
— Qual é o seu nome? – Questionou Juliana
— Meu nome é Anahí.
— Diferente esse nome, gostei dele. Você também não precisa fazer nada, já é tão bonita – Elogiou a menina
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Recomeçando Atráves do Amor
RomanceAnahí era uma mocinha de pouco mais de 12 anos quando perdeu seus pais em um acidente de carro. Após o acidente passou a morar com os tios que mais tinham interesse na grande fortuna da sobrinha do que na educação e bem estar da menina. João Carlo...