Capítulo 10 - Hora de resolver as coisas

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Anahí chegou em casa tranquila, adorava o fato de poder largar a bolsa no sofá e ninguém reclamar, ninguém ter acesso a suas coisas, adorava o fato do banheiro estar livre para seu banho com tranquilidade, colocar o seu pijama ou dormir sem roupa, era uma leveza tão grande, totalmente inexplicável. Foi dessa forma que ela seguiu sua rotina, o banho, a escolha do pijama, secou seus cabelos como bem queria, sem presa, sem incomodar ninguém, a comida também poderia ser de sua escolha, um congelado, era só um congelado.

Jantou a frente da televisão esperando que Alfonso poderia ligar, na verdade ela esperava por isso.

Já passava das dez e Alfonso não havia ligado, ela pegou o celular na mão, pensou em ligar para ele, mas não havia salvo o número dele no aparelho. Resolveu ir dormir, não podia fazer mais nada a não ser esquecer, o tinha perdido, por uma grande besteira. Anahí já estava dormindo quando ouviu seu telefone tocar, acordou assustada, mas logo imaginou que era ele, pulou da cama e pegou o telefone.

— Alô!! – O medo de não ser ainda a apavorava.

— Anahí.. – Ela respirou fundo, os olhos encheram de água, era ele que bom.

— Pensei que não iria me ligar, estava preocupada – Confessou sem rodeios e ele se ajeitou no lugar.

— Eu não ia mesmo, mas não consegui dormir – Respondeu ele com uma voz embargada.

— Então ainda está chateado comigo? – Questionou sentida – Desculpa, acho que eu não soube me expressar. Estou muito chateada comigo mesma por deixar você assim tão triste. – Resolveu ser o mais sincera possível, havia dito isso para si mesma, seria sincera com seus sentimentos, não poderia suportar que ele se afastasse novamente.

— Então me fala, porque juro que não estou entendendo. Anahí, eu gosto muito de você, não me pergunte como pode ser isso se nos conhecemos a tão pouco tempo, mas... sei lá sinto sua falta.

— Também sinto a sua... eu também gosto de você. – Confessou sabendo que não poderia mais negar.

— Você não entendeu... não é como amigo – Disparou Alfonso, estava com medo da reação dela, mas resolveu arriscar. Anahí demorou um pouco para responder, deixando Alfonso desesperado.

— Eu sei... eu também. - Nesse momento Alfonso até se levantou da cama, um sorriso ainda tímido surgiu em seus lábios.

— Você está dizendo que gosta de mim? E não é como amigo, é isso ou estou em um sonho e logo vou acordar? – Estava muito feliz com a possibilidade de ouvir um sim. Anahí sorriu com a reação dele.

— É isso, mas precisamos conversar, tenho um monte de coisas que eu não posso enfrentar, não consigo, você tem que me entender. – Confessou Anahí sincera já sentada na cama. Quem conseguiria ficar deitado em meio àquela conversa?

— Ok, mas... isso vai me afastar de você? – Questionou Alfonso preocupado - Melhor você não responder, vamos fazer assim, amanhã na Universidade conversamos, ao menos vou dormir hoje bem sabendo que sou correspondido. – Anahí gargalhou.

— Está bem, então amanhã conversamos.

— Beijo minha linda, dorme bem e sonha comigo.

— Não preciso dormir para isso...Beijo – Sorriu ao perceber que ele também sorria bobo do outro lado da linha. Quando voltou ao travesseiro parecia até outra Anahí, tinha um sorriso no rosto, um coração calmo.

Na manhã seguinte acordou um pouco mais cedo que de costume, assim que se sentou na cama após algumas tentativas de dormir mais um pouco sem sucesso, lembrou-se da conversa que teve com Alfonso, um tímido sorriso surgiu nos lábios.

Recomeçando Atráves do AmorWhere stories live. Discover now