Alfonso já tinha acordado a um tempo, tomava seu café sozinho, a casa em total silencio quando a sobrinha desceu as escadas cambaleando o fazendo rir da menina.
— Gabi a anos você estuda de manhã e ainda não se acostumou a acordar cedo? – Considerou Alfonso a menina.
— Nunca vou tio, queria muito continuar dormindo – Sentou-se ao lado do tio.
Angela desceu as escadas arrastando Diana que já chorava por algum motivo que nenhum deles conseguia saber o porquê. Sentou a menina na cadeira ao lado de Gabriela.
— Diana engole o choro, você não tem motivo para chorar – Considerou Angela a menina que fungou parando o choro – Assim está bem melhor.
— Por que você é tão grossa com a menina? – Reprimiu a irmã que parou para olhá-lo.
— Quando tiver os seus entenderá, isso aí é mimos demais, se deixar ela faz de mim o que quiser – Rebateu Angela e Alfonso respirou fundo.
— Ok, mas não precisa falar com ela desse jeito, é apenas uma criança Angela – Continuo Alfonso em defesa da sobrinha.
— Alfonso na boa? Vai ter seus filhos e deixa as minhas – Alfonso se levantou irritado.
— Ok Angela, faça como quiser. – Deu um beijo nas meninas.
— Alfonso – Chamou ela o fazendo virar – Não vai esperar para levá-las ao colégio?
— Quando eu tiver os meus filhos, eu os levo – Devolveu com cara de deboche - Não é a mãe delas? Não sabe como educar? Saberá levá-las ao colégio. – Saiu batendo a porta.
— Huuu, ele realmente se zangou – Disparou Gabriela sorrindo.
— Está nervoso esses dias, Cláudia precisa conversar com ele. Acalmar a ferra. Vamos Gabi, acaba logo com isso que agora vocês estão atrasadas.
Quando Dulce surgiu no hall do prédio Anahí gesticulava um até quem fim, o nervoso não tinha passado muito pelo contrário tinha aumentado.
— Calma ou terá um treco se continuar assim – Considerou Dulce deixando o prédio e ganhando a calçada.
— Demorou muito – Abraçou a amiga e deu um beijo na bochecha.
— Está linda hein! Está indo para matar? – Brincou Dulce tentando acalmar a amiga
— Dulce assim você vai conseguir me deixar mais nervosa – resmungou se olhando – Cadê a Mai?
— Já está descendo. Eu vim na frente antes que você tivesse um treco – Resumiu Dulce.
Maitê surge e Anahí a olha com olhos cheios de lágrimas fazendo Maitê sorrir para a amiga.
— Sem chorar dona Anahí, acabei de passar um lápis, não vai me fazer chorar – Abraçou a amiga que se controlou para não chorar.
— Ok... – Respirou fundo secando uma pequena lágrima que escapou – Estava com saudades.
— Não parece, sumiu por seis anos – fez biquinho e voltou a abraçar a amiga.
— Gente chega, vamos antes que as três comecem a chorar – Foi entrando no carro fazendo as outras duas sorrirem. Anahí respirou fundo.
— Vamos – Disparou Anahí, mais para si mesma do que para as amigas.
Durante o trajeto Dulce e Maitê falava de coisas banais tentando acalmar a amiga que se mantinha calada.
Quando estacionaram na frente da casa de Alfonso, Anahí estava prestes a desistir, fechou os olhos por um minuto e visualizou o olhar triste de Lorena deitada no sofá, abriu os olhos, estava pronta. Dulce foi na frente, tocou a campainha e Luzia veio abrir a porta.
YOU ARE READING
Recomeçando Atráves do Amor
RomanceAnahí era uma mocinha de pouco mais de 12 anos quando perdeu seus pais em um acidente de carro. Após o acidente passou a morar com os tios que mais tinham interesse na grande fortuna da sobrinha do que na educação e bem estar da menina. João Carlo...