Capítulo 30 - Primeira vez com papai

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Anahí tentou resistir, mas a saudade era grande. Por um segundo se viu no passado, se viu livre de qualquer sentimento de dor, tudo que queria era acreditar que poderiam retomar de onde pararam, mas ainda não seria possível, ainda era cedo.

O beijo terminou e os dois se encararam, Alfonso bem tentou iniciar mais um beijo, mas Anahí lhe pareceu assustada e perdida o deixando paralisado, esperava qualquer atitude dela.

— Eu... – Se afastou providencialmente e Alfonso a soltou, não a forçaria a nada – Eu acho que você pode ir, se eu precisar posso te ligar – Considerou como se nada houvesse acontecido.

— Anahí – Ela o encarou ofegante – Eu ainda sinto, o tempo para mim não passou e por mais chateado que eu esteja com você por causa da nossa filha, ainda assim... eu ainda me sinto igual – Confessou e ela o encarou pensativa. Como queria simplesmente acreditar, mas não conseguia. Todas as vezes vinha a sensação, a dor do momento em que o viu beijando naquele corredor uma das pessoas que a odiava, uma das pessoas que só deseja se aproveitar dela.

— Eu gostaria de acreditar – Disparou baixinho – Não estou dizendo que está mentindo – Ele respirou fundo se acomodando no sofá – Eu só me sinto insegura – Confessou.

— Quando é que você vai deixar de ser assim, de viver do passado? – Questionou rude.

— Se está interessado, quando acontecer eu te aviso – Jogou as coisas do sofá no chão e saiu caminhando rápido para o quarto.

— Fugindo Anahí? – Provocou Alfonso.

— Não! Vou arrumar a sua cama, se quer ficar, fique – Considerou ao retornar com um travesseiro e lenções. Em poucos minutos a cama estava pronta e Alfonso se acomodou. Anahí voltou para o seu quarto fechando a porta, Alfonso conseguiu escutar o barulho das chaves e sorriu.

Já era madrugada quando Alfonso escutou o chorinho fino da filha, se levantou rapidamente, mas ao se aproximar notou que a menina não estava sozinha.

— Está sentindo dor? – Questionou Anahí a filha e a menina que ainda chorava negou com a cabeça – Então por que está chorando? – Questionou arrumando a franjinha da filha.

— Estava tudo caindo mamãe, apareceu um monstro e eu caiu com ele, mas quando chegou lá embaixão ele me pegou – Contou e menina e Anahí sorriu.

— Sabe o nome disso? – A menina negou ainda fungando.

—O nome disso é pesadelo, você teve um pesadelo, mas já passou – Considerou a beijando a mãozinha – Eu tenho uma ideia – Começou querendo animar a menina – E se a gente for até a cozinha, pegar um leite morno e depois ver um bom desenho animado na cama da mamãe? – Lorena assentiu secando as lágrimas.

—Eu posso ir junto? – Questionou Alfonso da porta.

—Papai! – Disparou a menina surpresa – Alfonso sorriu para ela, foi o suficiente para a menina correr em direção de Alfonso que se abaixou para a receber.

—Você está melhor? – Questionou colocando a mão na testa da menina.

—A febre cedeu – respondeu Anahí o encarando, deslumbrada com a interação dos dois.

— Eu teve um pesado – Contou a menina e os dois sorriram.

— Se diz pesadelo – Contou Alfonso e ela assentiu

— Isso, a mamãe vai me deixar ver um desenho na cama dela, você quer ir ver comigo? – Convidou e Anahí esperava que ele recusasse, mas Alfonso sabendo disso, a encarou antes de assentir para a menina.

Recomeçando Atráves do AmorWhere stories live. Discover now