Capítulo 31 - Como não sorrir

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— Fala baixo – Reclamou Ângela, checando se a mãe teria a possibilidade de ter escutado – Se minha escutar vai querer essa bastarda aqui dentro de casa. Aí que o negócio vai complicar para você, mas ainda não acredito no que me contou.

—Ela foi até lá na tremenda cara de pau, dizer que tinha uma filha dele – Rolou os olhos – Precisamos convencê-lo a fazer um exame de DNA. – Sentou-se no sofá ao lado de Ângela.

— Acredita mesmo que não é filha dele? – Questionou Ângela não querendo acreditar - E se for? – Cláudia a olhou seria.

— Se for, Alfonso vai se tornar pai apenas no papel porque essa menina nunca vai pisar em minha casa, tão pouco conviver com meus filhos.

— Cláudia vai devagar, Alfonso é louco por crianças, vê como trata minhas filhas? Elas morrem por ele, imagine como ele deve estar por essa menina. – Considerou conhecendo bem o irmão – Se suas suspeitas estiverem certas, ele estava com a filha.

— Não tenho dúvidas disso, mas isso vai ser o máximo que a bastarda vai ter dele – Revidou com raiva.

Alfonso deixava a água cair em sua cabeça com olhos fechados e um sorriso tímido nos lábios, sonhava acordado com Anahí e Lorena. Lembrava o quão feliz foi na noite anterior, queria tê-la novamente, seus pensamentos estavam tão profundos que chegou a se excitar.

Ao descer de volta à sala, já arrumado para o trabalho, não achou nem Ângela nem Cláudia a sala, foi a procura da mãe na cozinha, Luzia preparava o almoço com ajuda de uma empregada.

— O cheiro está muito bom – Beijou a mãe no rosto.

— Vai almoçar né? – O olhar era de repreensão, não queria ser a mãe chata, mas não gostava da atitude do filho.

— Com esse cheiro? Com certeza. – Fitou a mãe que esperava que ele iniciasse seja lá o que fosse. – Preciso lhe contar uma coisa mãe – Sorriu timidamente, sabendo que ela esperava ansiosa.

— Acho que já sei do que se trata – Devolveu o fitando. Alfonso a olhou com espanto

— Como sabe? – Questionou confuso.

— Chegou àquela hora, cheirando a mulher, o que quer? Espera mesmo que eu pense que passou a noite com um homem? – Questionou debochada levando Alfonso ao riso.

— Não mãe, não é isso. Bom isso também, mas o que tenho para dizer, vai acabar envolvendo muito mais coisas.

— Fala logo menino, quer me matar de curiosidade?

— Calma! – Sorriu – Eu descobri que tenho uma filha – Contou sem rodeios e Luzia largou a faca que usava sobre a mesa sem nem perceber.

— Como assim tem uma filha? – Questionou de olhos arregalados.

— Tenho uma filha de cinco anos, ela é linda e muito esperta, precisa ver... – Seus olhos brilhavam, Luzia ao ver o filho tão feliz, encheu os olhos de água. Será que essa criança viera para trazer seu filho alegre do passado de volta?

— Essa menina... onde está? Você a viu? – Tinha uma lista de perguntas, estava ansiosa, queria muito conhecer a causadora daquela alegria que a anos não via no rosto de seu filho. Alfonso sorriu da inquietação da mãe

— Já, a conheci ontem a noite – Contou sorrindo, o filho nos olhos que só aumentava – Ela estava doentinha, tinha febre, passei a noite com ela. É muito parecida comigo, lembrou-me Diana, assim que der a trago para conhecê-la.

— Isso tem que ser logo. Quero ver minha neta. Como se chama Alfonso?

— Lorena... eu adorei o nome, não poderia ter escolhido um melhor.

Recomeçando Atráves do AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora