Eu me enchi de culpa, completamente perplexo, pois para mim havia sido ótimo! Ela me encarou com aqueles doces e pálidos olhos esverdeados e eu me senti envergonhado. Cara, eu fui um babaca!

— Eu te machuquei? — Perguntei pois eu sabia que era doloroso para as meninas na primeira vez.

— Não, mas doeu. — Ela fungou sonoramente — E todas a minhas amigas que já fizeram disseram que acontecia uma coisa maravilhosa no final e eu não senti nada disso!

— Você não gostou? — Ali eu fiquei preocupado, meu sono já havia ido para o inferno e eu me levantei.

— Não odiei, mas não foi como eu pensei... — Ela lamentou.

— Eu... er... sinto muito.

— Agora não adianta... — Kasey se virou de lado e colocou a cabeça apoiada nos joelhos erguidos sobre as pernas dobradas.

— Hey, não fala assim... — Me aproximei, determinado a que não fosse um completo pesadelo para ela. — Eu... Posso fazer alguma coisa. Q-quer dizer, também foi a minha primeira vez e... E-eu não sei bem, mas você pode me ajudar... Aí, eu te faço se sentir bem...

— Você pode fazer isso?

— Se você me disser como eu posso fazer... — Sugeri, de repente me parecia uma boa ideia dar o controle a ela, fazendo-a sentir-se melhor — Sabe?

— Acho que sim... Mas... Não agora. — Ela fungou levemente e esfregou o punho no nariz — Mais tarde, pode ser? — perguntou-me parecendo mais animada.

— No píer? — Sugeri — Antes de anoitecer?

— Isso.

Como eu disse, um fiasco, e contudo eu ainda tinha essa segunda chance de me absolver com Kasey. E de fato ela esteve lá, no píer, contra todas as expectativas. Era quase noite e ela apareceu por entre as folhagens e sem me fazer nenhuma pegadinha vingativa. Me encarou nervosa, esfregando os dedos uns nos outros, e nós nos sentamos sobre o lago, ouvindo o cricrilar dos grilos. Conversamos até que ela decidiu que estava confortável para começar a se despir e desta vez eu entendi o que devia fazer, compreendi que eu não podia me sentir satisfeito se a minha garota não estava, pois só eu poderia fazê-la se sentir satisfeita quando estávamos desse jeito. E apesar de ser tão jovem quanto eu, Kasey me ensinou como se devia tocar uma garota, como se devia dar prazer a uma garota. E como me sentir bem com isso.

Nos encontramos no píer quase todas as noites daquele verão para termos esses momentos juntos, embora raramente houvéssemos de fato feito sexo, já que eu não carregava camisinhas comigo, mas passávamos horas tocando um ao outro e nos descobrindo mutuamente, eu realmente aprendi muito com ela.

Desta forma eu me concentrei cada vez mais em agradar minhas garotas e a sentir prazer com isso. E me sentia melhor sabendo que era por mim que elas gemiam e gritavam.

Aprendi a me controlar com elas para lhes dar o prazer que elas mereciam. Aprendi que sexo era muito mais que apenas enfiar meu pau em alguém e me sentir bem com isso, que exigia todo um bom preparo, além de beijos quentes e toques bem localizados. Que uma mulher deve se sentir desejada vinte e quatro horas por dias, sete dias por semana. Ela devia perceber o desejo contido no seu olhar e cada toque dado sobre sua pele deve ser sentido como uma marca de posse sobre seu corpo, pois naquele instante ela pertence a você. E mesmo quando o sexo acaba, a intimidade deve permanecer, ela deve ser cuidada, amparada, abraçada e afagada. E Alison, mais que qualquer outra sobre a qual eu já tenha deitado minhas mãos, merecia isso.

Tudo dentro do meu corpo se revoltava por querer tanto dar isso tudo a ela enquanto Alison negava a mim e a minha presença e tudo que eu poderia fazer era esperar por um brecha (de novo). Novamente Alison me colocava entre um muro em que eu precisava buscar aberturas para chegar até ela. No entanto, dessa vez eu tinha também a Roxane sorrindo satisfeita para mim a cada oportunidade que surgia.

Juventude à flor da peleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora