Capítulo 12 - Desejos

Start from the beginning
                                    

— Humm!! Meu Ucker? – Sorriu da amiga – Nossa! Depois só eu é que estou apaixonada.

— Haaa!! Mas eu ainda consigo ficar a uns cinquenta centímetros longe dele, agora tem alguém que está literalmente grudada ao namorado, não sei como não deu câimbra nas línguas ainda...

— Ah Dulce, não enche, me deixa com meu bebê

— Já está assim? Vai colocar o bebê para dormir hoje? – Usou malicia na voz e no olhar, deixando Anahí constrangida, chegando a corar.

— Claro que não né? Você sempre vem com essas coisas...

— Anahí, você é virgem? – Questionou Dulce desconfiada da resposta.

Anahí se assustou com a pergunta, arregalou os olhos, não teve tempo de responder, Alfonso já havia voltado, ela apenas olhou para Dulce, com uma cara implorando para a amiga não voltar ao assunto, causando risos em Dulce.

— Não sabe o que está perdendo – Sussurrou no ouvido de Anahí, que voltou a corar, deixando Alfonso perceber que algo a incomodava.

Os quatro voltaram a conversar de forma descontraída. Chegou certa hora que Alfonso já não conseguia se segurar queria estar sozinho com Anahí. Precisava beijá-la como queria sem pudores. Segurou-a pela cintura, ela estava de pé de costas para ele.

— Amor, vamos um pouco lá fora? Vamos dar uma volta? – Sussurrou no ouvido dela à fazendo estremecer.

Anahí apenas assentiu. Ele a segurou pela mão, sem dizer mais nada foram saindo do bar. Ucker e Dulce nem se incomodaram, estavam loucos para ir para um canto escuro do bar. No lado de fora do bar, Alfonso se afastou um pouco com ela, havia uma rua ao lado, sem saída, perfeito, pensou ele à levando para lá. Anahí estava um pouco assustada, não sabia o que Alfonso pretendia. Eles caminharam mais um pouco e Alfonso parou a deixando a sua frente, não pensou em mais nada, nem ao menos pronunciou alguma palavra, se aproximou dela passando a mão em seu rosto, percorrendo todo ele, chegando a boca, ela já o esperava para mais um beijo. Ele capturou seus lábios de uma forma tão avassaladora que Anahí deu alguns passos atrás, encostando-se à parede, ficando presa entre a parede e o corpo de Alfonso, que apertava seu corpo contra o dela. As línguas praticamente brigavam para ver qual seria sugada, os corpos estavam cada vez mais quentes, os beijos se intensificavam em desespero, até que o ar faltou, os dois estavam ofegantes. Ele se afastou um pouco para conseguir ir ao pescoço dela beijando e chupando, ela não conseguia mais se conter, soltava alguns pequenos gemidos, se mantinha de olhos fechados, ele já excitado apertava sua cintura contra seu corpo. Foi quando Anahí sentiu sua excitação, o empurrou assustada.

— O que foi? O que aconteceu? – Ele não conseguia entender. Ela cruzou os braços, olhava para o chão sem saber o que dizer. – Amor? Olha para mim – segurava seu rosto, levantando levemente a fazendo olhar em seus olhos – Fiz algo que não gostou?

— Não... é que... – respirou fundo, precisava dizer a ele. – Você está... você sabe – Corou em um tom tão vermelho que mostrava todo seu nervosismo.

— Ahh!! Entendi, estou excitado... é que eu te desejo muito, mas perdão... sei que essas coisas seriam melhor em outro lugar, mas não vai acontecer nada aqui, não sou tão louco assim – sorriu.

— Mas... é que eu preciso te contar uma coisa, acho que você não me entendeu. – Estava muito nervosa.

— Me fala!! – Estava preocupado, ainda não tinha visto Anahí daquele jeito.

— Eu nunca... nunca fiz... me entendi? – Estava muito envergonhada.

— Nunca teve relações é isso? – Ele passava a mão no rosto dela, procurando acalmá-la.

— É isso... nunca estive assim com ninguém, nunca tinha sentido nenhum homem assim... como você está agora. – Estava completamente roxa de vergonha.

— Ok, amor. Não se preocupe, não vai acontecer nada. Eu não consigo evitar ficar assim com você. Isso é normal meu amor. Daqui a pouco eu me acalmo e ele volta ao normal. Não precisa ter medo, não vou te forçar a nada, quando estiver pronta me diz e aí faremos. Não quero que fique assim... eu serei o mais carinhoso possível quando estiver pronta, eu vou esperar o seu tempo. Ok?

Anahí sorriu ainda tímida. Tinha medo dele não a entender, mas já estava bem vendo que a reação dele foi cordial.

—Ok – Respondeu ainda envergonhada.

Alfonso voltou a fazer um carinho no rosto dela, se aproximou novamente e iniciou outro beijo, esse cheio de carinho, calmo, apaixonado, ela descruzou os braços e os colocou em volta do pescoço dele. Aos poucos o beijo foi ganhando desejo novamente e ele sem querer já estava novamente a pressionando contra a parede. Voltou a beijar o pescoço, ela de olhos fechados novamente sentiu a excitação dele, mas dessa vez não o afastou, seu coração estava disparado, nunca havia sentido aquele desejo quase incontrolável, soltou um gemido que fez a excitação dele aumentar. Alfonso quase que involuntariamente foi descendo os beijos para o colo dela, respirava com dificuldade devido ao desejo que tomava conta do seu corpo. Apertou a cintura dela, ela segurava em seus cabelos e de olhos fechados novamente gemeu o deixando doido, ele voltou a boca, fez um pequeno movimento com o quadril que a fez soltar a boca dele para gemer dessa vez um pouco mais algo, se contorceu e acabou sentindo a excitação dele encostada a sua intimidade aumentar. Ele se afastou ofegante.

— Desculpa, não estou conseguindo me controlar, acho melhor voltamos, antes que eu não resista mais.

— Não... vem cá – Ela já estava excitada também, e o puxou para iniciar um novo beijo.

Ele já não suportava mais de tanto desejo, correu as mãos para as pernas dela, que se arrepiou inteira, se contorcendo novamente. As mãos dele subiram levando o vestido junto, encostou seu membro agora muito ereto sobre a intimidade dela novamente.

— Anne acho melhor parar ou eu não vou aguentar – Sussurrou no ouvido de Anahí com muita dificuldade. Os dois muito ofegantes, ele até um pouco suado se separaram.

— Como... foi que.... você.... me chamou? – Perguntou ela com dificuldade de respirar.

— Anahí.. por quê?

— Não.. você me chamou de Anne, como meus pais me chamavam. Como adivinhou meu apelido?

— Não sei... – Ele a olhava de uma forma mais apaixonada ainda, como podia existir. Ela era linda, sensível, amorosa, frágil e ao mesmo tempo muito forte. – Acho que é porque tentei ser mais carinhoso.

Anahí começou a chorar, os sentimentos se misturavam, a saudade dos pais com a felicidade de ouvir ele a chamar de Anne, amou escutar ele a chamar assim. Alfonso estava desesperado, não sabia o que fazer, não conseguia entender o que tinha feito para ela ficar assim.

— Amor, me desculpa, o que eu fiz? Juro que não queria magoar você. – Passava as mãos nos cabelos dela, tinha receio de abraçá-la, embora essa fosse sua maior vontade.

— Não amor, não fez nada, me abraça, por favor!!

Alfonso a abraçou e ficou assim até que ela se acalmou, mesmo com esse tempo Anahí ainda fungava com a cabeça no vão de seu pescoço.

— Shiii, já vai passar... quando estiver calma você me explica? – Questionou tentando entender

Anahí começou a contar sobre a morte dos pais, o que teve que passar na casa dos tios, os sofrimentos, as recordações de seus pais e das cicatrizes pelos distrato de Estela. Omitiu os motivos, não queria que ele soubesse do dinheiro. Em certo momento algumas lagrimas também corriam pelo rosto de Alfonso que não saberia explicar se chorava pela história ou por vê-la daquela forma. Abraçava apertado. Queria proteger do mundo, para que nunca mais ninguém a fizesse mal. Quando ela finalmente se acalmou, ele ainda estava abraçado a ela.

Os dois ainda ficaram por mais um tempo do mesmo jeito, trocaram mais alguns beijos carinhosos e apaixonados. Alfonso queria demonstrar o quanto amava, queria que ela se sentisse segura, ela precisava disso, precisava ser feliz.

Recomeçando Atráves do AmorWhere stories live. Discover now