Capítulo 39 - Dessabor em Zakynthos

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22 de novembro, 1974.

Jornalista Sensacionalista Desmascarado: As Verdadeiras Intenções Obscuras por Trás das Reportagens Sobrenaturais de David Parker.

Agência de Investigação revela fraude nas histórias de eventos sobrenaturais e coloca em dúvida a credibilidade de repórter norte-americano.

Por Sarah Thompson, Correspondente Especial.

LONDRES - Em uma reviravolta surpreendente, a veracidade das reportagens do jornalista norte-americano David Parker (37), que se tornou conhecido na imprensa britânica por suas histórias sobre eventos sobrenaturais, está agora sendo questionada por uma agência de investigação privada.

A Agência de Desmistificação Paranormal (ADP), especializada em desvendar mistérios e fraudes relacionadas ao oculto, conduziu uma extensa investigação que expôs o que eles chamam de "farsa sobrenatural" criada por Parker.

De acordo com os resultados divulgados pela ADP, Parker teria simulado diversos incidentes sobrenaturais, transformando eventos corriqueiros em narrativas fantásticas envolvendo vampiros, bruxos e lobisomens. A agência alega que o jornalista teria recorrido a uma série de artimanhas para forjar suas reportagens e criar uma aura de mistério em torno de sua persona.

Entre as alegações feitas pela ADP, destacam-se a manipulação de imagens, a contratação de atores para simular testemunhas oculares e até mesmo a criação de cenários fictícios para dar suporte às suas histórias. A agência sugere que Parker teria se beneficiado financeiramente da publicidade gerada por suas reportagens sensacionalistas.

O porta-voz da ADP, Richard Turner, declarou em uma coletiva de imprensa: "Descobrimos que as 'criaturas sobrenaturais' de Parker eram nada mais do que truques e enganos cuidadosamente elaborados. Seu charlatanismo manchou a integridade do jornalismo e minou a confiança do público."

A revelação levanta sérias dúvidas sobre a ética jornalística de Parker, que anteriormente, gozava de uma posição de destaque na mídia inglesa. A comunidade jornalística aguarda ansiosamente a resposta de David Parker diante dessas acusações, que prometem abalar sua carreira e reputação no cenário internacional.

No final de 1974, aquela matéria de página inteira publicada num dos maiores periódicos londrinos afetou de maneira decisiva a carreira do jornalista David Parker, o desacreditando totalmente entre os colegas de profissão e, principalmente, junto à opinião pública.

As provas sobre as possíveis armações do norte-americano para forjar cenários sobrenaturais foram substanciais e o artigo escrito pela britânica Sarah Thompson serviu como uma belíssima cortina de fumaça que encobriu perfeitamente a nossa guerra contra Thænael. Embora os tais fenômenos mencionados por Parker fossem reais, o mundo não precisava saber deles e nós o mantivemos em segredo.

Ainda naquele ano, Stella Brandt e a sua agência de combate ao sobrenatural, a Célula, voltou a entrar em contato após o caso David Parker. A bioquímica alemã tinha rastreado a localização exata de um ninho vampiro de alta periculosidade na Grécia, em um paraíso natural próximo as ilhas de Zakynthos, e quis nos deixar a par do que eles estavam aprontando por lá.

Segundo ela, a ilha vinha sendo preparada para um grandioso sabá místico que iria acontecer muito em breve e, exatamente por isso, a região estava guarnecida por sanguessugas, todos eles pertencentes ao clã Ardelean.

— Zakynthos não é um ponto cósmico de transição como os Portões do Infinito, mas possui vários quilômetros de extensão natural deserta, propícia para um ritual secreto — disse Brandt por telefone na tarde em que conversamos. Ela estava em Stuttgart, na sede da Célula, e entrou em contato originalmente por telegrama, combinando um horário para que conversássemos por ligação. Eu usei um telefone público em Belfast para lhe retornar. — Se você quiser, eu posso pôr alguns de meus agentes de prontidão, para vigiá-los de perto.

Alina e a Chave do InfinitoWhere stories live. Discover now