Capítulo 100 l O fim

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Mareena Carter

Respiro e inspiro outra vez enquanto cubro meu rosto com as mãos.

Todos já me aguardavam, esperando a entrada perfeita da rainha perfeita. Porém, eu me sentia derrotada, vulnerável.

- Mareena, você precisa entrar. - ouvi a voz de Joana ao meu lado enquanto eu tentava conter as lágrimas.

- eu sei disso! - falei rispidamente.

- então entre! O que tanto espera? - eu me virei um pouco para encará-la.

- minha família. - murmurei sentindo uma lágrima escorrer em meu rosto. - eu precisava do meu pai aqui, das minhas irmãs... - resmunguei com a voz falha. - eu não sei como entrar, olhar em volta e perceber que nenhum deles está lá dentro. - falei tocando na minha barriga escondida pelo volume do vestido.

- sinto muito por isso. - ela lamentou.

Ouvi passos se aproximando de nós e nós viramos juntas, vendo Leroy caminhando até nós.

- perdão em chegar quase tarde, mas tenho algo para vossa majestade. - se virou para mim com um sorriso de lado, e então, se virou na direção da porta que acabou de passar, e vi a imagem do meu pai caminhando até mim.

Eu arregalei meu olhos, sem acreditar no que estava vendo, sem conseguir se quer conter a emoção.

- pai... - murmurei segurando em meu vestido e correndo até ele para abraçá-lo com força. - pai! - quando eu o senti, gritei de felicidade enquanto o apertava contra mim, sentindo seus braços me acolhendo.

- eu precisava ver a minha linda filha se casar. - ele disse quando nos afastamos depois de um breve minuto. - e também preciso acompanhá-la até o altar. - eu sorri sentindo a felicidade me dominar.

- eu achei que não viria. -

- é claro que eu viria! Suas irmãs e Ravenna estão lá dentro já esperando você. - disse sorrindo para mim e eu o abracei outra vez, tentando me conter.

- vamos, entrem logo. Henrique deve estar surtando achando que você desistiu. - Joana falou e eu ri. Era a cara do Henrique pensar isso.

Eu e meu pai caminhamos até as enormes portas e um dos guardas ao lado da porta, bateu anunciando que eu já estava ali, pronta. E então, as portas se abriram e a primeira coisa que eu vi foi Henrique no altar com sua coroa na cabeça enquanto me encarava.

Era como se tudo isso fosse um sonho, como se não fosse real. Eu nunca pensei que isso aconteceria; que eu poderia ser feliz, que eu seria amada pelo homem que me odiava.

Eu vi seus olhos brilhando em minha direção, e lágrimas caírem lentamente. Henrique nunca chorou na frente de ninguém, nunca se quer demonstrou fraqueza, mas aqui, me vendo caminhar até ele, ele chorou.

Quando meu pai o entregou minha mão, eu o toquei, sentindo o mesmo arrepio que sempre senti. Ninguém mais importava à nossa volta, eu nem se quer dei ouvidos ao que o padre falava conosco. Eu não conseguia tirar meus olhos dele.

E então, quando notei, o padre já havia anunciado que estávamos conjugados até que a morte nos separasse. Eu dei um enorme sorriso sentindo as mãos de Henrique na minha cintura, e nossos lábios juntos sentindo as borboletas em meu estômago.

- eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo eternamente, minha rainha. Eu morrerei por você, eu viverei por você, eu serei seu para todo o sempre! - Henrique susurrou apenas para mim escutar e senti minha pele arrepiar com sua declaração.

- e eu te amo mais do que é possível dizer, e eu daria minha vida por você, amarei você durante toda a minha vida, até mesmo depois da morte, eu serei sua eternamente! - susurrei e ele sorriu intensificando o aperto na minha cintura.

A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora