Capítulo 67: Minha guerreira

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Mareena Carter~

Henrique.

Eu só me lembrava dele.

A única coisa na qual eu era capaz de me recordar, era do seu rosto em repleto desespero e angústia enquanto eu morria lentamente em seus braços.

Mas eu estava viva...? Como? Eu me lembro da morte passar diante de meus olhos.

Era para a minha vida ter chegado ao fim.

Por que eu ainda estava viva? Por que eu ainda estava consciente? Por quê?

Meus olhos mal se abriam, e eu sentia uma dor na ponta da minha barriga que me fez gemer.

Meus olhos se abrem tão lentamente, e demoro minutos para me manter consciente e lembrar de tudo.

Esse não era o castelo. Onde eu estava? Onde estava Henrique? Onde estava todos?

Eu precisava falar com meu pai, minhas irmãs...

Faço esforço para me encostar e sinto a dor aumentar me fazendo resmungar em protesto.

A porta é aberta subitamente, e um rapaz ruivo passa por ela com algumas plantas nas mãos, e quando seu olhar vem até mim, seus olhos se arregalaram e alguma espécie de chá que carregava, foi derrubada.

Seus passos voltam rapidamente até a porta e ele sai disparado e franzi o cenho confusa.

Onde eu estava?

Com calma, vou até a ponta da cama e me sento esperando um pouco da dor se aliviar, porém a porta foi aberta outra vez, dessa vez pelo mesmo homem e duas mulheres.

A se-senhorita compreende a minha língua? — Pergunta em francês parecendo com medo, e franzi o cenho confusa.

Um pouco... — Respondo. Quando paro pra pensar, arregalou meus olhos com espanto. — Onde estamos?

Estamos na França, senhorita. — Respondeu, e por um segundo, senti todo o meu sangue sair do meu corpo.

— Por que eu estou aqui? — Pergunto com um pouco de raiva.

— A vossa majestade pediu para que cuidassemos de você, depois ela tirará qualquer dúvida que tenha. — O homem ruivo tomou a frente e caminhou até mim com outras plantas em sua mão, tecidos e um recipiente com outro chá. — Beba. — Tentou levar até a minha boca, porém eu simplismente peguei o recipiente e o joguei contra a parede.

— Eu exijo saber, quem me sequestrou? — Segurei seu rosto com força e o mesmo me encarou sem medo algum.

Foi eu. — Uma voz feminina me atraiu e observo Joana encostada na parede jogando uma espécie de adaga para cima como se estivesse brincando com o objeto. — Eu te sequestrei, e no começo , eu achei que não iria dar certo mas veja só! Aqui está ela: Rainha Mareena.

Eu estava completamente confusa.

Do que está falando? — Questionei e soltei o homem.

— Pelo visto o papai ainda não veio visitar a filhinha distante. Que triste! — Seu tom de voz continha humor.

Joana d' Arc~

War...

— Será complicado. Ela é protegida demais pelo rei Henrique. — Eu disse cruzando meus braços encarando o Rei Luís.

— Será complicado, mas não impossível. Estou entregando isso em suas mãos pois confio em você para isso, Joana. — Contenho a forte vontade de revirar os olhos.

A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora