Capítulo 96 l Raiva

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Henrique V

Empurro os portões do castelo enfurecido.

- Henrique! - Miranda surge do corredor e vem até mim me abraçando. - Como Mareena está? - Perguntou quando se afastou.

- Grávida. - Respondi, não deixando que ela respondesse.

Adentrei na sala onde sabia que Mattia estava. Ele caminhou até mim e me abraçou.

- Graças a Deus! Achei que os franceses tinham feito picadinho de você. - Seu humor continuava o mesmo.

- Eu acharia engraçado se não estivesse com raiva. - Ele respirou fundo.

- Você precisa se pronunciar diante deles, - Ele disse enquanto eu buscava por um papel em meio a bagunça dali. - O que está fazendo? - Ele me observou confuso.

- Escrevendo para minha mulher, depois resolverei os assuntos. - Mattia sorriu bobo.

- Certo, - Ele se sentou em minha frente. - E como vão as coisas por lá? - Eu o olhei rapidamente.

- Mareena carrega um filho meu, o noivado será daqui seis meses, a coroação daqui oito meses e o casamento daqui um ano, ou menos. - Resumi.

- Meu Deus, então ela estava mesmo grávida... - Ele pareceu pensar alto demais quanto eu levantei meu olhar para ele, confuso. - Ah...sua irmã me contou. - Respondeu.

- Então Miranda sabia. - Assim que digo seu nome, a mesma entrou na sala.

- Eu tinha minhas dúvidas, até porque uma mulher conhece a outra. - Ela disse com um sorriso enorme no rosto.

- Ótimo! Agora calem a boca! -

{....}

- Certifique-se de que essa carta chegue o mais rápido possível até ela, e entregue rosas junto com a carta. - Joseph assentiu e saiu rapidamente dali.

- Então, - Me virei para Mattia. - Primeiro Scartlin. - Eu disse mas Mattia me parou.

- Henrique, Scartlin está morto... - Eu parei brutalmente.

- O quê? - Eu achei que tinha ouvido coisas.

Claro que eu não dava a mínima para a vida de Scartlin, mas se a morte dele significasse entrar em outra guerra, eu não arriscaria deixar meu filho crescer sem a presença de um pai.

- Como? - Perguntei e Mattia observo Mattia travar o maxilar. Eu franzo a sombrancelha. - O que você fez, Mattia? - Pergunto baixo, e o mesmo desviou o olhar.

- Ele disse coisas que não deveria dizer. - Argumentou finalmente me encarando, eu o olhava sem entender.

- Coisas como o que? Como ele ser o marido da minha irmã? - Mattia desviou o olhar. - Merda, Mattia! - Falo alto, isso traria problemas.

- Se fosse com Mareena, você não faria o mesmo? - Eu fiquei em silêncio, fechando meus olhos e tentando tirar paciência até de onde não dava.

- Faria. Mas a nossa situação é completamente diferente. - Respondi, e a o lugar ficou em total silêncio. - Como você o matou? - Perguntei, e ele pareceu hesitar. - Mattia, o quanto antes você abrir essa maldita boca, mais rápido eu posso resolver o problema! -

E então, ele lentamente levantou seus punhos, mostrando os cortes e algumas cicatrizes.

- Certo...então você o matou com as próprias mãos... - Eu andava de um lado para o outro tentando não surtar. Minha cabeça borbulhava tentando pensar em uma solução plausível para esse primeiro problema.

A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora