capítulo 7 | Pobre garota

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Dia seguinte...

Henrique V~

— Ela me parece uma boa garota. — Minha irmã diz enquanto estávamos no campo conversando, e Mareena estava caminhando com seu cavalo.

— Sério?eu só fiz isso por ordem do meu pai. — Sou direto e ela me olha.

— Olha pra ela,parece ser divertida. — Olho para Mareena que estava olhando para o céu.

— E distraída. Se alguém quisesse me matar agora, eu já estaria morto. — Coloco meus braços atrás do corpo.

— Você é exagerado! — Ela diz e ignoro.

-Então,quando você vai voltar prara Dinamarca.-Pergunto agora olhando para ela.

-Está me expulsando?-

-Talvez.-Dou os ombros e ela revira os olhos e para de andar e paro também.

-Você é tão irritante,eu só quero passar um tempo com o meu irmão e você tenta me expulsar.-As vezes eu esqueço que a minha irmã é emotiva demais.

-Não gosto de visitas e você sabe disso.-Falo.

-Eu não sou visita,eu sou a sua irmã!crescemos juntos fomos criados juntos e você me odeia.-

-Nunca disse que te odeio e não fomos criados juntos até porque você escolheu ficar aqui e eu escolhi ficar na vila,você só se importa com status e luxo.-Ela me olha indignada.

-Você é tão...tão.

-Tão oque?diz Miranda.-Provoco.

-Tão ranzinza,você fala do nosso pai mas é igualzinho a ele.-Me aproximo mais fechando os punhos e ela dá um passo para trás.

-Majestade!-Abro meus punhos quando alguém me chama,olho para o lado e vejo Mareena vindo até nós parecendo preocupada.-Está tudo bem?-Pergunta já próxima.

-Está tudo bem.-Miranda responde por mim e olha para Mareena e depois olha pra mim.-Eu tenho pena dela.-Diz entre dentes e dá as costas indo em direção ao castelo e Mareena olhava para a situação confusa.

-Por que todos tem pena de mim?-Mareena pergunta pra si mesma e levanta os braços.

-Porque você é a minha guardiã.-Sou direto e continuo andando com as mãos para trás só que agora Mareena era quem está do meu lado.

-E isso é um problema?-Pergunta e solto uma risada nasal.

-Você não me conhece,então pensa assim ainda.-Ela olha confusa.

-O senhor não é uma pessoa ruim.-Ela diz aquilo com tanta convicção que quase acreditei.

-Não me chame de senhor,me sinto um velho como meu pai.-Ela me olha supresa pelo modo que fala do meu pai.

-Tá...bom.-Coloca suas mãos para trás e olha pelos lados.

-Você não parece uma guardiã.-

-Como?

-Você,não parece uma guardiã.-Ela fica em silêncio.

-Mas eu sou.-Dá os ombros.

-Se alguém quisesse me matar já teria feito isso,por isso, não faço questão de ter você ao meu lado como minha guardiã. Seria bem mais fácil eu salvar a sua vida do que você salvar a minha.-Falo aquilo em um tom de frieza e ela parece supresa com minha fala.

-Eu discordo com todo respeito.-A olho com o cenho franzido.

-Acha que não sei lutar?-Pergunto e ela nega.

-Não,eu não falei disso majestade. Eu quis dizer em alguém te matar,eu com certeza saberia,sou boa em descobrir as coisas.-Fala.

-Não parece nem um pouco,não descobriu o quanto eu não quero você aqui.-

-Bom...descobri agora.-Paro de andar e me viro para ela.-Me desculpe...eu...eu não queria que isso soasse...como algum deboche.-Ela gagueja um pouco.

-Estou surpreso com sua língua afiada,falarei para sua tia te ensinar modos.-Me viro e começo a andar com pressa enquanto ela fica para trás.

A Polly sobreviveu a guerra contra os Franceses,ela é basicamente uma professora para as guardiãs. É sábia e tem bons modos,diferente da sobrinha dela.

Essa garota ainda vai me dar trabalho.

Sinto uma presença ao meu lado e olho rapidamente vendo Mareena um pouco ofegante, provavelmente teve que correr para me acompanhar.

Sinceramente,acho esse papo de guardiã uma perda de tempo. Meu pai disse que é como uma segunda vida para nós,uma salvação, dúvido que essa garota seja confiável.

Eu não confio em ninguém.

Nem mesmo na minha sombra.

-Senhor,você tem uma conferência agora.-Joseph fala com um papel em mãos e paro de andar.

-Tudo bem.-Começo a segui-lo e logo vejo que Mareena me seguindo.-Você não vem.-Digo para ela.

-Eu preciso ir!sou sua guardiã,tenho que te proteger. E se houver um traidor lá dentro?-Rio com sua fala.

-Oque? você sabe que existe guardas né?-Coloco as mãos no bolso da minha calça.

-Sim eu sei mas não confio neles para tomar conta do senh...quero dizer,de você.-

-E eu não confio em você.-Digo um pouco alto fazendo Joseph parar e se virar para nós.

-E eu não te julgarei por isso,sei que deve ser difícil confiar em alguém que você mal conhece.-Ela falou exatamente o que eu não esperava.

-Senhor,temos que ir.-Joseph chama a minha atenção mas continuo encarando a garota na minha frente que parecia disposta a discutir para me proteger na sala do trono.

-Droga,você é tão irritante.-aperto meu nariz e depois coloco as mãos na cintura.-Vamos.-Falo para a mesma que dá um sorriso enorme.

A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora