capítulo 13l Frio

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Mareena Carter~

Entro no meu quarto e quando fecho a porta, dou um sorriso idiota.

Que merda eu estava pensando?

Por que eu queria que ele colasse seus lábios aos meus?

Me viro e vejo Glória organizando algumas coisas, ela me olha e dá um sorriso simpático que retribuo. Ela olha para minha blusa e então vem até mim.

— Essa blusa é do... príncipe? — ela abre um sorriso.

— Sim, é dele. Eu cai no rio e minha blusa ficou transparente e ele me emprestou essa que ele levou. — ela abre um sorriso ainda maior.

— Meu Deus, eu sabia! — ela fala e franzo o cenho. — Você vai ser Rainha, meu Deus você vai ser rainha! —

— O que? Não diga bobagens! —

— Vocês se beijaram? — pergunta e arregalo os olhos.

— Claro que não! — ela me olhou com malícia.

— Sei. — diz desconfiada. — Eu sabia! O príncipe não aceita sair do castelo para ir à um simples piquenique. — reviro os olhos.

— Eu preciso me banhar. — digo enquanto ela ainda dizia coisas.

{....}

— Amanhã será um longo dia! — o Rei diz.

Agora era a hora do jantar.

— Por que, papai? — Miranda pergunta.

— Hal participará do campeonato de arco e flecha. — o Rei diz e fico um pouco surpresa, não sabia que o príncipe participava de campeonatos.

— Não precisa disso tudo, é só um campeonato. — o príncipe respondeu em um tom frio.

— Não seja bobo! Será um campeonato e tanto! Sabe quantos reinos viram para te assistir? — o príncipe ignora e toma um gole do seu vinho, em seguida se levanta e se retira, vou atrás do mesmo.

— Alteza! — o chamo enquanto o mesmo andava rápido pelo corredor.

Ele se vira bruscamente e paro de andar, ficando de frente com ele.

— O que é Mareena? — ele travou seu maxilar antes de olhar para mim.

— Você precisa ficar calmo, não se estresse por isso. — ele ri ironicamente.

— E se fosse você no meu lugar, estaria calma? — fico em silêncio. — Não, você não estaria! Então não me peça pra ficar calmo. Eu quero participar disso somente pra mim, não quero que reinos venham me assistir! — eu o olho com compreensão.

— Eu sinto muito por isso... —

— Não sinta, não quero que tenha pena de mim ou que sinta muito,isso não vai mudar nada! —  seu olhar tinha apenas ódio.

Como pode ser tão frio?

— Você tem razão, não vai. — passo por ele subindo as escadas até meu quarto.

{....}

— Majestade, a guardiã do príncipe deseja falar com o senhor. — entrei na sala do Rei.

Faço uma reverência rápida e o Rei me encara.

— Em que posso te ajudar, Mareena? — Pergunta colocando as mãos na mesa.

— Quero pedir um favor ao senhor. — ele me encara por mais algum tempo.

— Sente-se, — sinalizou para a cadeira e vou até ela. Me sentei ficando de frente para o mesmo. — então, que tipo de favor você precisa? — pergunta.

— Quero que não convide reinos para assistir o príncipe amanhã no campeonato. — ele franze o cenho e encosta na cadeira.

— E por quê não? —

— O príncipe não se sentirá confortável com presenças de muitas pessoas assistindo-o, ele precisa ficar confortável, e como guardiã dele, é o que eu te peço, não chame outros reinos. — o Rei cruza os braços.

— Eu te admiro Mareena! Você é uma grande guardiã, como a sua mãe. — continuo sem expressão.

— Obrigada, Majestade. —

— Sabe, O Hal é um garoto difícil. Eu tento sempre agradá-lo mas ele nunca se satisfaz. O tornarei Rei, darei o trono à ele e ele?nada. Não me deu nada, somente dor de cabeça. — Engulo seco com sua fala.

— É o jeito dele, Majestade. — o  defendo.

— Talvez seja, foi difícil quando ele perdeu a mãe e depois o irmão. — ele se levanta e vai até a janela. — Se tornou um príncipe rebelde. Mas não o culpo, depois da morte da mãe ele não queria mais viver nesse castelo, então, o mesmo fugiu para o vilarejo de Santude. Ele viveu lá por um bom tempo! —

— E por que retornou? — Minha curiosidade falou mais alto, e o Rei me encara.

— Thomas seu irmão,morreu. Foi em uma guerra contra os chineses. Henrique não seria o Rei, e sim o seu irmão. Então, quando Thomas morreu, Hal foi obrigado a voltar e se tornar o príncipe novamente e daqui duas semanas, será o Rei de Gales! — explica.

— Sinto muito pela sua esposa e seu filho. — digo e ele assente.

— Soube que levou meu filho à um piquenique, estou certo? — pergunta.

— Sim. —  respondo e ele sorri.

— Fico feliz que Hal tenha saído um pouco do castelo sem ser para caçar. — dou um sorriso sem mostrar os dentes.

— Posso me retirar? —

— Claro, fico feliz que tenha vindo falar comigo! — faço uma reverência e me retiro da sala.

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