capítulo 11l Ficar aqui

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Mareena Carter

— Alteza? — O chamo.

— O que quer, Mareena?. — Pergunta sem vontade.

— O que o senhor acha de fazermos um piquenique? — Pergunto sorridente e ele me encara sério.

— Não posso sair do castelo. — Responde rápido. — Não gosto de piquenique. — Meu sorriso se desmancha.

O quê? Que tipo de pessoa não gosta de piquenique?

— Como o senhor não gosta de piquenique? é a melhor coisa que existe! — Ele se vira pra mim.

— O que já conversamos sobre você me chamar de senhor? — Pergunta com aquele olhar intenso.

— Me desculpe, alteza. — Ele ignora, e se vira para frente novamente.

Estávamos indo em direção a sala do Rei, ele exigiu a presença do príncipe para falar sobre algo.

— Realmente acha piquenique legal? — Pergunta.

—Sim! Imagine o vento batendo no seu rosto, um pouco de Sol na pele, comendo alguma comida gostosa, como torta de limão. — Ele dá um sorriso de lado.

— Não gosto de torta de limão. —

— Então que tipo de sobremesa o sen...quero dizer, você gosta? — Pergunto e ele para, e me encara.

— Bolo de Cenoura com calda de chocolate, agora, saia da minha frente. — O olho confusa e ele olha para trás de mim me mostrando o porquê queria que eu saísse da sua frente.

Me viro para trás e vejo uma porta grande,dou um mini pulo para trás esbarrando sem querer no príncipe.

— Cocê vai me derrubar, denovo. — Reclama e fico ao seu lado.

— Eu derrubei você para salvar a sua vida! — Ele me olha por alguns segundos e então, empurra a porta de ferro me dando a visão de alguns homens, menos o rei.

— Onde está meu pai? — Perguntou aos que estavam ali dentro.

— Seu pai disse que o senhor cuidaria disso. — O príncipe caminha até a mesa grande de ferro e se senta na cadeira e olha para os homens, me coloco ao seu lado e então eles me olham com julgamento.

— Ela não pode ficar aqui. — Um deles aponta para mim e o príncipe apoia seu braço na cadeira e mexe seus dedos. Essa é uma das maiores manias dele,percebi isso desde que cheguei.

— Sou eu quem dá as ordens, e ela fica.-O príncipe diz rígido e o homem apenas parece um pouco desconfiado, mas obedece o príncipe.

— O senhor recebeu isso. — Um homem mais velho pega uma caixa de madeira e coloca na mesa virada para o príncipe.

O príncipe abre a caixa lentamente e todos estavam querendo saber o que é, principalmente eu. O príncipe tira o objeto de dentro da caixa e vejo que era uma bolinha marrom de couro.

O príncipe observa toda a bolinha e trava o maxilar parecendo com raiva.

— Era do meu irmão...— Murmurou e fico confusa. Ele tem ou tinha outro irmão?

— O senhor sabe quem poderia enviar isso? — Um homem que estava sentado perto da janela pergunta.

— Franceses. — Responde e arregalo meus olhos.

Foram eles quem mataram a minha mãe.

— Foi uma declaração de guerra contra o senhor, alteza. Eles devem saber que o senhor em breve tomará o trono. — O homem fala.

— Foi uma guerra com o meu pai não comigo. Esse país merece paz, não guerra. — O príncipe diz ainda olhando para a bolinha.

— Senhor, se não respondermos, vai ser lidado como um ato de fraqueza a atitude que o senhor está tomando. —

— Me acha fraco, ministro? — O príncipe o encara e o homem se levanta.

— Não, vossa alteza! Mas precisamos encarar isso e  lutar contra a França mais uma vez. —

— Como eu já disse, não busco guerra, busco paz para o meu povo. Não sou como meu pai que colocava seu país em perigo por uma guerra totalmente desnecessária. —

— Alteza, eles declararam guerra contra o senhor ao mandar essa bolinha. — O príncipe o encara por mais um tempo então se levanta e apoia suas mãos na mesa ficando cara a cara com o ministro.

— Anote isso, — Ele fala para um homem que estava no canto com uma folha e um papel. — Se vocês querem guerra... — O homem começa a escrever. — Mande todos os seus soldados. E não pensem que um assassino solitário e sem experiência vai matar o futuro Rei da Inglaterra que vocês tanto subestimam. — Ele segura a caixa de madeira virando-se para o ministro.

— Devolva-os a caixa com a carta dentro, também peça que algum guarda arranque uma mão daquele infeliz que está na masmorra e coloque aqui.

— Sim, alteza. — O homem curva a cabeça acatando a ordem dada.

— E envie essa carta para os Franceses. — Aponta para o homem que anotou tudo.

Depois, ele me olha como se me chamasse e vou até ele.

— Sim? —

— Vamos fazer essa droga de piquenique, não quero ficar aqui. — Dou um sorriso com sua fala, e ele logo sai da sala e eu o sigo.

— Vou pedir que as cozinheiras preparem alguma coisa. — Ele assente, e vou em direção à cozinha.

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A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora