capítulo 1| O futuro rei?

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Mareena Carter~

"Você é uma guerreira, minha filha primogênita. Te criei e treinei para servir ao príncipe Henrique que será coroado rei daqui há três anos. Se eu não retornar da guerra contra a França, saiba que eu te amo minha querida filha, não desista de continuar,treine o bastante para ser uma guardiã imbatível e incomparável com qualquer outro soldado do reino. Eu te amo, minha pequena guerreira."

- Isso foi tudo o que me restou de você, mamãe. Depois da sua morte fomos expulsos da vila. Fomos obrigados a vir até à vila Lenon como você sempre desejou, e eu sempre neguei. - Dizia para diante do seu túmulo que estava a 7 palmos da terra.

- Meu pai entrou em desespero, eu chorava todas as noites pedindo para te ter novamente fazendo carinho em minha cabeça e me contando como é o castelo real na qual um dia, irei eu servi o futuro rei Henrique. - Minha voz falhou um pouco.

- Sinto que falhei com a senhora, deveria ter aproveitado mais meu tempo com você, mas você queria que eu me tornasse uma guerreira, e assim foi feito. Não esperava esse final para a senhora, uma verdadeira protetora da família real, guardiã do rei Chalamet. - Fechei a carta na qual eu recebi após sua morte que aconteceu há 3 anos atrás.

- Papai conheceu uma mulher, ela se chama Ravenna, eles tiveram uma filha e ela se chama Milenne,foi Filipa quem escolheu o nome. - Dou um sorriso breve.- Filipa está cada vez maior e travessa mamãe. Ela odeia caçar comigo, diz que sou muito bruta com as pobres corças, acredita?- Ri baixo ao lembrar da minha irmã indignada comigo.

- Papai parece mais feliz, com certeza a senhora estaria feliz por ele está seguindo a vida novamente.- baixo o olhar para a grama seca que eu pisava. - Pelo menos um de nós tem que superar...- Susurro e levanto meu olhar para a cruz de madeira que eu mesma fiz.

- Prometi para Ravenna que levaria alguns esquilos para ela preparar para o jantar então, preciso ir mamãe...Sinto sua falta! - Levanto meu outro joelho e ajeito o arco nas minhas costas e deixo um girassol na grama onde minha mãe estava enterrada. - Eu te amo!

Lentamente dou as costas e desço o monte onde enterraram ela. Seguro firme os esquilos mortos no meu ombro que estavam presos em um anzol que fiz para facilitar o trabalho de pegar eles e vou em direção ao vilarejo que não estava muito longe.

Para chegar ao vilarejo,eu deveria passar pela pequena floresta que havia no meio do caminho, e faço o trajeto que sempre fazia quando vinha visitar minha mãe. Mas paro assim que ouço um galho sendo quebrado e logo depois som de cavalos, então, corro até um pequeno morrinho e fico atrás de um arbusto esperando o que iria passar por ali, poderia ser um grupo de caloteiros então prefiro ficar aqui até eles passarem.

Franzi o cenho ao ver o príncipe Henrique em um cavalo branco como a neve com alguns guardas atrás dele. O mesmo pega seu arco e flecha que estava em suas costas e então coloca a flecha e aponta para a mata. Ele estava caçando? Não sabia que o príncipe gostava de caçar.

Paro de pensar quando vejo ele rapidamente virar o arco para mim me fazendo arregalar os olhos, me abaixo rapidamente sentindo a flecha passa por mim. Minha respiração fica ofegante e eu estava um tanto quanto surpresa.

- Peguem-na! - Fala alto e vejo guardas aparecerem na minha visão. Eles puxam meu braço me fazendo levantar contra a minha vontade e tento me soltar mas era impossível com esses bastardos segurando-me.

- Me soltem! - Me remexo.

Eles me levaram até o príncipe e ele me encara sério e seu olhar era frio e vazio.

- O que faz aqui? - Pergunta rígido e engulo seco.

- Eu passo por aqui diariamente. - Respondo.

- Qual o seu nome? -

- Mareena...Mareena Carter. -

Ele me olha de cima abaixo e depois olha reto.

- Matem-na. - ele ordena e guardas apontam espadas para mim e arregalo os olhos.

- O que? - digo.

- Majestade. - Um senhor que parecia ter por volta de 45 anos, o chama.

- Diga Joseph. -

- Ela é a filha da guardiã Sarah. - O príncipe me encara novamente.

- É mesmo a filha de Sarah? -

- Foi o que ele disse. - Aponto para o homem velho.

- Não parece ser uma guerreira, muito menos uma guardiã.- Abro a boca indignada, mas não poderia dizer nada. - Volte para sua vila. - Diz e olha para os guardas que me seguravam fazendo com que eles me soltem, e puxo meu braço.

- Muito obrigada, príncipe. - Faço uma reverência tosca, e minha voz tinha uma pontada de sarcasmo.

Ele segue junto com os guardas, e sai da minha visão cavalgando em seu cavalo, só então, respiro fundo arrumando minha postura e seguindo o caminho.

O sol já estava se pondo, e já consigo ver o vilarejo de onde estou mas enquanto não chego,meus pensamentos não paravam de se perguntar.

Aquele era o futuro rei?

Ele parecia tão...infeliz.

Mas era bonito, admito.

×××

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A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora